A comunidade GLS (gays, lésbicas e simpatizantes) moçambicana tem um novo portal, a conferir aqui.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
50 comentários:
Perdoem m n aceito isso
gays ou lesbicas tenham paciencia m n concordo com essa Xungaria
Xicoxa
E ainda há coisas que me surpreendam neste mundo? Não sou racista, nunca fui e nem quero ser, mas sempre defendi e ainda defendo, recorrendo-me a principios bíblicos, contra qualquer tentativa de legalização de uma comunidade guy, e votaria contra se algum dia mo dessem este privilegio. Não concebo em minha cabeça que alguém tente contrariar as leis mais elementares da natureza humana e divina, sobretudo, importanto hábitos e costumes alheios. Contudo, não me oponho a qualquer outras opiniões sobre o assunto, pois sou democrata.
Um abraço
Estive por aqui apreciando um pouco o seu trabalho!! Abraços Ademar!!
O homem (mulher) não é aquilo que diz, ou escreve,
mas aquilo que faz.
Não acredito que o comentário anterior seja racista, mas homofóbico certo que é, não se questiona príncipios religiosos, pois da religião não se discute, tal como não se deveria discutir das orientações sexuais individuais, porque estas, são opções conscientes nascidas dentro de um conhecimento social no mínimo mediano sobre a religião. Para se opor a algo e fomentar uma rede argumentativa que possa contrariar os valores do outro segundo a suposta razão deve-se tentar compreender as razões e opiniões que motivam tal escolha. Para começar, pode-se aprender como se escreve "comunidade gay".
Anonimo, aprecio suas intervencoes assim como as do Viriato. Se podemos aceitar as orientacoes sexuais entao podemos tambem aceitar a liberdade de opiniao de cada um... Queria apelar que nao entremos em choques pessoais do tipo "aprenda a escrever...", as falhas sao normais, importa e' perceber a mensagem (repare que eu nao consigo acentuar os meus texto mas acredito que consigo passar a minha mensagem). O confronto que devemos fazer e' com argumentos face a uma situacao apresentada, devemos debater/argumentar sobre assuntos/temas postados e nao fugir o tema para ataques pessoais. Gostaria que os comentariios fossem geradores de opinioes uteis, aplicaveis a situacoes reais e nao comentar para fomentar intrigas. Num dos comentarios sobre a tinha em Marromeu, aprendi que ela pode ser combatido na base de agua e sabao, portanto, e' isto que se espera nos nossos comentarios. partilhar as experiencias e ajudar os outros a criar ou formar um conhecimento.
abraco a todos
Eu sou demasiadamente conservador por essa razão tenho serias dificuldades em entrar em debates de homosexuais (de homens que se tornam mulheres e de mulheres que se tornam homens)eu acho que deveriamos ter uma ocasião para votarmos sim ou não a legalização do homosexualismo em Moçambique ou indo mais longe deveriamos procurar saber se a nossa sociedade esta preparada para discutir essa coisa porque corremos risco de assistirmos a linchamentos de "gays" como acontece em sociedades conservadoras portanto a comunidade gay aconselho que afinem as acelerações, estudem muito bem o meio em que estão inseridos e projectem as consequencias de serem gays nesse meio.
Comentário sobre a foto: que desperdício de beleza das senhoras que nela aparecem; se forem lésbicas, como se pode supor.
Lembrados que Mocambique e um Estado Laico, algum problema em ter ou preferir um parceiro do mesmo sexo? Se sim, qual? Ate ja.
Eu tenho amigos homosexuais que são excelentes pessoas e muito bons profissionais. Eu acho que as pessoas têm direito de viver a sua sexualidade como melhor entenderem. Pelo que merecem respeito neste campo.
Uma vez alguem me disse que as pessoas não escolhem ser hetero ou homosexual. Não é por moda, por querer ser diferente. Deve ser para estas pessoas uma "escolha" muito dificil, considerando a ostracisação a que estão sujeitos. Para muitas destas pessoas é dificil viver à vontade no meio familiar, social etc... Por isso penso que esta não deve ser uma "opção" mas sim algo muito mais profundo e que vem de dentro e que não se pode "combater" como querem alguns.
Eu não sou homosexual.
Mapulango
Caro Viriato;
Ainda bem que moçambique não se guia por esses tais princípios biblicos, senão TODOS estavamos feitos ao bife. E ainda bem, que estamos num estado laico e democrático. E ainda bem que temos ainda gente pensante neste país e que sabe que nenhuma comunidade, em parte alguma do mundo, precisa de legalização para existir, pois ela simplismente existem...as pessoas juntam se e formam a sua comunidade baseadas nas suas afinidades...
Eu não sou muito apologista de tais principios biblicos e sou desconfiado dos que apregoam e usam a religião para oprimir os outros. É so reparar que certas práticas lá prescritas são autênticas barbaridades nos dias de hojé. Quem defenda que um pai venda da sua filha? Quem defenda o apedrejamento dos adulteros.Quem?
Só para lhe lembrar que até bem pouco tempo, esses mesmos principios biblicos, defendiam e legitimavam a escravatura e o apartheid.
Vamos discutir orientacao sexual, se a quisermos discutir dum ponto de vista cientifico, académico, ou seja lá que for e deixemos a a teologia e os dogmas religioso para os teologos...
E ja agora: A COMUNIDADE sabe muito bem em que país esta: LAICO E DEMOCRÁTICO (SALVE SEJA)
Obrigado Portal de Cena pelo auxílio. Alguém tinha que impedir as sovas que recebi do anónimo, como se ele não tivesse pecado algum. Mais do que isto, por entender que "o facto de ter língua curta não impede a alguém de se lamber". Os ataques pessoais são comportamentos dos fracos, e sobre eles não reza a história.
Devem perceber que tenho as minhas convicções pessoais. Posso até mudar de opinião, desde que me façam convencer de que estou errado, mas rejeito qualquer tipo de coação para comungar aquilo que concebo como um erro.
Voltanto a questão dos gays, convenhamo-nos amigos, não acho correcto pautarmos por uma "mente limpa e sã", pelo menos neste caso, não, quando sabemos as implicações que estes "traços" de comportamento trará à sociedade moçambicana, como alías está hoje a Europa: despovoada, segregada, desorganizada moral e espiritualmente, enfim, está mais vulnerável, para não falar de onda de divórcio e celibatos a aumentar a cada dia que passa. É, pois, contra o óbvio, contra os princípios mais elementar de uma sociedade bem organizada. É aceitar que o Estado fique de tanga. As consequências para o continente africano, particularmente para Moçambique, ao aceitar legislar esta comunidade gay, confesso, seria um desastre, digo, genocídio cultural. Hoje são os gays que querem uma "autonomia", amanhã serão os "surumáticos", as "vampiros", etc, etc. E onde é que vamos parar????
