13 novembro 2007

Duma: os mais ricos deste país são os governantes e as suas famílias

As afirmações seguintes não são de azagaia, do Bispo dos Libombos, do veterano da Frelimo, Jorge Rebelo, da base de dados da Pandora Box ou do Africa Intelligence, mas de Custódio Duma, jurista da Liga dos Direitos Humanos: "(...) os homens mais ricos deste país são os governantes e as suas famílias (...) Os empresários moçambicanos são os governantes e seus familiares. Eles é que são os donos dos grandes supermercados, das grandes empresas, eles é que controlam a economia nacional, em detrimento do povo. Eles é que fazem a legislação e ao mesmo tempo detêm o poder económico e político. Portanto, este país é deles, é país de alguns”.

59 comentários:

Anónimo disse...

Duma não mede esforços quando o assunto é defesa dos Direitos Humanos. Parece que uns têm direitos e outros somente deveres. É a política de exclusão social e repressão dos des-governantes.
Ivone

Anónimo disse...

Vosso assunto predilecto. Acusar, com todas as provas claro, os governantes de Mocambique de ricos. Uma pergunta, dos governantes que cessaram com o Presidente Chissano qual deles poderia ser descrito como rico?

Nao lhe parece Ivone, como dirigente politico da nova vaga, que ganharia mais se deixasse de fazer acusacoes generalistas. Facam-nos uma lista dos dirigentes ricos, incluindo a descricao da sua riqueza.

Ee evidente que o facto de alguem ter fundado 1 ou 1999 empresas nao faz dessa pessoa rica. Apontem os ricos, essa ee uma forma de avaliarmos a vossa honestidade ao levantarem este assunto com tanta frequencia.

Obed L. Khan

Anónimo disse...

Ivone, Poderia comparar a riqueza desses dirigentes com a do lider? Qual lider? Dlhakama!

Patricio Langa disse...

Obed.
Esse é um debate dificil. No minimo ao questionares a própria ideia, noção, de rico vão te considerar: defensor do status quo, do tudo está bem, de ser lambe botas, de nao querer ver a realidade, etc. Mas há muita falta de criatividade nessas acusações de feitiçaria que se fazem. Muita falta de vontade de pensar e ver além do que se quer ver. É a téoria do “só pode ser”!

Anónimo disse...

pessoal e o Rebelo nao sabe de nada ou anda a lamber botas? Muito engracados vcs merecem o guines.lol

Anónimo disse...

Sr Patrício está vendo que virou cardeal da ciência? Melhor mesmo você matar seus feitiços, viu?
Alexandre

Comentarista Abalizado disse...

Ora, como se parece com o Brasil!
Claro que não conheço a realidade de seu país, mas tenho a impressão de que a política é parecida em todos os cantos do mundo...

Se o sujeito não é rico quando entra na política, também é verdade que dificilmente sai pobre dela.

E cada vez mais vemos os empresários envolvidos ou tomando os rumos do Estado nas mãos... afinal, o que mais faltaria aos endinheirados, exceto o poder? Pois, aí a politicagem vem bem a calhar.

Seja você de qual partido, facção, tendência, acho importante que blogs denunciem as irregularidades e se esforcem para que seus países melhorem.

Aí e aqui é assim... temos que nos unir... senão pela "espada", pela "pena".

Abraço!

Anónimo disse...

El cinismo consiste en ver las cosas como realmente son, y no como se quiere que sean.
oscar wilde

Anónimo disse...

Alguem me pode explicar porque eki alguns ministros recem dinheiro das empresas publicas? Alguem me pode explicar porque alguns ministros tem filhos a estudar no exterior as custas de algumas empresas publicas?

Eu sei que isso nao tem nada a ver com o ser rico ou pobre!! Mas eh so uma duvida. Nao me perguntem quais os Ministros, porque se alguem realmente estiver interessado que solicite uma auditoria seria as maiores empresas publicas.

Abracito

Anónimo disse...

