Prossigo a recordar Kwame Nkrumah, tal como nesta passagem: "O capitalismo - cuja única lei é o seu próprio interesse - é sinónimo de liberdade económica. Inseparável desta concepção de liberdade é o ponto de vista segundo o qual a riqueza e a pobreza correspondem a habilidade e inépcia. A esta concepção burguesa de liberdade associa-se o culto burguês de "Lei e Ordem" sem ter em consideração quem faz a lei, nem os interesses do povo, mas, pelo contrário, os de uma classe, de uma elite" (Nkrumah, Kwame, A luta de classes em África. Lisboa: Livraria Sá da Costa Editora, 1976, p. 26; a versão original em inglês data de 1970).
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
4 comentários:
Estive tentado a "depositar" também aqui,o comentário deixado em "Trabalhadores explorados em Inhambane"
Acabei de ler e deixei tb comentário.
Afirma Mészáros e eu subscrevo:
“ O papel principal dos partidos social democratas (incluindo antigos partidos comunistas rebaptizados) limita-se hoje a entregar o trabalho ao capital, e utilizar o povo como forragem eleitoral para os propósitos da legitimação espúria do status quo perpetuado sob o pretexto do processo eleitoral “aberto” e “plenamente democrático”
Subscrevo de imediato.
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