Respondendo a um anónimo, outro, como não têm cara nem nome, dirijo-me a si, que recusa Deus, só espero viver tanto tempo como fazem alguns, que lá para as décadas de 70, 80...recusavam à religião. Hoje não saem das igrejas, até abrem comícios, festas, reuniões, convívios com uma oração. A paz que o anónimo possui hoje é fruto da religião. Portanto, tentar recusar isto é atentar contra aquelas excelsas instituições e/ pessoas que de boa vontade lutam para salvar vidas, usando a regilião, a fé como o seu mandamento primordial.
Mas que fique claro, não tenho nada contra os gays, neste caso podem chamar-me de Pilatos, que o sou. O que não aceito é a sua legalização, como há muitos anos se adia a legalização da prostituição, do aborto, etc, etc.
Um abraço das terras lusas!
Não vejo mal nenhum nisso, em muitos casos são questões hormonais e raramente consegue-se fugir a isso. É uma realidade inquestionável na nossa sociedade, negar isso é tapar o sol com a peneira. Só um senão: há uma tendencia incrível dos homossexuais se ridicularizarem (vestes esquisitas, gestos exagerados, falas mesquinhas...),é preciso tudo isso? Sejam sérios e a sociedade vos levará a sério!
São formas de sexualidade humanas, naturais. São orientações sexuais. Desligadas de lendas e crenças. Aos conservadores, de onde vão buscar a base “óptima” de comparação? Aceitar os outros assim como podem ser e estar, é mais confortável. Não é habitual, mas é normal. Pergunte a eles se “podem” ser como os outros, os achados normais. Se é opção, natureza, imitação, por delinquência.
Bem haja
Puro sodomismo!!
A homossexualidade é um desvio de comportamento ao PADRÃO da Natureza, onde: Acasalamento = relação entre Macho e Fêmea.
> Está cientificamente provado que os comportamentos homossexuais resultam de “distúrbios” ao nível genético, ou seja, são, efectivamente, uma forma de deficiente funcinamento orgânico.
Entendo pois que é necessário saber distinguir entre (i) Homossexualidade (resultante de alterações genéticas, orgânicas que predispõem para o relacionamento entre o mesmo sexo) e,
> Perversão Sexual resultante de comportamentos extravagantes, boçais, sja entre Homossexuais, seja entre Heterossexuais.
Curiosamente, no caso masculino, durante muito tempo a sociedade apenas considerava Homossexual o parceiro passivo; o activo era por vezes considerado até, mais machão: sem escrúpulos, pronto para todas as circunstâncias!
A Homossexualidade feminina era mais tolerada pelos Homens. Diziam eles: “que mal há em uma mulher gostar de outra mulher, se eu também gosto de mulheres?. Hoje a atitude é diferente, pois a "concorrência" é mais forte!
Relativamente à FOTO: mostra um grupo de “CATORZINHAS”, MENORES DE IDADE, prematuramente inciadas na sexualidade.
> Seguramente, a necessitarem de apoio clínico e psicológico, que as ajude a assumir com DIGNIDADE e DESCRIÇÂO a sua condição, de propensão para o homossexualismo, FUGINDO a despropositados exibicionismos.
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Sim, foi em nome de Deus que durante seculos a razao foi banida para nao contradizer certos principios religiosos. Foi em nome de Deus que grandes produtores de conhecimento foram obrigados a beber cicuta e morreram, so porque escreveram coisas que diz-s contradiziam esse Deus. Hoje e obvio que a terra nao e o centro do Universo. Foi em nome desse Deus que a inquisicao queimou mulheres mundo fora. Em nome desse Deus quem praticasse sexo sem finalidades procriativas podia ser assado na fornalha da Santa Inquisicao. Foi em nome de Deus que milhares de pessoas morreram nas cruzadas. Alguns ate parece que so praticam relacoes sexuais para fazer filhos, se assim fosse nao haveria mais espaco na face da terra...
Se cada um se metesse na sua vida o mundo seria muito melhor...
O que cada um faz na sua cama é com ele e mais ninguém... Quem sou eu para querer proibir seja o que for na vida dos outros??!! Em que me afecta o facto de alguém amar um homem, mulher, um cao ou uma galinha ??!!!
A história se repete mesmo, e as pessoas teimam em não aprender !! Galileu, Nelson Mandela, Ghandi e milhões de outros anónimos foram perseguidos e descriminados por pensarem e agirem diferente... Metam a mão na consciência , já está na altura.
Sexualidade, cor da pele, tribo, religião...tudo argumentos para descriminar e achar superior a outro alguém...
Quanto aos gays que se vestem do sexo oposto, são a minoria e isso é mesmo um disturbio, uma necessidade de fazer "show" que realmente choca muitos...
Também não me sinto confortável de estar ao lado de 2 homens a beijarem-se...mas isso é falta de hábito talvez, e mesmo que nunca me sinta bem com isso, NADA ME DÁ O DIREITO DE PROIBIR OU DEIXAR DE PROIBIR...
Pensem Nisso
Tsin Tsi Va
Tremenda CONFUSÂO!
Quem disse que as Igrejas/ Religiões proíbem sexo por mero PRAZER ?
O que as Igrejas defendem é a FIDELIDADE entre casais /parceiros;
Todos sabemos que a mulher só tem possibilidade de engravidar durante o curto período de, em regra, 3 a 5 dias por mês.
> Ora, sendo assim, temos os restantes dias para CURTIR SEXO entre casal/ parceiro e, porque não há o risco de engravidar, podemos dispensar camisinha e CURTIR, sem receio e mais "sabor", “nhanha com nhanha”!
Parece-me ser preciso que nos programas de educação sexual se realcem os aspectos seguintes:
(1) Como determinar o período fértil da mulher (muito fácil);
(2) Fora do período fértil, o casal é LIVRE de CURTIR, fazendo o sexo que quiser (ou puder, em alguns casos) e dando largas à sua imaginação (recorrendo mesmo às novas tecnologia, à Net, para uns “apontamentos”, se preciso, claro). Nada disso as igrejas proibem (entre casais fiéis).
Tudo isso faz parte dos AFECTOS entre o casal: as Igrejas nunca proibiram, nem proíbem, sexo por PRAZER, sem ter como objectivo procriar. Defendem, isso sim, respeito entre os casais, Fidelidade.
A procriação é, provavelmente, o acto MAIS SUBLIME desses afectos: dois seres (macho e fêmea) que, em CONSCIÊNCIA, se unem (no período fértil) para dar origem a um terceiro: carne da sua carne!
É isto que, por mais afectos que existam entre homossexuais, eles não podem fazer: gerar alguém, pela via da relação sexual, carne da sua carne.
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Caros compatrtiotas;
Desde ontem que estou a acompanhar a discussão aqui no blog do Dr. Carlos Serra.
Muito se tem dito, uns contra outros a favor.
Primeiramente deixem me dizer-lhes que concordo inteiramente com o último comentário quando diz "O que cada um faz na sua cama é com ele e mais ninguém... Quem sou eu para querer proibir seja o que for na vida dos outros??!! Em que me afecta o facto de alguém amar um homem, mulher, um cao ou uma galinha ??!!!".Realmente o que importa para sociedade o que as pessoas fazem entre quatro paredes?
