O secretário-geral da Frelimo, Filipe Paúnde, deu uma longa entrevista ao semanário "O país", edição de hoje. A propósito dela, as duas notas que se seguem mostram como o destino pode ter a face de Janus:1. De acordo com Paúnde, o presidente da Renamo, Afonso Dhlakama, continua a ser um fautor de instabilidade, de desrespeito pela Nação, não foi às grandes cerimónias oficiais, apenas foi à de Cabora-Bassa. O exemplo mais claro do seu guerrilheirismo (o neologismo é meu) é que continua a manter homens armados em Marínguè, província de Sofala (p.3).
2. Entretanto, acontece que primeiro foram organizações religiosas moçambicanas representadas na COREM que, recentemente, nomearam Dhlakama embaixador da paz. Agora foi a vez da organização etíope Interfight Peace Building Initiative e da United Religions Initiative de elegerem Dhlakama como modelo de liderança da oposição em África.
3 comentários:
é normal os adversários políticos se destratarem, em democracias consolidadas, faz parte do jogo democrático.Veja-se como exemplo os "arranca rabos" entre o clã Clinton e o Obama. No noss país onde a democracia é incipiente, constatamos infelizmente que o debate não se circunscreve aos discursos.Existe uma animosidade clara entre as duas partes, não são adversários, são inimigos onde todos os golpes baixos valem para ferir o outro. Neste campo, o partido governamental leva a melhor porque usa todo o aparato estatal, os meios de comunicação etc para desferir golpes atrás de golpes no outro contendor que aturdido vê os seus delegados, simpatizantes, apoiantes a serem severamente destratados, parecendo que ser da OPosição é o mesmo que ser fã do Diabo ou este em pessoa. É mau para a nossa ténue democracia. por isso não esperemos que a curto prazo o Paúnde mude de duscurso. Então o objectivo não é acabar com a oposição até 2009?
Pois é, pois é...drama para os camaradas.
Só um inimigo da verdadeira paz é capaz de falar como o Paúnde. Que entre nós não sabe que a Renamo e Dhlakama são o nosso capital da paz. A Renamo e Dhlakama são ou não bons exemplos em termos de cumprimento dos acordos. Vamos a volta de África...! Afinal fala-se de Made in Mozambique falsamente?
Reflectindo
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