"(...) as rotas dos “chapa” para Nangade/Mueda, vice-versa, têm donos: de Namava à sede de Nangade, 74 quilómetros, pertence a um determinado general, algures a viver em Maputo e daqui para Mueda, 22 quilómetros, a um outro general. E a Polícia tem que admitir, para além de se tratar de viaturas sem licença, com condutores sem cartas, também essa arbitrariedade. Talvez por isso fosse criticada. Mas.... aonde, em Nangade?!"
Essa uma passagem de uma interessante e corajosa crónica do jornalista Pedro Nacuo publicada no "Notícias" de hoje, na qual ele fala das razões que levam pessoas a criticar a polícia em Cabo Delgado, começando logo pelo negócio furtivo da madeira. Como não quero tirar-vos o prazer, convido-vos a ler desde já a crónica aqui.
2 comentários:
Eis um jornalista que se calhar não precisou ler o Pão da Mentira do Horace Mcoy...
> Demonstração, mais uma, de que o Aparelho Administrativo do Estado é um "faz de conta" na maioria dos nossos distritos e localidades, sujeitando-se a população ás mais incríveis arbitrariedades.
> Os recursos humanos, materiais e financeiros do aparelho de Estado, estão concentrados em Maputo, que, provavelmente, gera mais de 70% do PIB nacional e nas capitais provínciais.
> É tempo de se olhar para o país real - se não quisermos ser cada vez mais um "arquipélago": ilhas de desenvolvimento,potenciais desertificadoras do meio rural
> FM
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