Antes de falarem em princípios bíblicos deveriam fazer uma instrospecção e perguntar-se, "seria eu capaz de viver seguindo os mesmos princípios de a 2000 anos atrás?". Se a reposta for sim. diria eu que são hipócritas e mentirosos para convosco mesmo. Com isto quero eu dizer que devemos ser verdadeiros para conosco mesmo, não alinhar no mesmo discurso somente porque achamos que é o politicamente correcto, e fica bem dizer quando estamos entre os nossos pares.
Fala-se muito de que a sociedade moçambicana não esta preparada para falar da questão da orientação sexual, alguma vez perguntaram a tal sociedade? ou estão somente a presupor. Isto faz-me lembrar aqueles senhores a 40 anos que diziam que os negros não estavam preparados para serem livres. Porquê tomar a sociedade como se ela fosse estática e desprovida de capacidade de análise?
Homossexuais sempre existiram em Moçambique, a homossexualidade nunca chegou a ser motivo prisão ou linchamento. porque seria agora?
A historia já nos mostrou e continua a mostrar, como esses principios foram e são usados para oprimir os outros.O que me deixa mais extupefacto é esta dualidade de conceitos , umas vezes somos modernos, progressistas, defensores dos direitos humanos e até achamos que somos democrátas, outras vezes, e especialmente mas quando se trata de oprimir os outrem, negando lhes direitos, refugiamos-nos na chamada; "nossa cultura", "nossa tradição", "nossa religião", como se esta país tivesse somente 1 cultura, 1 tradição e 1 religião. E as mesmas pessoas que dizem isso não seguem e nem vivem dessa cultura, tradição e religião.
Não se enganem se os políticos ou dirigentes vão as igrejas e templos, ou abrem cerimonias com orações, ja diziam no otro tempo "o hábito não faz o monge". Os políticos sabem muito bem qual é a importância da religião e do parecer ser religioso e o que isso reflecte na sua eleição ou reeileição.
Moçambique é um estado laico e assim deve ser preservado, embora muito recentemente se vê a intromissão das religiões das decisões políticas, o que agora pode parecer bem, mais daqui a um tempo veremos que andamos todos a dormir e a nossa laicidade foi-se.
Debruçando me agora sobre as pessoas que aparecem nas fotos, quero somente dizer-lhes que não são nem catorzinhas, nem iniciadas na vida sexual. Gostaria que os senhores olhassem para essa foto, e reflectissem. na seguinte questão: Porquê as pessoas pousaram para a camera, sabendo dos riscos que correm. Que dramas essas pessoas vivem nas suas familias e comunidade. E depois disso podemos entrar numa melhor discussão.
Discutamos a questão da orientação sexual, da identidade de género e da garantia dos direitos humanos para estas minorias de uma forma académica e dentro da esfera cientifico e deixemos as escrituras para os teólogos.
Desculpe me se feri sentimentos.
E já em jeito de saída : E não preguem o que não fazem.
Danilo da Silva
Não gostei muito do "amar um cão e uma galinha... Mas de resto, muito bem Tsin Tsi Va! Bem diz o ditado:
Cuida da tua saúde, que da tua vida cuidam os outros!!!
Um abraço
Grande discussão, sim senhor, é preciso temas como estes para agitar a sociedade. Queria apelar aos comentadores para não responderem ao Sr. Viriato, claramente que é uma pessoa que vive de acordo com a sua razão e não consegue ter abertura para entender para alem do seu umbigo, espero que esta sua posição radical não seja uma expressão de ter passado a vida a reprimir a sua sexualidade em prol dos seus conceitos de "normalidade" e "moralidade".
Mas é isto com que lutamos, lutamos para que as pessoas tenham a liberdade de viver a sua sexualidade abertamente, que não se tenham que esconder em vidas "normais" assumindo que a infelicidade é um fardo incontornável.
Não temos que entender os outros, mas temos de os respeitar. Carácter e sexualidade são coisas diferentes, avaliem as pessoas pelo seu carácter, pela sua inteligência, pelo seu valor, pelo seu contributo social, não pela sua cor, religião ou ... pela sua orientação sexual. Eu sou ateu, mas respeito quem acredita, seja em Deus ou em Alá, mesmo não entendendo o que leva alguém a ser crente. Por favor respeitem também a minha sexualidade...
Barack Obama marca presença em evento para lembrar 40 anos de Stonewall
A Casa Branca abriu suas portas neste domingo, 28/06, para um evento que lembrou os 40 anos da Batalha de Stonewall, quando centenas de Gays e Lésbicas enfrentaram o abuso policial que sofriam em frente a um bar de Nova York.
Presente na cerimônia, Obama recebeu veteranos de Stonewall. Depois, em seu discurso, declarou que a política que proíbe Homossexuais assumidos nas Forças Armadas americanas contraria os interesses nacionais.
"A política do 'Não pergunte, não conte' serviu apenas para enfraquecer a segurança nacional americana, impedindo que centenas de patriotas americanos pudessem servir ao seu país. Algum dia, vamos olhar para trás e nos perguntar porquê estas questões nos causavam tanta angústia", disse o presidente.
Foram servidos docinhos decorados com o arco-íris logo depois do discurso de Obama.
Igor,
Quero agradecer-lhe por mostrar a sua cara, digo, o seu nome. Assim compreendo que tipo de amigo é que me ataca. Estou pronto para defender com as minhas convicções pessoais os meus argumentos. Mas antes queria chamar-lhe uma atenção, não pensa que vai plantar batatas em minha cabeça, porque este Viriato: humilde, religioso, animal político e quiça, racional, mas não é um escumalha face de escamar. Sempre defendi uma sociedade de valores, com regras e princípios. Há balizas pelas quais foram feitas, determinadas em função das leis mais elementares da natureza, as quais não podem ser quebradas. O ser gay não é nenhum defeito, nem estou contra uma pessoa assumida, nem tenho como estar. Pode reler os meus comentários, se isso não lhe custar um arrependimento das suas palavras, o que não concordo é a sua legalização. Traria ao país, a Moçambique, prejuízos enorme as quais também neste blogue citei: despovoamento, genocídio cultural e moral, choques culturais, enfim, não seria católico para um país que tem pouco menos de 40 anos de idade mergulhar-se em contendas. Ainda bem que Samora Machel e as suas filosofias (da Frelimo) eliminou em tempos qualquer tentativa de trazer certas culturas que entram em choques com a nossa. Depois de oficializar-se esta comunidade dos gay, abrir-se-á precedentes. Os rastas, os surumaticos, prostitutas, etc quererão também um espaço na lei moçambicana. É a favor mesmo assim?
Não vou entrar na discussão em si, mas tenho dois pontos:
1. Caro Danilo, ainda não me convenceste quanto à foto. Não fui eu a fazer aquela pergunta, mas a idade destas meninas é questionável até que apresentem os seus BI. Pela idade, não duvido que teriam o mesmo drama mesmo que fossem heterossexuais numa sociedade como a nossa maioritariamente conservadora e tradicional. Agora, onde é que andam as mulheres e homens adultos? Vocês não acham que a situacão fica mais difícil para quem em tudo depende dos pais, escola, sociedade que aquele que já está independente?