Mas quem disse que tem gente rica neste pais? Entao nao podemos ter empresas e ser pobres? E ser ministros e andar de chapa? Muitos enganados, tudo feiticaria.

Descartes

Anónimo disse...

eh pa o siba siba macuacua foi morto quando caiu pelas escadas da sociologia. Verdade verdadinha.

Anónimo disse...

Parabens pelos seus anos hoje, Professor. Prossiga a luta pela honestidade.Beijinho.

Lara

Carlos Serra disse...

Obrigado, Lara.

JCTivane disse...

Muitos e longos anos de vida. Tenho dito.

Carlos Serra disse...

Obrigado.

Patricio Langa disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Patricio Langa disse...

Como é que podemos chamar uma coisa que não sabemos o que é? Cada um dos que me acha “cardeal da ciência” – quanta honra-, aposto, têm uma ideia do que é ser rico para si. Provavelmente, os acusados do “pecado” de serem ricos também tenham. No entanto, nós prosseguimos debatendo “nomes”, prosseguimos com argumentos ad-hominem (ataques pessoais, não desqualificam a fonte) mesmo não sabendo de que estamos a falar. Avante!

Anónimo disse...

> A questão de fundo não é ser ou não ser rico: o País só evoluirá se formos capazes de criar mais e mais riqueza!
> Julgo que a maior parte de nós tem admiração por quem vive bem porque luta pela vida, aproveita oportunidades de negócio, teve a sorte de estar no sítio certo á hora certa, cria riqueza, dá emprego, paga impostos.
> Por outro lado, julgo haver um sentimento generalizado de hostilidade,contra o enriquecimento ilícito, sustentado na corrupção, no compadrio, no jogo das influências.
> É contra este tipo de enriquecimento, que na prática é feito à custa de um pouco de cada um de nós, que, julgo, grande parte de nós se insurge.
> Ora, se olharmos para o património (casas na cidade, no campo ou praias, viaturas de luxo, participações financeiras em empreendimentos diversos, etc, etc.) de uma significativa parte dos nossos governantes, ex-governantes, dirigentes partidários, concluiremos que, em muitos casos, estamos perante enriquecimento sem justa causa. Só um ingénuo fará leitura contrária.
> É contra este tipo de enriquecimento ilícito, sem justa causa, que grande parte de nós se indigna.
Florêncio

Anónimo disse...

Subscrevo o apelo ou encorajamento de Lara no sentido da honestidade. Anda fazendo muita falta. Mesmo do lado da Ciência.

Anónimo disse...

Rebelo é um dos pobres? Em relação a quem? Alguém já comparou os rendimentos de Rebelo( na Domus, como Major General e como reformado do Governo e do Parlamento) com as das pessoas que ele e muitos de vocês sempre visam?

Anónimo disse...

De quem e a empresa vendeu as Romeu e Julieta a PRM? E que vendeu computadores do recenseamento para o senco, aquele camiao que foi prendido na fronteira com motores de helicopteros dono? Empresario de sucesso? Mais algum rico devido a venda de patos? Existem ricos alguns que nao vem do governante, o titulo diz os mais!

Anónimo disse...

Que pena... muita pena mesmo.

Patrício este não é lugar para si vais enlamear o teu nome em chafurdisses de meia tigela. Isso se aplica a si OBED.

Este devia ser um blog de ciência. Virou o blog do escangalhamento da vida alheia:... FOFOQUICE.

Porque não debatemos os PERTENCES do "professor" Serra o apóstolo anti enriquecimento. Porque não comparamos o status de vida do "professor" Serra ao dos tantos bajuladores do professor e do meu tio Afonso D.(a Ivone pex) com a minha, com o da D. Luisa minha vizinha no bairro do Maxaquene etc... para termos uma noção de RIQUEZA. Manter o Bigode do "professor" não é para todos. Perguntem-no como consegue e depois vamos discutir ricos.

Manter um diário é mais do que FOFOCAR.

