Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
31 maio 2007
Escravos moçambicanos no Brasil: marca genética mas pouca herança cultural
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Agradeço à Yla por me ter chamado a atenção para essa notícia.
População mundial é agora maioritariamente urbana
Querem destruir o cinema Kudeka na cidade de Tete
30 maio 2007
É a música de José Mucavele mais moçambicana do que a de Mc Roger?
Identidade moçambicana - o problema de Olívia (2) (continua)
Vereador em apuros no confronto grossistas/retalhistas
Novos salários mínimos
Identidade moçambicana - o problema de Olívia (1)
Eis uma admirável introdução da jornalista Olívia Massango a um tema sobre o qual aqui escreverei um pouco.
Humanos problemáticos e a cultura do depois
29 maio 2007
Gprofam e o país da marrabenta
Aqui tendes não o Mc Roger com a sua ode ao Poder (vide mais abaixo), mas a banda Gprofam com o seu "país da marrabenta". Logo ao princípio do vídeo ouvirão um digestivo "porra".
Mc Roger e a ode ao Poder
Convido-vos a fazer a hermenêutica deste glorioso hino ao Poder do nosso bem-amado Mc Roger. O vídeo tem todos os ingredientes necessários para uma suculenta e variada refeição sociológica. Em frente, Mc Roger, à frente é que está o tapete vermelho, nada de confusão, patrão é patrão! Consigo e com o Homo Sibindycus, a pobreza será fatalmente vencida!
Previne-se depois
Onde anda o Homo Turbantus?
Prémio
Pós-Malhazine: risco e medo
Ir aonde o povo está: etnografia de uma reforma da justiça
28 maio 2007
Burocracia e gestão estratégica de recursos de poder
Florestas, madeira e fiscais em Sofala - carta de um leitor (3) (continua)
Circularam mais de 80.000 toneladas de madeira ilegal em Sofala em 2006. Não foram apreendidas.
Por que não foram apreendidas?
Porque, segundo os funcionários dos serviços de Florestas, era madeira proveniente de outras províncias de trazia a documentação em regra.
Portanto, os funcionários dos serviços das Florestas de Sofala afirmam que nada podem fazer para controlar a madeira ilegal documentalmente avaliada por outras províncias.
Isto, até o fim do ano. Porque....
Quando se inicia 2007 e, com ele, o escândalo da madeira ilegal por dúzias de milhares de toneladas ameaça tornar-se o ponto fulcral em matéria de corrupção, aí é que foi imperativo a tomada de medidas.
Hipótese: dificilmente se podem tomar medidas contra os ilegais quando existe bom entendimento entre os funcionários e os próprios ilegais, caso contrário não poderiam ter circulado mais de três mil camiões com madeira irregulamente abatida.
Em situações do género procuram-se vítimas. Assim aconteceu. Senão, vejamos.
Em 9 de Fevereiro de 2007 foram apreendidos 18 contentores com madeira serrada no porto da Beira.
A Lei obriga (artigo 109 do regulamento florestal) a entregar o auto de notícia ao infractor na mesma data em que actua a fiscalização.
Ora, o auto de notícia nunca foi entregue ao proprietário dos 18 contentores até ao dia de hoje (escrevo a 20 de Maio de 2007).
À empresa de nacionalidade chinesa, proprietária dos 18 contentores de madeira serrada, foi apenas passada uma multa, sem o auto de notícia para se defender, passados 35 dias após da apreensão dos contentores.
Neste tempo, os serviços provinciais de florestas de Sofala declararam no "Diário de Moçambique" que nos contentores havia madeira em toros, o que é total e rigorosamente falso.
A empresa proprietária dos contentores, de nacionalidade chinesa, é proprietária de uma serração, empresa séria que se caracteriza por pagar aos produtores valores mais altos do que outros intermediários pela madeira legalmente abatida e foi obrigada a pagar 130.000 Mtn (130 milhões dos antigos meticais) de multa por uma infracção consistente em ter serrado apenas 10% da madeira existente nos contentores com mais centímetros acima do normal."
Linchamentos: primeiro seminário público
27 maio 2007
Mais um prémio para o "Diário de um sociólogo"
Obrigado pelo prémio.
Se calhar
Ainda o incêndio no Ministério da Agricultura
26 maio 2007
Prémio "Blog com tomates" para este diário
Diário do senso comum
O que o incêndio destruiu no Ministério da Agricultura
25 maio 2007
Fora da lei
Dudu almoçou no Kaya Kwanga
Incêndio no MA: informação destruída, bombeiros sem meios e relatório de Songane
Edifício do Ministério da Agricultura em chamas
Medifax nasceu a 25 de Maio de 1992
24 maio 2007
Malaika by Angelique Kidjo
Por ocasião do 25 de Maio, Dia de África, esta sempre bela canção que nos habituámos a ouvir na voz de Miriam Makeba, mas que também vale a pena ouvir na voz de Angelique, do Benin.
Mediafax: n.º experiência e n.º 1 à meia-noite para o Dia de África
O campeonato dos negócios (2) (continua)
O campeonato dos negócios (1)
Salário mínimo nacional: impasse negocial
Grupos de Vigilância: estudante de direito escreve carta aberta à Ministra da Justiça
Aimuquentene! Aimuochene!
23 maio 2007
Mediafax faz 15 anos sexta-feira
Um relatório sobre a deflorestação em Cabo Delgado
Florestas, madeira e fiscais em Sofala - carta de um leitor (2) (continua)
Em sua superficialidade, os media cantam vitória por isso. Sem entrar numa análise mais justa e sempre necessária.
Senão, vejamos.
Na Beira circularam mais de 80 mil toneladas de madeira ilegal em 2006.
80.000 toneladas de madeira ilegal são 3.650 camiões.
Nao há possibilidade de entrar na Beira sem passar pela fiscalização, permanente na balança de Dondo, que se encontra na única estrada existente para entrar na Beira. Nao há estradas secundárias transitáveis. Os fiscais de Florestas prestam nesta balança um serviço permanente, 24 sobre 24 horas, incluídos domingos e feriados.
Contrariamente ao que se disse, a fiscalização na província de Sofala não tem falta de meios.
Os fundos de PROAGRI não foram para apoiar os camponeses a produzir e a escoar a sua produção.
Em Sofala, os fundos de PROAGRI foram para melhorar as infraestruturas administrativas de Agricultura e, sobretudo, dos serviços provinciais de Florestas, que receberam inúmeros carros e, até, um machibombo para ir recolher e deixar os funcionários (das florestas) em suas casas antes e depois do trabalho.
Por que foram para as Florestas esses fundos?
Porque a fiscalização florestal dá muito dinheiro aos funcionários.
Muito mais que o controlo das queimadas. Muito mais do que a produção agrícola dos camponeses.
Voltemos ao início."