2. Caro Igor, desculpe-me, mas acho ser falta de tolerância convidar aos demais para ignorar a Viriato Dias. Querendo, que o ignore, mas que não mobilize aos outros para ignorá-lo. Amigo, mesmo em sociedades mais liberais a discussão sobre a homosexualidade está acesa e a exposicão não é como se imagina.
P.S: não estou entrar em discussão sobre o homossexualismo por evitar alguma coisa, só que eu preciso de elaborar um texto bem claro sobre o que penso e sei disso. Do resto sou liberal e digo que quem é homossexual que assim viva livremente sem pressionar a quem não é, simplesmente na procura angariacão de membros.
Abraco
Meus caros Danilo e Igor,
Importa olharmos à volta sem RECALCAMENTOS, mas não negando a ciência! Fazemos parte do mundo animal onde a regra é MACHO x FÊMEA = VIDA = PERPECTUAÇÃO DA ESPÈCIE = CONTINUIDADE, e não
> MACHO x MACHO ou FÊMEA x FÊMEA = VAZIO = FIM DA ESPÈCIE.
Ora, na natureza, como em qualquer outro processo de produção, é normal haver uma certa percentagem de produto com alguns desequilíbrios.
> Isso também acontece no processo de produção humana: são exemplos as chamadas doenças congénitas (anomalias geradas ou nascidas com o individuo, de que o individuo não tem culpa de ser portador, mas é-o de facto!
O homossexualismo é, em muitos aspectos, semelhante a uma anomalia congénita: nasce com a pessoa!
> Por essa razão, entendo ser completamente absurdo olhar para a homossexualidade como uma condenável aberração: é um caso de saúde, e como tal, no meu entender deve ser avaliado.
Aliás, muitas vezes, como a natureza procura EQUILIBRIOS, o individuo com propensão homossexual (menos macho, ou menos fêmea) é dotado com outras competências, por exemplo, na área da música, literatura, cinema, das artes em geral, mas noutras áreas também.
Ora, o que, em regra, os Heterossexuais pedem aos Homossexuais é, SIMPLESMENTE, que assumam a diferença que transportam (em termos de propensão sexual) como sendo, efectivamente, um desvio ao PADRÃO da natureza, aceitem que o aconselhamento psicológico e médico os pode ajudar a melhor se enquadrarem na sociedade, sem os recalcamentos que, tantas vezes, levam (provavelmente de forma inconsciente/ incontida), a comportamentos exibicionistas, de pseudo-afirmação da diferença; de "confronto".
Julgo também necessário assumir que, no caso da homossexualidade masculina, em regra há relações anais, para as quais o organismo não está preparado: o esfíncter tem como função conter e controlar a saída de dejectos orgânicos (de dentro para fora) e não a entrada seja do que for. As consequências são conhecidas!
Quanto aos que dizem que, o corpo é de cada um de nós, logo fazemos dele o que entendermos, acho que são posições irreverentes, de quem não tem argumentos sólidos: uma espécie de diálogo com “porque sim” ou “porque não”, sem olhar para o fundamental.
> A homossexualidade não deve ser vista como uma moda, aliás, náo é, pois joga com Valores Intrínsecos (que nascem com cada um de nós).
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Reflectindo e anónimo,
De qualquer maneira muito obrigado pela defesa, não pelo facto de comungar comigo neste aspecto de gays, etc, mas por virem repudiar os ataques contra a minha pessoa. Esta questão dos gays, não podendo convencer aqui aos comentadores, deixo ao critério do tempo, este o melhor mestre em casos do género. Poucos que aqui intervieram não mostraram provas ou exemplos concretos para provar o favoritismo face a esta questão dos gays. Mas eu não, tenho provas do que digo, países como a Bélgica, Inglaterra, França, Holanda só para citar já começaram a sentir o impacto deste fenómeno. Acessando ao google (para não me dar ao luxo de preparar a sopa a quem não gosta de investigar)poderá encontrar o impacto que este fenómeno está a criar nesses países. Todavia, reitero, NÃO TENHO NADA CONTRA, DESDE QUE SOBRE ELE NÃO HAJA NUMA LEI QUE ACEITE, seria algo que para a nossa sociedade teria que pagar um preço muito grande. Deixo, então, que o professor, sociólogo que é, diga da sua justiça.
Um abraço
Não era minha intenção entrar em grandes trocas de palavras com ninguém, mas só preciso esclarecer alguns aspectos focados pelo nosso amigo anónimo. Há já algumas décadas que a homossexualidade foi retirada do conjunto de doenças do foro psicológico, pelo que a sugestão de "tratamento" parece-me muito mal informada e não posso deixar que passe aqui como uma ideia minimamente válida. O que determina a orientação sexual de um individuo e a sua identidade de género ainda é fruto de alguma discussão, mas está provada a existência de diferenças a nível genético em indivíduos homossexuais, da mesma forma que existe informação genética que determina se alguém é destro ou canhoto, ou outra qualquer propensão física de qualquer individuo.
Claro que sendo uma "minoria" os indivíduos que apresentam esta característica estamos a falar de um "desvio" do padrão, atenção à palavra desvio. Mas estamos a falar de um desvio que é comummente aceite como representando entre 7 a 10% da população independentemente da localização geográfica, independentemente do nível de desenvolvimento do local onde nos encontremos. Uma sociedade como a nossa marcada de valores e papeis muito vincados culturalmente, naquilo que se espera socialmente que seja o papel do homem e da mulher, promove a que as pessoas vivam no "armário", que certos assuntos sejam tabu, que não se ensinem as pessoas em geral e os jovens em particular a protegerem-se.
A questão do sexo anal, por favor nem sequer devia comentar, mas parece-me que este não é um exclusivo da comunidade gay, e se esse é o limite do imaginário sexual, o meu amigo precisa de se informar mais. No fundo o que queria dizer é que uma relação não se resume, nem se define na forma como duas pessoas de envolvem sexualmente, o envolvimento é também emocional, afectivo e "espiritual".
Fui eu quem tirou as fotos às meninas, a mais nova tem 19 anos e a mais velha terá uns 27 anos. Não há recrutamentos de pessoas para se tornarem homossexuais, a Lambda é uma associação séria que fornece apoio psicológico e jurídico por profissionais a que a procurar. Promove informação sobre saúde sexual e meios de protecção. Promove campanhas de aceitação e contra a descriminação.
Queria ainda dizer que não gostei de ver falarem de Samora como um "homofóbico", o Gabinete de Samora era composto também por homossexuais, que eram do conhecimento do nosso falecido presidente e por quem eram respeitados.
Legalizar a prostituição apenas ajudaria a :
1. Combater o HIV e outras doenças...
2. Organizar uma PROFISSÃO que existe, e sempre existirá, tornando-a legal e dessa forma contribuindo para o erário público.
