26 janeiro 2009

O "The Herald" e a cimeira da SADC


O jornal oficioso zimbabweano The Herald tem hoje como manchete a cimeira extraordinária da SADC. Como habitualmente, na leitura do jornal, Robert Mugabe (na imagem) e ZANU-PF são razoáveis e Tsvangirai e o MDC-T são os eternos renitentes perniciosos que não querem aceitar propostas razoáveis por estarem ao serviço de interesses estrangeiros (dos hard-liners). Inclusivamente, o presidente do MDC-T surge dizendo a Robert Mugabe que estava sob pressão dos hard-liners. E, afinal, tudo é bastante fácil de resolver, segundo o jornal: basta assinar o acordo, Mugabe fica presidente, Tsvangirai primeiro-ministro e Mutambara vice-primeiro-ministro. Os gabinetes seriam designados depois.

3 comentários:

Anónimo disse...

Esse modelo de democracia renascentista africana de Mbeki deve justificar mesmo o esforço, teimosia e persistência. Puxa! Não desistem mesmo. Eles lá sabem porquê.
Não dizem que água mole em pedra dura, tanto bate até que fura?
Vemos quem irá furar primeiro.

Anónimo disse...

Este encontro sera m um pretexto para copos,bailes e palmadinhas nas costas do Mr Mugabe, pk ja ta m do k visto k com esse senhor no Poder nunca havera partilha de poder com MDC, ja é Hora da comunidade internacional e em particular os africanos dizeram BASTA de candigas do Mugabe.
O MDC deve comecar a pensar muito seriamente noutras formas de LUTA.

Anónimo disse...

Sem dúvida, mais um exercício de africanada. O termo vem mesmo a calhar – africa-nada.
Mais um encontro para bater no morto, quando á partida, é bem sabido, que estão a fingir unir o irreconciliável. Um verdadeiro culto ao ridículo, levado à exaustão. Mas que importa, se no final conseguirem manter o controlo do poder? Sim, vale a chatice, porque o resto, o que se passa com o país são males necessário.
Quanto a ser hora para que a comunidade internacional e em particular os africanos digam BASTA às candingas do Mugabe, existe um problema nesse argumento. Para a comunidade internacional há muito que foi hora de mudança. Na verdade, a hora já passou há muito. Agora, se as coisas não mudaram, aos africanos se deve. Como sabem, melhor do que ninguém, o que querem fazer dos seus países, o resultado está à vista. Perante isto, se nem o Bush interveio, não vamos esperar que seja o Obama a vir criar o governo de unidade nacional.
Enquanto tivermos dirigentes que tiram proveito do paternalismo com que são tratados, ao mesmo tempo que fingem ser líderes sérios, não nos admiremos com os resultados miseráveis obtidos. Como lidar com líderes políticos que confundem política silenciosa com conivência escandalosa com as políticas destrutivas de um país? A única forma é deixa-los, deixa-los mesmo mostrarem o bem que querem para os seus países. Se isto é o bom e o melhor que desejam para os nossos países, já imaginaram o que seria se eles fossem indiferentes, ou então, o odiassem os seus povos? Conseguem imaginar o que fariam? Eu não. Não tenho imaginação para tanto.