
Aqui está um problema. E o problema consiste em ver as pessoas integradas num universo técnico-socorrista imediato: por isso elas devem sair dos locais afectados, não faz sentido ficarem lá, ficar lá é irracional. Ou então diz-se que o problema está na cabeça dura dos régulos, régulos que descomandam os camponeses.
Mas o problema tem um outro problema, o problema do problema. O problema do problema é que as pessoas resgastadas vivem num outro universo, numa outra concepção, a concepção de que só se pode viver com as cheias, com a água desalmada que afecta as terras, mas onde há limo, peixe, onde estão os espíritos dos antepassados, os corpos dos entes falecidos, frequentemente onde estão enterradas as placentas dos nascidos.
Que tal se o Instituto Nacional de Gestão de Calamidades tivesse um anexo chamado "Núcleo de Estudo dos Comportamentos Racionais Diferentes dos Nossos"?
Entretanto, leia ou recorde aqui.
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