3. Proteger os milhares de trabalhadore do sexo que o fazem em condições muitas vezes desumanas, sujeitos a exploração e maus tratos.
4. Retirar das ruas a não tão bonita "paisagem" de pessoas a venderem sexo "de qualquer maneira" e organizar em locais próprios com regras próprias. Dessa forma afastando dos + sensiveis, das crianças, etc...
...isso quanto à legalização da prostituição, tão indesejada pelo colega comentador...
A. Um fumador de tabaco regular pode fumar 40 cigarros por dia, ingerindo +4000 quimicos nocivos e causando cancro aos que estao à sua volta.
B. O álcool é o principal causador de acidentes de viação e suas mortes, violência doméstica e não só, é vendido até nas escolas...
C. Não estar legar apenas significa que se cria um mercado paralelo, um mercado negro, onde os preços são mais elevados, onde o estado não recolhe impostos, onde facilmente se associa aos criminosos e à violência...
Que argumento existe contra a legalização da soruma, que abafe a horrivel estado legal de venda e promoção de drogas tão pesadas como o álcool e o tabaco ??!!
Vamos deixar de ser formatados, ponhamos a mão na consciência e pensemos... O porque disto ? O porque daquilo ? Em vez de falar só por falar, sem saber no fundo o que estamos a dizer e a defender...
Pensem Nisso
Tsin Tsi Va
Caro Viriato Dias,
Estou completamente de acordo consigo quando diz que "O ser gay não é nenhum defeito, nem estou contra uma pessoa assumida, nem tenho como estar".
Só que há uma pequena diferença consigo quanto há questão de legislar ou não legislar. Vou-lhe apresentar uma pequena questão que espero que o amigo Viriato dê a sua sincera opinião.
Sou homem amo outro homem com quem vivo, partilhando o mesmo tecto, contribuindo ambos para o mesmo bem comum. Indo para o caso mais extremo que garantias tenho eu ou ele de que em caso de morte a minha família ou a família dele não saltará em cima dos bens que nós adquirimos em conjunto?
Ele morre e vem a família dele e diz que a geleira, o fogão, o televisor, a cama e os cobertores são dele e por isso devem levar tudo? Ou havendo uma lei que permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo ficamos seguros que o conjuge sobrevivo herdará os bens do falecido.
Espero que o amigo Viriato Dias entenda a minha questão e perdoe-me se não me fiz entender.
Guei
Há uma coisa que me escapa nesta discussão, o receio do Sr. Viriato da legalização. No seu ponto de vista qual é o objecto de legalização ou proíbição? O sentimento que as pessoas nutrem umas pelas outras, aquilo que duas pessoas adultas fazem em privado no seu lar? Não estamos numa luta por legalização, estamos numa luta por direitos, uma luta por cidadania, uma luta contra a descriminação.
Não tenho o problema em dar o meu exemplo, eu vivo maritalmente com o meu parceiro, e, com a minha filha de 7 anos. No meu caso a mãe tem conhecimento do meu relacionamento e, felizmente, consegue separar as águas. Na sua opinião Sr. Viriato, acha que eu vivo ilegalmente? Acha que a policia devia entrar no meu lar e prender-me a mim e ao meu parceiro, quem sabe entregar a minha filha aos serviços sociais? Em que medida eu preciso de ser alvo de legalização?
Eu dou a cara não tanto por mim, felizmente tenho a compreensão e o apoio dos familiares e dos amigos. A reacção geral em relação a minha “saida do armário” tem superado em muito aquilo que eu poderia esperar. Mas há muitas pessoas que são expulsas de suas casas, que são alvo de pressão psicológica e de violencia física por parte de quem teria por obrigação protege-las, eu dou a cara pelos seus filhos, se os tem, que se por acaso tiverem o “azar” de serem diferentes não vão ter nem a compreensão, nem o amparo do próprio pai. Dou a cara por uma sociedade onde eu possa sentir-me confortável em andar na rua de mãos dadas com o meu parceiro, de poder beijá-lo no aeroporto quando me for despedir dele ou recebe-lo.
A única coisa que pretendemos e que deve ser alvo de legalização é a Lambda, a Associação, cujo processo se encontra à espera de resposta à mais de um ano. E segundo parece-me o associativismo é um direito constitucional.
Faltou aqui um agradecimento ao Dr. Carlos Serra por promover este debate e pelo apoio na divulgação do portal. E também ao Savana que teve a coragem de incluír uma referencia ao portal e à Lambda na sua última edição.
hmmm hmmm.... penso que o Igor tocou os pontos fundamentais e fe-lo muito bem fundamentado...
Caro Viriato, a sua tese de que não eh contra a homossexualidade mas não quer que exista uma lei que a reconheça faz lembrar aquelas pessoas que dizem “eu não sou racista mas não aceito que @ minh@ filh@ namore, case, tenha filhos com pret@s”, ou “eu nao sou machista mas lugar da mulher eh na cozinha”...
E depois, em que se baseia para dizer que o reconhecimento de direitos aos homossexuais traria para Moçambique, e passo a citar: “despovoamento, genocídio cultural e moral, choques culturais,”??? Não entendo esta afirmação, fez algum estudo sobre isso? O despovoamento da Europa esta directamente relacionado com a homossexualidade? Pode indicar-me o estudo, analise, relatório que prove essa relação?
Quanto ao debate que aqui se desenvolve gostaria de dizer o seguinte:
Não se trata aqui se a homossexualidade eh ou não eh “normal”, ou da pretensa (sim, disse pretensa) defesa da “moral e dos bons costumes”. A questão que aqui deve ser colocada e debatida eh o reconhecimento de direitos iguais para todos os cidadãos, e por direitos iguais o que se quer dizer eh que todos somos iguais dentro das nossas diferenças e que tais diferenças não devem usadas para tornar alguns cidadãos menos que os outros. Esta interpretação esta bem explanada na nossa Constituição. Não eh por acaso que o legislador, após ter indicado que todos são iguais perante a lei especifica e ressalta os direitos das mulheres e dos deficientes. Isto acontece precisamente que são as mulheres e portadores de deficiência grupos facilmente discriminados e oprimidos pela sua condição (ou seja, pelo facto de serem mulheres e/ou portadores de deficiência). Esta eh a questão da Lambda, da comunidade lgbt, eh o reconhecimento que dentro da sua diferença os seus direitos não devem ignorados, a sua ressalta vem exactamente da vulnerabilidade social que esta comunidade tem... e bom exemplo da negação ou irreconhecimento de direitos ah comunidade lgbt são alguns comentários deixados aqui neste debate.
Recuso-me a conceber o meu pais, o meu Moçambique, como um pais que em nome de pretensas moralidades e outros permite que se crie guetos de cidadãos, que se permite que existam cidadãos de primeira e cidadãos de segunda. E, para mim, este eh que eh um pontos fulcrais que deve ser debatido, discutido, verificado... porque das nossas educações, pretensões, moralidades, preconceitos, muito facilmente criamos uma sociedade (ou perpetuamo-la) de cidadãos de primeira e de segunda, permitimos e convivemos numa sociedade que facilmente despreza e vilipendia os seus membros que sejam diferentes, que fujam ah “normalidade”
De facto há pessoas que dizem:
“eu não sou racista, mas não aceito, nem quero, que a minha filha/o namore, case, tenha filhos com branco(a)s”.