Professor visite alguns blogs de colegas seus (digo sociólogos) verá como se mantem um blog para uma pessoa da sua categoria. Visite os blogs de determinados profissionais que te visitam de vez em quando e verá o contributo que prestam a nação. No mínimo ao invés de amplificar disconfianças tenha uma acepção critica sobre o que reproduz aqui (se é que é capaz)

Martin

Anónimo disse...

O problema não é ser-se rico, mas sim da forma como se enriquece.
JC

Anónimo disse...

JC, talvez você ajude. Dos ministros que cessaram com o Presidente Chissano, qual deles poderia ser descrito como rico? Quais são as principais evidências dessa riqueza?

Obed L. Khan

Carlos Serra disse...

Perdoai-me só agora aqui entrar. Creiam que adoro todas as intervenções aqui feitas. Muito obrigado e abraço!

Anónimo disse...

Se o sr. Martin não gosta deste blog, porque toca nos seus, porquê o visita sempre?
Felizmente, queremos continuar em Mocambique com liberdade de expressão, meu caro senhor Martin. Mesmo que este blog viesse a morrer, continuariamos com tantos outros a denunciar os que enriquecem ilicitamente.
Explicacões como um indivíduo pode ter 1999 empresas sem ser rico, não nos convencem. Que dizem os economistas da teoria do Martin? São essas explicacões de riqueza por criacão de patos, ainda não se provou nada. Querem saber o que é ser rico em Mocambique, basta comparar esses governantes e ex-governantes com os pobres; basta vendo o que eles possuem sem dívida no banco ou com dívida fingida, etc. Sabemos que todos os roubos que os governantes praticam se fazem de não serem roubo.
Senhores, nós os vemos e os julgaremos... Quando mais nos quiserem censurar, mais firmes estaremos.
A saber, não somos oportunistas deste blogue, porque há muitos jornais e bloques em Mocambique que denunciam as riquezas ilícitas. Também há muitos lugares em que podemos falar disso. Vocês deviam é agradecer este espaco porque daqui voces sabem do que sabemos de vocês.

Forca, Prof. Serra!

Anónimo disse...

Obed, perante tantas referências de certo modo violentas em relação à riqueza, com o meu comentário apenas pretendi realçar que ser rico, sem que para tal se tenham atropelado de forma grosseira os direitos dos outros, deve ser motivo de valorização e não de destruição (o problema não está em ser-se rico; pode, em certos casos, estar na forma como se enriquece).
Pessoalmente, valorizo quem sabe aproveitar as oportunidades. Estas, na maior parte dos casos são como as águas de um rio: não passam duas vezes debaixo da mesma ponte.
Quanto a indicar alguém do Governo de Chissano que possa hoje ser apontado como rico, entendo que seria necessário, previamente, acordarmos definições: 1) Rico: aquele que tem um património líquido, somatório de activos materiais e financeiros superiores a ____ ??USD; 2) Muito rico .... idem superior a ___ ??USD.
Confesso que não tenho ideia dos valores razoáveis a atribuir a cada definição. Porém, sem parâmetros acabamos por fazer avaliações suportadas em grosseira sensibilidade e podemos até valorizar excessivamente os chamados sinais exteriores de riqueza, que nem sempre correspondem à realidade: nos tempos que correm, há muita gente aparentando o que não é.
JC

Anónimo disse...

Notam-se muitos nervos de Martin e Obed.

Anónimo disse...

sim, parece querem branquear factos tão evidentes.
Não é cego apenas quem não vê, também é cego quem teima em não querer ver ... escondendo, como o avestruz, a cabeça na areia.

Anónimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

Provavelmente seja por isso que os outro(FRELIMO) já se tenham lançado na corrida rumo a reconquista ou manutenção do poder. Um especialisma internacional uma vez em entrevista disse de passagem que se espantou com a passividade do povo moçambicano e com o facto de ser acritica a estas questões. Julgo quem em tempos atras o povo moçambicano, influenciado pelo regime em vigor, foi moldado de modo a ver, ouvir e calar. Hoje em dia quando nos aparece um azagaia, Cardoso, Siba-Siba, Duma e outros ficamos de "boca aberta" com o tamanho atrevimento destes indivíduos em contrariar a "ordem social" estabelecida pelos outros.

Anónimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

Estão todos a acusarem-se sem se quer terem um fundamento teórico plausível. Julgo que os conceitos em causa devem ser clarificados e adequados ao nosso contexto. O que é ser rico ou pobre em Moçambique! Martin, fazer ciência não é usar expressões e uma linguagem complexa e acessível a um determinado estrato social. Imagine se o Professor usa-se seus "truques" catedráticos para fazes estes debates. Lembre-se que tudo parte do senso comum e evolui a ciência. Lembre-se também que este foi considerado um dos melhores blogs do mundo de lingua portuguesa...por isso não vamos desqualifica-lo. É uma oficina de sociologia e qualquer porca ou parafuso tem utilidade. Ahaaa! Lembrem-se, os olhos vêm apenas aquilo que eles querem ver.

Anónimo disse...

Em Moçambique, “a corrupção é tão endémica que se tornou norma para os cidadãos e homens de negócios, os quais a toleram para conseguir que os assuntos sejam resolvidos e ter acesso aos serviços públicos básicos. Os funcionários do Estado de escalão inferior utilizam a corrupção como suplemento das suas magras receitas, enquanto que os funcionários de nível sénior recorrem à corrupção para aumentarem a sua riqueza e fortalecerem o poder político, enquanto que as elites económicas utilizam-na para consolidarem a sua posição e impedirem a concorrência.” (USAID, 2005:1)

Extraido em www.zambezia.co.mz/ Relatorio de Avaliacão da corrupcao (USAID)

Anónimo disse...

Nervoso! Porque faço perguntas? Porque vos forço a um exercício que não é da predilecção de muitos? Com efeito pensar dói, como costuma dizer Elísio Macamo. É mais fácil difundir rumores. É mais fácil fazer jus à nossa inveja, ao nosso azedume, ao nosso despeito e à nossa falta de auto-estima. Muitos de nós ficamos felizes quando o estrangeiro enriquece na nossa terra. Ficamos no entanto irritados quando é um moçambicano a faze-lo. A minha intuição diz-me que, pelos padròes de Moçambique, entre os comentadores deste blog há poucos pobres. Atrever-me-ia até a dizer que, pelos mesmos padrões, a grande maioria dos comentadores aproxima-se dos "podres de rico". Nervoso!? Até dá vontade de rir.

Obed L. Khan

Anónimo disse...

Obed, estamos contra a ladroagem. E aí nunca pensaste. Que deixa o estrangeiro a enriquecer é um outro ladrão de quem estamos a falar. Já ouviste da questão ded madeira em Nampula?

Salvador Langa disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Salvador Langa disse...

Mano Obede sabe memso essa história da auto-estima essa história não doi nada é como água.

Anónimo disse...

Há um anónimo (não gosto destes cobardes que não assinam o que escrevem e atribuem coisas aos outros) que me acusa de não gostar do blog (o que não é verdade: não gosto é da forma como certos assuntos são irresponsavelmente tratados aqui por uma pessoa que devia ter outra postura dada a sua ossatura intelectual. É possível que o Dr. Serra usando grande simplicidade abordar criticamente estes assuntos) e me pergunta porque venho sempre cá.

Respondo (apesar de gostar de lidar com interlocutores identificados como sempre faço nos meus posts):

Este Blog está largamente difundido (até no estrangeiro: esteve entre os 10 finalistas numa votação qualquer depois de uma campanha desenfreada do seu autor). É preciso que eu e outros apareçamos para vos pôr a pensar. Para não pensarem (até lá fora) que somos um país de preguiçosos mentais.

Para não pensarem que este é um país de BAJULADORES apenas. Graças a Deus não sou sociólogo nem aspirante. Sou um livre pensador que não precisa bajular o Dr. Serra. Tenho capacidade e liberdade para discordar das suas abordagens tal como discordo de muitos outros.

