Segundo o "Notícias" de hoje: "Centenas de pessoas tomaram ontem de assalto o mercado “Senta Baixo”, o maior bazar informal, e outras zonas da cidade de Chókwè, província de Gaza, aparentemente sob pretexto do elevado custo de vida e também contra a nova tarifa do “chapa”, cuja aplicação, tal como em Maputo e Matola, está suspensa. Entre os danos causados pela agitação criada resultou um morto e casos isolados de tentativa de saque a estabelecimentos comerciais da pacata cidade de Chókwè. Entretanto, as autoridades locais classificaram a motivação para a greve como estando desfasada da realidade, pois, segundo disseram, apesar de o custo de vida no país ser reconhecidamente elevado, há muito que em Chókwè não se reporta agravamento de preços de produtos, tanto de primeira necessidade como do transporte de passageiros."
1.ª adenda às 7:34: dentro de algum tempo deixarei aqui alguns comentários sobre este trabalho do "Notícias".
2.ª adenda: "tumultos", "turbulência", "agitação", "motivação para a greve desfasada da realidade", "marginais" à testa da revolta. São termos, expressões e posições sobre algo que parece ser difícil compreender: a revolta. Uma revolta, revoltas que parecem apanhar de surpresa muitos de nós, movimentos acelerados da nossa história que não cabem nos nossos quadros cognitivos. Rapidamente, revolta e revoltosos são diabolizados e confinados a gavetas patológicas de horror e desordem. Prosseguirei este tema em "Externos, violentos e oportunistas".
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