Costumo ouvir muitas vezes esses ditos em Portugal.
É muito triste, e muito feio.
Eu tinha jurado a não fazer mais nenhum comentário em torno deste assunto. Preferia ver legalizada a “comunidade gay” e esperar que o tempo venha dar-me razão, como alias sempre o fez ao longo da vida. Mas como os questionamentos são tantos que não me contive em deixar provavelmente o meu penúltimo comentário.
Esperava que as pessoas que me questionam apresentassem fontes ou dados concretos sobre o que defendem, nomeadamente o berço dos gays, o seu nascimento; sendo um defeito hormonal, como em alguns casos li, como é que tal processo ocorre e porquê? Porquê é que são a favor da legalização dos gays? E o que diriam caso houvesse um choque cultural como aliás acho ser inevitável. Infelizmente não vi nenhuma tese, pelo contrário, limitam-se a dizer que gato é gato, como homem é homem. Não apresentaram nenhum dado concreto, nenhum exemplo de sucesso de integração dos gays nas sociedades , com destaque para as sociedades africanas. Alguns não fizeram outra coisa senão colocarem-me questões que nada tem que ver com o cerne da questão!
Pois o mesmo não acontece comigo, que trouxe ao vosso conhecimento os perigos que tal legalização possa vir a acalentar ao nosso país, desde o racismo, ermamento (despovoamento), repúdio, adopção generalizada a este movimento, vai de alguma forma criar precedentes a outros casos que jazem na imaginação humana, como a prostituição (que de resto não mata!), poligamia, enfim, um role de coisas.
Quanto as provas ou estudo sobre as consequências da legalização dos gays, não podendo lhe enviar agora, pode, porém, ir ao google pesquisar. Felizmente estive em alguns países europeus, para além de estar recentemente a viver em Portugal, onde este fenómeno é bastante preocupante. O despovoamento é um facto. Em Bruxelas a violência entre os e não gays é acentuada. Sabe-se que muitos deles não são propriamente gays ou lésbica, por questões estomacal e de moda, procuram se aliar a estes.
Sabe, amigos umBhalane, Igor e anónimo, não tenho muita idade de vida, apenas 29 primaveras (uma revelação para aqueles que me tratam por Sr., criando logo a partida uma barreira de dialogo entre nós), mas tive a sorte de conhecer muita gente na vida, pessoas que fizeram a história do país, um deles é o meu pai. O seu também, sem dúvida!!! Assim como estamos nós a fazer!!! E por estar a fazer um curso que me permite ver o passado com os olhos de agora e do futuro, tenho a esclarecer-lhe que, gays, lésbica, etc. é uma moda e não necessariamente uma doença. Teve a sua origem é verdade há muitos anos mas sempre foi repudiado pelas sociedades da época. Tal como o gay está a aparecer, como uma moda ocidental, o mesmo aconteceu com o racismo, xenofobia, ´rasta-man´, os tipos da tatuagem, poligamia, prostituição, aborto, etc, que não surgiram senão como moda, como uma forma de estar e que, infelizmente, sabe-se lá porque teve e tem tido nos dias de hoje consequências extremamente duras.
A não legalização deste “fenómeno novo” é justamente para evitar que o Estado tenha que aceitar mais tarde as consequências destes. Para certos casos na vida é bom às vezes ser como Pilatos, e esperar que o tempo em si decida. Nunca recusei o direito legal aos gays, jamais eu faria isso. O que acontece em quatro paredes e não só, porque os valores tendem a desaparecer, ninguém sabe mas também pouco me interessa; cabe a cada pessoa fazer do corpo o que bem entender, desde que se respeite as balizas sociais e de jurisprudência. O que defendo é que hajam gays, lésbicas, polígamos, etc. desde que seja dentro da lei e ou, dependendo de casos, repito, dependendo de certos casos, não sejam legislado, mas aceites socialmente!
Caro Viriato, perdoe-me, foi muito infeliz no seu último comentário, parece que não há base para se continuar com esta discussão..como se diz, foi pior a emenda que o soneto.
Tenho muita esperança na juventude Moçambicana, mas as vezes aparecem-nos destas....Só sugiro que deixe os googles e vá a uma biblioteca, estude e pesquise procure saber mais, e não se espante se quando achar que já viu, concluir que nada sabe.. e nesse processo, por favor, tente ser mais modesto..
Argumentos como os acima apresentados, incipientes que de falácia não passam...não o levarão a longe.
Triste...
Ps : Se quiser material para consulta, passe lá na LAMBDA que teremos muito gosto em fornece-lo
Danilo da Silva
Danilo da Sílva,
Está a tentar "fechar a ciência", como aliás fizeram os nossos atepassados comum ao assassinarem fisicamente os grandes mentores de teorias mais conceituadas pelo mundo fora, achando que as suas ideias estavam absolutamente erradas. Em Moçambique tivemos casos destes ( e já que se diz "kota" há-de saber bem de quem eu falo". Hoje o tempo prova o contrário, que afinal de contas estavam certos. E delas (teorias) usa-nas para enfrentar os obstáculos da vida.
Neste seu comentário fez exactamente o que os outros vieram aqui dizer: deixar um monte de lábias, muitas delas ataques pessoais sem que, no entanto, apresentassem provas a favor da legalização de uma "comunidade gay". Por favor, leia os meus comentário com sentido de ver. E não te esqueças, Danilo, que sempre que estiveres a julgar o teu irmão, tenha consciência de que és tu quem está no tribunal.
Está a sobestimar uma fonte precisosa de pesquisa que é o google, que muita das vezes é o seu instrumento de trabalho. Graças a ela está a comunicar-se comigo! Não só apresentei o google como fonte, assim como, o mais importante de todas, a presença física a estes locais. Vi com os meus olhos, conversei com as pessoas, estudei o caso. Talvez espere uns anos para poder ter esta fonte em suas mãos. Espero que não o rasgue quando vir o meu nome: Viriato Dias como autor do estudo!
Não sou um jovem em que se pode plantar batatas. Ou de ir a lambadas como me sugere, sou aquilo que os meus pais procuraram transmitir-me ao longo dos anos: um "puto" sim, mas com valores, princípios, educação, enfim, se os quiser posso dar-lhe de graça, pois os possuo de vida.
Um abraço, aliás!.
Sinceramente!
Fico assutado e acima de tudo angustiado em saber que um futuro investigador Mocambicano tenha uma mente tao tacanha... mas acredito que seja uma excepcao, mas mesmo assim ainda me assusta...
Como dizem os outros...
"We are doommed..."