Detesto hipocrisia. Detesto a hipocrisia dos que sempre viveram bem e se recusam a ver outros chegarem aos seus níveis.

Fala-se aqui de moçambicanos que põem seus filhos a estudarem no estrangeiro. Perguntem ao Dr. Serra se o seu filho Jr. estudou em Moçambique. Porque? Deonde veio o dinheiro para o TETENSE Serra ter o seu filho na tuga? Da "miséria" em que ele vive? Porque levantar debates condenatórios de actos que ele próprio já praticou?

O moçambicano está condenado a pobreza? Se isso é nervosismo então estou. Se condenamos aqueles pela sua riqueza, o Dr. Serra devia ter "vergonha" de cortar cabelo onde corta quando eu e MUITOS cortamos no barbeiro da esquina sentados em caixas de cerveja não porque queremos; porque não temos capacidade para cortar onde ele corta. ELE e todos vós DIVIDAM connosco. NÓS SIM POBRES (POR ENQUANTO PORQUE TRABALHAMOS PARA CHEGAR ONDE OUTROS ESTÃO).

MARTIN

Carlos Serra disse...

Ó Martin, a sua gentil alma fica aqui exposta, por inteiro. Mas tenha cuidado com a tensão arterial. Abraço.

Anónimo disse...

Bravo Martin pela informação! Afinal Carlos Serra pôs o filho a estudar em Portugal? E é pobre? E Condena a riqueza dos moçambicanos?

Ou este facto revela à plenitude que há alguns que gostariam de ser eles sózinhos a colocar os filhos a estudar fora do país?

Moçambicanos, quando e se puderem ponham os filhos a estudarem fora. Assim procedem os americanos, mandando os filhos se valorizar na Europa. Assim procedem os europeus, mandando os filhos se valorizarem na América. Assim procedeu Carlos Serra em relação ao seu próprio filho.

A sorte é que nós já percebemos. Querem é enriquecer sozinhos! Deixem os moçambicanos e, mais especificamente, os negros enriquecerem também.

Gabriel Matsinhe

Anónimo disse...

Por acaso vc sr gabriel é sócio do sr leonardo simão?
Celso Matsinhe

JCTivane disse...

Há muito que não vinha aqui. Enriquecer é comigo, sobre isso não discuto. Mas tenho uma dúvida, gostava de saber se este nome Martin é sul-africano. Tenho dito.

Anónimo disse...

O que me intriga neste blog é a capacidade de muitos (que até julgo terem alguma formação) de amplificarem o diz se diz se.

Na lógica dos Wetelas, dos abalizados comentaristas, dos Descartes e Alexandres que vêm para aqui, o "professor" Serra faz parte da "Clique" dos que devem ser demonizados.

Tal como os outros ninguém sabe como o "professor" Serra conseguiu o que tem a ponto de viver onde vive e, tal como os ricos moçambicanos, ter educado o seu filho na tuga.

Bolas caramba, então ele pode e o Felício Zacarias (é só um exemplo) não pode porque? Os "cientistas" deste blog incluindo o "professor" Serra legitimam isto para este e não para os outros porque?

O que muitos não sabem aqui, é que os ataques que são propalados por esta via são mais amplos do que a classe de ex governantes. Cobrem qualquer compatriota que vença a miséria e consiga sair do pântano de Mikadjuine (com todo o respeito pelos que lá vivem) para passar a viver no Bairro Central, Coop, Polana etc onde vive o "professor" Serra e todos os arautos do anti riquismo.

O que muitos não percebem é a minha recusa de me AMEDRONTAR perante a possibilidade de com meu esforço, dar um salto para uma vida melhor. É que, a acontecer tal esforço, como ninguém me liga a mínima neste momento, quando for visto na Sommerchield 2, a conduzir um carapau melhor do que o actual serei, DE IMEDIATO, atacado por esta corja que quer me ver ETERNAMENTE NO BAIRRO DE MAXAQUENE.

