As cidades estão, já, cheias de cartazes de propaganda eleitoral. Na vistosa tradição da propaganda eleitoral do país, o cartaz, o panfleto, a camisete, a sagrada efígie do candidato, o calendário com o símbolo do partido, por vezes o porta-chaves, a viatura (com o clímax ostentatório no 4x4) e o espectáculo musical são componentes obrigatórias ou quase obrigatórias do alfobre de persuasão dos candidatos, em particular dos mais abastados. Frequentemente os partidos não começam a campanha eleitoral se não estiverem munidos de cartazes. Esses apetrechos são considerados artigos sagrados, mágicos, na caixa de ferramentas dos ilusionistas políticos. Sem eles é suposto que a campanha eleitoral é má ou vai ser má. A guerra dos cartazes e dos panfletos é significativa: rasgar os do adversário constitui uma maneira guerrilheira de, por extensão, o eliminar simbolicamente. A ideia substantiva é a de que ganha as eleições quem mais abastado for na mencionada caixa de ferramentas. (Lembrar aqui).
Adenda às 09:33: Nem os sinais de trânsito escapam - fotos de António Zefanias do "Diário da Zambézia" tiradas hoje na cidade de Quelimane, com montagem minha para este diário.
Adenda às 09:33: Nem os sinais de trânsito escapam - fotos de António Zefanias do "Diário da Zambézia" tiradas hoje na cidade de Quelimane, com montagem minha para este diário.
Adenda 2 às 11:46: segundo o António Zefanias, respondendo por sms a uma pergunta minha, ainda não foram encontrados na cidade de Quelimane cartazes da Renamo em sinais de trânsito.