24 janeiro 2008

E de novo o processo 12/2007


Se o semanário "Magazine Independente" não se referiu na sua edição de ontem ao que o "Zambeze" chama "Processo-crime Especial 12/2007", este últim0 semanário volta ao caso na sua edição de hoje. E volta afirmando, pela pena dos jornalistas Fernando Veloso e Alvarito de Carvalho, que foi Erasmo Nhavoto, procurador-geral adjunto, quem fez o despacho de abstenção naquele processo referente ao procurador-geral Augusto Paulino (p. 3) e aos 300 milhões (300 mil meticais na nova moeda) que, de acordo com o semanário "Zambeze", teriam sido desviados do Tribunal Judicial da Província de Maputo para proveito pessoal de Augusto Paulino. Segundo o "Zambeze", foi o jornalista Paul Fauvet, da Agência de Informação de Moçambique, quem confirmou esse despacho em artigo publicado no dia 17. Por outro lado, o semanário exibe o auto de perguntas feita ao procurador-geral pelo juiz conselheiro João Trindade do Tribunal Supremo e afirma que Augusto Paulino exigiu não só uma indemnização solidária de 10 milhões de meticais (equivalentes a seis mil e seis salários mínimos nacionais) por danos não patrimoniais ao director do "Zambeze (Fernando Veloso) e ao jornalista Alvarito de Carvalho, como, também, que "este jornal para de publicar assuntos relacionados com o processo 12/2007" (p.2). O semanário torna a pegar no caso no seu editorial com o título "Justiça desacreditada" e sub-título "Quem chuta a bola?" (p. 7).
Um caso muito delicado, este, um caso que vai eventualmente durar muito tempo.
Recordo o que escreveu Custódio Duma: "Para impedirmos que o fogo pegue, nada melhor que a verdade. Penso que esta não é uma luta de jornais ou magistrados. Esta é uma questão de soberania, uma questão de justiça e verdade. O cidadão tem direito a informação. É importante que alguém venha falar a verdade, seja ele quem for, o próprio Dr Paulino, o Supremo, O Juiz Conselheiro ou o PR. Porque a dúvida é o começo da derrota e a derrota o começo da destruição, então não deixem o povo na dúvida. O Dr Madeira para deixar as coisas limpas veio e disse a sua justiça, quem não quer acreditar o problema é dele. Isso tranquilizou os cidadãos e impediu que o fogo pegasse, já uma mídia tinha incendiado a palhota. Embora os casos do paiol, do Ministério da Agricultura, das Bombas da Catembe, entre outros, nos tenham acostumado ao fogo, não creio que estaremos em condições de suportar este, se realmente pegar."

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