Olá.
sou militante do movimento LGBT no Brasil e estou chocado com a virulência e o preconceito de alguns discursos neste site. Fiquei muito contente em saber que a comunidade LGBT em Moçambique agora pode desfrutar de um portal. Jamais imaginei,porém, reação tão despropositada sobre a notícia.
Embora ja´tenha estado em Moçambique e "senti" que o preconceito é muito presente nesta parte do mundo, não imaginava que o lançamento de um site desse vaga à discussão sobre a "legalização" da homossexualidade! Parece discussão do tempo do obscurantismo! Apenas fico me perguntando qual é o problema que as pessoas têm com o facto de outras serem ou declararem-se homossexuais. Por que isto incomoda tanto? Os argumentos religiosos ou de "despovoação" são risíveis e eu nem tive paciência para ler por inteiro porque parece pregação.
Gostaria de entender porque as pessoas têm tanta dificuldade em discutir direitos: é isso que importa em relação à homossexualidade, nada mais.
Boa sorte aos meus companheiros e companheiras da Lambda que pelo visto estão enfrentando um rojão só para poder existir.
E viva a homossexualidade!
Já lá vão 38 comentários, e não me pronunciei sobre a homossexualidade.
Mas, mesmo no fim, no fim mesmo, porquê o
"E viva a homossexualidade!"
De resto dou tudo de barato.
Não há necessidade.
Recato, e bom senso, apenas.
Tema sempre polémico;
Alguma intolerância de um lado, muito sede de protagonismo, visibilidade, do outro.
Pensando alto:
CARCATER (aquilo que distingue moralmente uma pessoa de outra) = corpo físico x inteligência x espiritualidade, DONDE, a forma como usamos o nosso corpo, inteligência e espiritualidade determina o Carácter de cada um: obviamente diferente de Homo para Hetero.
Reivindicações de minorias é matéria a tratar com frontalidade, sem paternalismos, falsos pudores, ou receios de melindrar susceptibilidades, com uma única pré-condição: mente aberta ao racional e blindada contra a lirismo e demagogia!
Neste debate foi exercido o PODER (por quem legitimamente o tem, não contesto) de suprimir comentários pelo simples facto de, provavelmente, a referência a questões fisiológicas relevantes, ter sido considerada passível de ferir algumas susceptibilidades. Pontos de vista!
Sobre a diferença entre as UNIÕES heterossexuais e as homossexuais, sejamos razoáveis, façamos, com verdade, uso da nossa capacidade de:
(i) DISCERNIMENTO - o que distingue as coisas que entre si fazem diferença, AINDA QUE pareçam iguais ou semelhantes, e
(ii) JUÍZO - suprema faculdade mental que nos dá o conhecimento da verdade em antítese do erro, máscara ou sofisma.
> provável conclusão: parece razoável manter a designação de CASAMENTO para a união macho e fêmea (que acasala e reproduz), e encontrar outra designação para as uniões homossexuais.
> Uma hipótese: União Homossexual = PARCERIA = sociedade entre indivíduos que tem por fim um interesse comum.
Esta opção tem enquadramento na lei vigente no país e salvaguarda os aspectos patrimoniais que alguns, justamente, levantam.
Finalmente: Juntemo-nos na criação de condições para MENTES SÂS EM CORPOS SÃOS!
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Por favor, se vamos tirar alguma coisa positiva desta discussao e preciso ler aquilo que vai sendo escrito. a legalizacao do casamento nao faz parte da agenda da Lambda, pelos comentarios se mostra que a sociedade nao esta preparada para essa discussao. a luta e por direitos humanos e contra a discriminacao. muito me espantam os "homofobicos" que se escondem no anonimato, de que se envergonham, da vossa orientacao sexual ou das vossas ideias retrogradas?
Igor, eu sou a favor da legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo, baseado no princípio de igualdade da nossa constituição.
A nossa constituição diz que trata o homem e a mulher da mesma maneira mas a jusante temos uma lei (da família) que diz que quando é para casar o indivíduo deve escolher o conjuge de maneira diferente. Quer dizer o Estado não discrimina mas o indivíduo deve discriminar!
E isso é uma contradição que tambem surgiu na África do Sul e eles lá recorreram ao tribunal constitucional que deu ao parlamento um ano para alterar a lei. Ou eles mudavam a lei e ficava em consonância com a constituição ou essa lei seria abolida e a África do Sul estaria numa situação em que nem os casamentos heteros nem homos estariam em condições de se oficializarem.
Obviamente que prevaleceu a ideia mais sensata e foi assim que a referida lei passou a tratar os casamentos homo e heteros da mesma maneira.
No meu caso, como tenho uma agenda individual e aí não preciso de medir as consequências, não me importo de dizer abertamente:
Eu apoio o casamento entre cidadãos moçambicanos adultos, com os mesmos direitos e deveres independentemente do sexo (biológico) dos conjuges.
Abraços coloridos
Guei
Guei, esta aqui uma opiniao fundamentada e que tras algo de novo ao debate.
A minha opiniao pessoal e que nao faz sentido correr para um cenario, como a legalizacao do casamento, se este nao vai ser aceite pela sociedade. ha um percurso por fazer em termos de mudanca de mentalidades, de luta contra o preconceito. a propria Africa do Sul continua com problemas graves de violencia contra Gays e Lesbicas.
Neste momento fazemos a festa quando for aceite o registo da Associacao.
Caro Igor,
Optei pelo anonimato, nos comentários a esta e todas as demais postagens deste blog, por uma razão simples: ESTAMOS A TROCAR IDEIAS! Não ligo a ideia a esta ou aquela pessoa.
Para mim, "assinares" os teus comentários com IGOR, MANHIÇA, MATEUS, MADALENA OU MACUÁCUA é a mesmíssima coisa!
Aliás, como bem sabes, não se deixa se ser anónimo por se adoptar um qualquer pseudómino, como acontece na grande maioria dos casos na Blogosfera.
Tratar-te por Caro Igor e tratares-me por Caro Anónimo, ou caro Paulino, Cossa, etc., em nada melhora a QUALIDADE do diálogo, das ideias.
No Bricolando, p.e., participo com nome e endereço reais! Entendo porém que, em certas ocasiões, os
nomes, hierarquizando as partes em diálogo, podem "CASTRAR" as ideias.
Dizes, cito: " a luta é por direitos humanos e contra a discriminacao".
> Creio que no capítulo dos direitos humanos fundamentais - direito à vida, educação, saúde, emprego, vida privada em geral, a sociedade não estigmatiza.
Em regra, a sociedade passa a DISCRIMINAR (não no sentido de REJEITAR, mas sim de IDENTIFICAR PARA MELHOR ENTENDER e poder agir de forma equilibrada) quando algum grupo social, entende manifestar-se de forma exuberante, provocatória, como tem acontecido com algumas comunidades gay: o chamado "ORGULHO GAY", que sinceramente, não entendo.
> Se, como bem referes em comentário anterior, está científicamente provado que o homossexualismo está relacionado com uma alteração genética que afecta 7 a 10% da população mundial, que é portadora à nascença, onde está o orgulho de se ser portador desta ou de qualquer outra alteração, sabendo que somos "escravos" dos seus efeitos?
