Retomo, então, o tema: o mandarinato.
O mandarinato é constituído por aqueles cuja função não é governar províncias chinesas e aí assegurar a ordem, mas governar o pensamento e, claro, a boa ordem do pensamento.
Em todas as épocas históricas as sociedades tiveram aqueles que, libertados da produção material da vida, da produção das subsistências mais primárias da vida, tiveram e têm por função pensar a sociedade e, porque ao serviço dos gestores do poder, pensá-la de uma certa forma, pensá-la no sentido de que ela é a melhor, a mais correcta. E porque a mais correcta, não deve ser alterada.
Mas nunca como no modo de produção capitalista os militantes do pensamento regrado e justificador da ordem vigente foi tão espantoso, tão extenso e tão visível quanto no modo capitalista de produção.
O modo de produção capitalista produz mercadorias. Mas, depois, acontece uma coisa misteriosa: as mercadorias surgem na nossa consciência como algo natural, como meras coisas, evacuadas daquilo que nelas é trabalho coagulado, trabalho morto, trabalho produzido por milhares, por milhões de pessoas, pela sua força de trabalho, pelo sobre-trabalho.
Então, esse fenómeno interessante, o das coisas que parecem ter em si próprias a sua vida, a sua razão de ser, o fenómeno das mercadorias autonomizadas das relações de produção e dos produtores, encontra uma perfeita homologia nos intelectuais que se consideram autónomos das relações de produção e dos produtores, que se consideram puros cérebros independentes da ordem social que os produz como cérebros.
Nota: a qualquer momento posso rever o que aqui deixo escrito. Se isso acontecer, sublinharei a cor as partes alteradas ou acrescentadas. Fica, assim, a marinar.
O mandarinato é constituído por aqueles cuja função não é governar províncias chinesas e aí assegurar a ordem, mas governar o pensamento e, claro, a boa ordem do pensamento.
Em todas as épocas históricas as sociedades tiveram aqueles que, libertados da produção material da vida, da produção das subsistências mais primárias da vida, tiveram e têm por função pensar a sociedade e, porque ao serviço dos gestores do poder, pensá-la de uma certa forma, pensá-la no sentido de que ela é a melhor, a mais correcta. E porque a mais correcta, não deve ser alterada.
Mas nunca como no modo de produção capitalista os militantes do pensamento regrado e justificador da ordem vigente foi tão espantoso, tão extenso e tão visível quanto no modo capitalista de produção.
O modo de produção capitalista produz mercadorias. Mas, depois, acontece uma coisa misteriosa: as mercadorias surgem na nossa consciência como algo natural, como meras coisas, evacuadas daquilo que nelas é trabalho coagulado, trabalho morto, trabalho produzido por milhares, por milhões de pessoas, pela sua força de trabalho, pelo sobre-trabalho.
Então, esse fenómeno interessante, o das coisas que parecem ter em si próprias a sua vida, a sua razão de ser, o fenómeno das mercadorias autonomizadas das relações de produção e dos produtores, encontra uma perfeita homologia nos intelectuais que se consideram autónomos das relações de produção e dos produtores, que se consideram puros cérebros independentes da ordem social que os produz como cérebros.
Nota: a qualquer momento posso rever o que aqui deixo escrito. Se isso acontecer, sublinharei a cor as partes alteradas ou acrescentadas. Fica, assim, a marinar.
5 comentários:
Esta' mais que claro que, os "mandarins" estao aqui para defender o "establishment"! Para eles, no's vivemos num mundo "virtual", onde esta' tudo bem, nao ha' problemas! Se os ha', nao ha' urgencia em aponta-los, portanto, em resolve-los! Sao os advogados das comissoes de inquerito "academizadas", umas semelhantes aquelas que, ha' 2 decadas esta' a investigar a morte de Samora! Em "ciencia" procura-se sempre encontrar a a partir dos "dados" existentes, funcoes, formulas, etc, que permitam relaciona-los! O ponto e': se olharmos aqui para os "mandarins" (claramente gente do sul) poderemos encontrar alguma formula que os relacione as politicas regionalistas que tem sido implementadas pelos que defendem e, em ultima analise, ao proprio "REGIONALISMO" (as mercadorias nao se podem dissociar dos seus produtores)! Este assunto e' para ser debatido sem tabus, "sem medos", porque estamos a assistir actualmente o resultado das politicas de EXCLUSAO dos sucessivos governos do Quenia em relacao as etnias "externas" a esses dirigentes e pelo facto de estarmos a notar elementos notaveis da sociedade civil mocambicana, dentre academicos(Lourenco do Rosario), religiosos (João Tigre), etc, a darem "avisos a navegacao"! Na minha humilde maneira de pensar, essa manifesta preocupacao dessas individualidades mostra que no's temos esse problema ETNICO/REGIONAL enraizado entre no's, somos um "potencial barril de polvora com rastilho curto" e Mocambique em nada se difere do Quenia!!
Acabei de postar mais um número.
Hummmmmm....o Jonathan acha mesmo que é uma campanha de bloguistas aqui do sul em favor do império de Gaza? E que querem pôr o partido no poder também nos blogues?
brilhante, diz tudo, sao coisas assim que precisamos.
Da mesma maneira que nao ha' CORRUPCAO, nao ha' REGIONALISMO em Mocambique! (estou a citar o conceituado poeta "Guilty Demeanor")
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