23 janeiro 2008

Zimbábuè e Quénia: horas difíceis

No Zimbábué, o Movimento para a Mudança Democrática (MDC), na oposição, "mostrou-se disposto a mobilizar os seus militantes e simpatizantes para uma marcha de protesto nas ruas de Harare, hoje, apesar da proibida pelas autoridades."
Enquanto isso, a polícia usou gás lacrimogéneo para "dispersar centenas de manifestantes em Nairobi, Quénia, apoiantes do presidente Mwai Kibaki, cuja reeleição é contestada pela oposição. A medida ocorreu, horas antes da chegada ao país do ex-secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, que vai mediar a crise envolvendo as eleições presidenciais quenianas, que mergulhou o Quénia em semanas de violência."
Recorde aqui o que disse em Maputo o jornalista queniano Jerry Okungu a propósito da luta de classes no seu país.
Observação: vamos a ver se, no primeiro caso, não aparece alguém atribuindo à Inglaterra a razão de ser da oposição, crismando esta de empregada da antiga potência colonizadora. E vamos a ver se, no segundo caso, não aparece alguém atribuindo à etnicidade a razão de ser da violência que fustiga o solo queniano.

2 comentários:

Anónimo disse...

Morgan Tsvangirai foi detido de novo
O líder do principal partido de oposição do Zimbabué, Morgan Tsvangirai, foi detido na sua casa, hoje as 4 horas da noite antes de uma manifestação pacífica em Harare que tinha sido impedida ontem pelas forças policiais. A intenção dos apoiantes do Movimento para a Mudança Democrática (MDC) era manifestar para eleições livres e justas em Março de 2008. O líder do MDC já foi detido em Março do ano passado. A oposição exige a adopção duma nova Constituição, reformas eleitorais e o adiamento das eleições até Junho próximo para permitir a todos os partidos políticos preparar-se convenientemente. O regime de Mugabe quer organizar as eleições na data prevista e recusa-se a reformas constitucionais e eleitorais. O porta-voz do MDC, Nelson Chamisa, disse que a detenção de Tsvangirai afronte gravemente os esforços de mediação do Presidente sul-africano, Thabo Mbeki no Zimbabué. “É um ataque aos esforços do Presidente Mbeki. É um ataque as soluções africanas para problemas africanos. É um ataque contra o ser humano”, disse Chamisa.

Fonte: http://www.zimbabwesituation.com
http://www.zimonline.co.za

Salutações
Oxalá

Carlos Serra disse...

Sim, justamente, conferi os portais que indicou. Muito obrigado.