> Devemos, naturalmente, aprofundar o conhecimento das diferenças e harmonizar comportamentos. Em regra, a melhor solução é diálogo, mesmo que prolongado, e não confronto!
> Finalmente, a questão do casamento tem sido uma das reinvindicações Gay em muitos países. E, nesta troca de ideias, foi mesmo levantada pelo GUEI, quando se referiu a questões patrimoniais.
Um abraço
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Caro Anónimo, antes de mais tenho de dar a mão à palmatória e reconhecer que tem toda a razão, o facto de assinar com Igor não me tira do anonimato, seja ou não esse o meu nome, e fui precipitado em tirar conclusões sobre os motivos que o levaram a optar pelo anonimato.
Não tenho formação em Direito e não me sinto qualificado para contra-argumentar de um ponto de vista jurídico, técnico. Mas posso dar o meu entendimento do que é a luta por direitos humanos e de que forma a comunidade LGBT é privada destes direitos.
Se conviver com a comunidade jovem gay, vai encontrar facilmente histórias, vivências que mostram casos reais de discriminação e consequente privação de direitos fundamentais.
Se um jovem deixa de ir à escola porque é abusado verbalmente, este é privado do direito à educação. Se um jovem não tem informação sobre como se proteger nas suas relações sexuais este está a ser privado do seu direito à saúde. Se um jovem deixa de ser atendido num centro de saúde porque se afirmou homossexual ele está a ser privado do seu direito a saúde. Se um jovem é preterido numa entrevista de emprego por ser homossexual ele está a ser privado do seu direito ao emprego. Se um jovem é expulso de casa pala família devido à sua Orientação Sexual este deixa de ter acesso á saúde, educação, a protecção social e a uma vida condigna, ou seja é privado de vários direitos.
Quando o Ministro da Saúde se recusa a incluir os Homossexuais como um grupo prioritário no combate à SIDA, indo contra as recomendações dos organismos internacionais, e argumentando que “isso” não existe em Moçambique, estamos a verificar uma clara violação de Direitos dos cidadãos LGBT.
Ou seja enquanto existir discriminação baseada na orientação sexual, os cidadãos LGBT serão privados dos seus Direitos Humanos.
Quanto à questão do ORGULHO GAY, acho que é fácil estabelecer um paralelo com a o movimento de luta contra a discriminação racial levada a cabo pela comunidade negra Americana. Estamos a falar de uma comunidade em geral frágil e descriminada e que usa a afirmação do orgulho para ganhar auto-estima.
Eu participei na parada Gay de Bruxelas no ano passado, e embora, a face mais mediática seja a exuberância a participação é massiva de de todo o tipo de pessoas. Marcou-me ver idosos, homens e mulheres dos seus 70 anos a virem ajudar a carregar a bandeira arco-iris com o orgulho e a felicidades estampados no rosto.
Claro que que podemos ou não gostar dos desfiles exuberantes, se calhar acabam por de alguma forma reforçar estereótipos, mas é um momento importante de afirmação, é um momento de libertação, para quem vive a discriminação, na pele no dia a dia.
Quando temos uma parada gay em São Paulo com mais de três milhões de participantes, um milhão de pessoas em Madrid, setecentas mil em Paris, meio milhão em Londres, quatrocentas mil pessoas em Berlin, duzentas mil em Roma, milhares em Toronto, Lisboa, Jerusalem, etc., quando vemos a Índia a despenalizar a homossexualidade, a generalidade dos países a debaterem sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Temos de olhar para o assunto com outros olhos, temos de assumir que o Homossexualidade não é um assunto tão marginal como se que fazer supor.´
Os números que lancei não são da minha cabeça, são números avançados pelos meios de informação.
Desde ontem, Domingo, que leio cuidadosamente os vossos comentários em torno deste assunto "gay" a ver se me convenço do que estão a dizer: mas, mesmo assim, NADA! E como tenho, às vezes, confesso, uma dureza mental, porque afinal sou um animal político pensante e sujeito à erro, só me conhenço com a bondade das opiniões que se colocarem. Aqui, neste debate, infelizmente, não foram levantados dados concretos sobre esta moda, nova, dos gay. Sim, moda, porque ainda ontem lembrei-me do cantor Elton John, que depois de se casar, ter filhos, etc, etc tornou-se gay e com eles os seus fãs. Que doença senil!!! Se um músico qualquer famoso disser em Moçambique que é gay com ele farão a turma dos gays uns milhares! Por amor de santo Deus, não se trata aqui de descriminação, mas de facto, ou seja, daquilo que as pessoas querem criar em torno deste assunto. Esta moda, como as outras que eu conheço e segui, mas algumas, respito-as, como disse anteriormente, que se faça uma ou mais associações, eventos, etc, mas o Estado nao deve, quanto a mim,legislar sobre ele.
Um abraço
Caro Igor,
Apreciei, desde o teu primeiro comentário, a forma correcta com colocas as questões.
Entendo a amálgama de sentimentos, de frustração, revolta, que se apodera de qualquer de nós perante situações que, em consciência, consideramos de grande intolerância ou injustiça.
MAS, creio que há uma só saída para a resolução do problema:
> Trabalharmos mais e mais para o desenvolvimento do Homem no seu todo: físico, moral, intelectual.
> No meu entender, de nada vale, por exemplo, realizar determinadas manifestações, se os destinatários não estiverem culturalmente receptivos aos argumentos de quem protesta.
Um abraço
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Viriato,
Estou contigo na aversão ao homossexualismo. São uma minoria social que tem que tentar a sua inclusão na maioria e não que a maioria se inclua nela.Quando puderes faz uma psquisa em Xq28 designação do gene que está na origem da propoensão para este comportamento, para melhor entenderes o fenómeno. É verdade que há uma grande percentagem de malta que alinha no movimento gay por moda. Muitos dos que alinham por moda são bissexuais. Petiscam num lado e noutro. Esta é outra classe que precisa de análise.
Abraço
Professor,
Sem duvidas que este tema foi o que mais argumentos e discussões acérrimas trouxe ao blog. Nem as mortes dos presidentes, os linchamentos, entre outros foram tão animados como este tema. Creio que deveria trazer mais temas desta natureza que a meu ver e pelo tipo de intervenções tanto apaixonam os intervenientes e animam o blog.
Um abraço a todos!
sem dúvida uma discussão importante, parabéns a lambda pelo trabalho que faz, e nao nos preocupemos com as vozes discordantes, Jesus Cristo morreu numa cruz, pela incompreensão de seus contemporaneos, e ele só falou de AMOR. de uma coisa eu tenho a certeza, essas vozes discordantes não são a maioria, somos um povo tolerante perante as diferencas,um povo do qual me orgulho de pertencer.
Dário Caetano de Sousa(advogado,estudante de direitos humanos na pontificia universidade católica de sao paulo, Brasil, membro da Lambda)
obrigado professor Serra por propiciar este debate no seu blog.
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