O que muitos não sabem e nem querem perceber é de onde vem o ódio de estimação que ALGUNS opinion makers, através de blogs ou colunas de jornais, nutrem por todo aquele que parece prosperar.

O que muitos não sabem é que este CATALOGAR todo e qualquer um que prospera não é de hoje. Vem há muito tempo. Tal e qual as nossas vozes contra esta prática.

O que muitos não sabem é que MUITOS se não todos os ARAUTOS do ANTI RIQUISMO não vivem na desgraça. Vivem tão bem ou melhor do que os que demonizam.

Vamos recuar aos primeiros anos da independência para encontrar o fundamento de tudo isto. Na altura em que ESSES detinham o que faltavam a muitos moçambicanos de raça negra por razões óbvias: ESCOLA.

Ocuparam altos cargos, estavam próximos do poder e beneficiavam das suas benesses. Samora vangloriava-se com o facto que usava como bandeira para demonstrar a MULTIRACIALIDADE DE MOÇAMBIQUE.

O tempo passou e esses perderam os privilégios porque no entanto fomos nos formando. ARREGIMENTARAM-SE em ONG´s e na imprensa de onde lançam estes vilipêndios contra TUDO O QUE SE MEXE RUMO À PROSPERIDADE.

Está ai o início de tudo. Achincalhamos Chissano porque mandou seus filhos estudar nos EUA: onde estudou o filho do "professor" Serra? Achincalhamos os mercedes dos ricos moçambicanos: quando formávamos bicha para apanhar Machimbombo o "professor" Serra estava lá connosco? Come on.

Isto não é para negar que haja corrupção em Moçambique. Nem um pouco para negar que haja quem enriqueça ou tenha enriquecido ilicitamente. Isto é para negar o senso comum superficialíssimo que caracteriza as abordagens aqui.

Se não sabemos como as pessoas acumularam a sua aparente riqueza então não lancemos vitipendios. Ou se lançamos lancemos para todos e a partir de hoje incluindo o próprio o "professor" Serra.

Caro "professor" Serra não se preocupe com minha tensão arterial. Está controlada.

Martin,

PS: tomara que as minhas intervenções aqui não contribuam para que ALGUEM conclua MAIS UMA VEZ que há um complot de uma maioria contra uma minoria como já se fez num estudo sociológico há anos atrás.

Anónimo disse...

Martin de Sousa Mondlane é jovem, moçambicano, 27 anos, natural de Macia em Gaza. Mas não é a origem que importa: são as ideias.

Mesmo que fosse chinês não deixaria de me insurgir contra a preguiça mental em recusar pensar e criticar com responsabilidade.

Martin

JCTivane disse...

Nkosi Martin, o seu nome vem dos tempos búlgaros do comunismo na nossa terra? Tenho dito.

Salvador Langa disse...

Xi manos aqui cheira ataque pessoal e agora também cheira a raças sim senhor muitos destes nomes não existem pessoa fica atrás de máscara.

Anónimo disse...

Afinal quem são os pobres de pensamento em discussão?

Concretamentamente, alguém pôs em causa em Eduardo Mondlane, Marcelino dos Santos, Miguel Murrupa, Máximo Dias, e uns todos insignificantes por terem estudado fora?

Anónimo disse...

Desculpem-me, até valeu, quão ingénuos são os martins, os obeds, os langas, os MIÚDOS, que nem querem ler algo recente que tenha se publicado quando já tinham pelo menos 20 anos. Até acham-se de direito de chamarem nomes ao Jorge Rebelo, chamarão nomes ao Rafael Maguni.

Se da juventude é o que em vocês temos, estamos malissimos.

Anónimo disse...

Uma "salada russa" virou este debate. O Martin, o Matsinhe e companhia parece terem se desviado do tema em discussão.

Penso que o Florêncio deixou claro o que se pretende discutir aqui.

Anónimo disse...

Afinal, Martin é também racista ou quer dizer que ao que defende se tornou racista?

Anónimo disse...

Respondam uma coisa: Porque o Professor Serra pode viver bem e os outros nao?

Quando perguntamos como ee que o Professor Serra conseguiu educar o~seu filho em Portugal, chama a isso ataque pessoal?

O que ee que voces chamam ao acto de estigmatizar todos os dirigente do paiis, CHAMANDO-OS DE LADROES, SOO PORQUE FIZERAM O MESMO QUE SERRA FAZ?

OU ALGUNS PODEM E OUTROS NAO? qUAL EE O CRITERIO? A RACA?

GABRIEL MATSINHE

Anónimo disse...

Matsinhe está desviar do assunto e parece quer atribuir o racismo ao outro.

Você pode dizer em que comentário alguém e o Prof Serra disse que era proíbido ser-se rico? Em que comentário alguém disse que era-se proíbido estudar onde quer que seja?

Mas quer você que não consideremos a atitude do Alcido Mguenha como corrupcão/roubo e ilegalidade inaceitável, só porque há outros mocambicanos que estuda na África do Sul, EUA?

Você quer que ninguém fale do enriquecimento proveniente dos nossos bancos, porque ricos não são só os que lá roubaram?

Você quer nos induzir que se um rouba uma bicicleta não tem que ser chamado por ladrão por quem tem carro?

E vocês dizem que pensam desta maneira?

Anónimo disse...

 Estive uns tempos fora de Maputo, no país real, longe a Net … e eis que regresso e dou com tão acalorado debate de ideias, aparentando, em alguns casos, ressentimentos à mistura, provavelmente consequência de processos ainda mal digeridos: “zangam-se as comadres, dizem-se as verdades”, melhor dizendo, diz-se o que ainda intoxica alguns de nós – quebra-se o verniz… e, no extremo, raia-se o fundamentalismo!
 Permitam-me uma “provocação construtiva”: quer queiramos quer não, todos nós que temos o privilégio de periodicamente navegarmos pelo universo da Net e dialogarmos frente a este pequeno monitor – somos uns PRIVILEGIADOS, todos! Fazemos parte duma elite que representa menos de 10% da população Moçambicana.
 E somos privilegiados com diferentes origens:
(i) os de pele mais clara e cabelos menos crespos, em regra, herdaram de família algum potencial bem estar – de que não podem ser acusados; ninguém pode ser condenado por ter nascido num berço mais ou menos dourado! O importante é saber se - com convicção, verdade – aderiram ou não ao processo de construção duma Nação mais rica e justa para todos. Ainda me recordo quando nos primeiros anos da nossa Independência víamos alguns brancos muito “engajados” (terminologia da altura), dizer-se depreciativamente: “aquele quer ser mais Frelimista que a Frelimo”. Na maior parte dos casos, apenas davam nas vista por serem diferentes: é um dos problema das minorias (de raça, de detenção do poder, de riqueza, etc), estão sempre mais expostas (para o bem e para o mal).
(ii) os de pele mais escura e cabelos mais crespos, genuínos para alguns, filhos de quadros e dirigentes da Frelimo, de Governantes, de empresários, de profissionais liberais ou quadros técnicos – que, felizmente, entretanto, foram surgindo – obviamente que herdaram também fortes potenciais de bem estar: tiveram acesso aos diferentes níveis de ensino, souberam aproveitar as oportunidades que na vida se lhes depararam. No meu entender, todos nos devemos considerar felizes por termos esta burguesia.
(iii) entre os que não tiveram Pais próximos do Poder ou não se encaixam em (i) e (ii) – a grande maioria do nosso Povo – há os que souberam aproveitar as oportunidades que o Estado foi dando para estudarem e subiram a pulso. Nesta faixa encontramos verdadeiros heróis. Pena é que não haja mais privilegiados neste nível. Temos todos responsabilidades para fazer crescer este nível.
 Meus caros,
para grande parte dos que não têm o privilégio de aceder e compreender a importância desta forma de comunicar (mais de 90% ) – nós, os PRIVILEGIADOS – das classes (i), (ii) ou (iii) somos uns exóticos que passamos horas a fio a “masturbar-nos mentalmente”, na ociosidade, em vez de criarmos riqueza.
 Todos sabemos que não é assim, que estão errados: e podemos prová-lo – se formos capazes de concentrar nossos debates no essencial – expurgando o que ainda restar em nós de ressentimentos, de processos mal digeridos: o futuro é para a frente!
Um abraço,
Florêncio

Reflectindo disse...

Obrigado Florêncio, espero que haja quem lhe entenda ou mesmo eu se lhe entendo bem. Estou tentando escrever sobre o que reflicto nesta discussão e penso ter obtido seu apoio com a sua descricão sobre os participantes nesta discussão.

Tenho uma pergunta que até já devia ter lancado. Quem entre os três (I, II, III) pode ser o verdadeiro capital nacional?

Anónimo disse...

Caro Reflectindo,
 Numa perspectiva meramente JURÍDICA - e porque somos um Estado de Direito – diria que “verdadeiro capital nacional” é tudo o que é pertença de cidadãos nacionais, logo dos grupos I, II e III.
 Mas sei que esta resposta – politicamente correcta – não satisfaz o que está implícito na sua pergunta.
 Assim, falando frontalmente, sem rodeios, diria que: No grupo I e muito parcialmente no II encontramos os juridicamente nacionais, mas culturalmente “mais ou menos estrangeiros; ou mais ou menos assimilados, admiradores, cultivadores de alguma cultura africana”. Entendo que nestes meandros pesa muito a herança genética – muitas vezes mais do que o local onde por um ou outro acaso se viu a luz do dia pela primeira vez.
 A globalização, que traz até nós cidadãos de outros Continentes, que aqui vivem por períodos mais ou menos prolongados e se reproduzem, não faz dos filhos de um casal de indianos, de chineses ou de europeus, Africanos em termos culturais, embora Constitucionalmente tenham direito à nacionalidade do país onde nascerem.
 A grande maioria dos grupos II e III é constituída por cidadãos nacionais de origem negra e cultura Africana. Julgo que é aqui que Reflectindo enquadra o que chama “verdadeiro capital nacional.”
 Em síntese, tema interessante mas delicado e de certo modo incómodo, pois há ainda muita demagogia nestas abordagens.
Florêncio

Reflectindo disse...

Muito obrigado, Florêncio. Entretanto, eu não estava a pensar dessa maneira a que concluiu.
A ideia de discutir sobre isto, veio-me nessa de filhos formados fora do país no apontamento do Gabriel Matsinhe. Passei a pensar dos que vão estudar, sabendo claramente que é à custa de outros, por exemplo, irmão de Alcido Mguenha nos EUA e sua filha na África do Sul, se são quadros a contar a bem da nacão mocambicana.

Penso que nisto pode não ter nada a ver com a cor da pele, mas da maneira como a pessoa é educada ou pelo que cada um viu na vida. Estou tentando aclarar isto no meu blogue porque mais me choca quando alguns comentários me parecem dizer que se rouba para se ser como outros.

Anónimo disse...

Saudações a todos.

Tenho visitado este blog e pude colher bastantes pontos de vista em volta de vários temas aqui abordados.

Felicitações ao Prof. Serra por ter conseguido abrir um espaço em que são expostas diferentes formas de ver o mundo e as coisas.

Considero-me um Cientista Social (ainda em formação) e como tal gostaria de tecer algumas objecrvações relativamente à forma de encarrar os vários temas e ideias aqui expostas.

Uma das primeiras coisas que aprendemos na "arte" de analisar comportamentos e pensamentos Humanos é que a análise a ser feita deve reacair sobre as ideias, argumentos, acções, atc. e não sobre a pessoa em si, sob o risco de entrarmos em discussões que tenham a finalidade última de defendermos a nossa auto-estima e auto-afirmação, consequentemente afastarmo-nos do objectivo fundamental que é buscar conhecer a realidade tal como ela se apresenta.

Pude perceber que as discussões sobre O ENRIQUECIMENTO ILICITO acabaram centrando-se na pessoa do Prof Serra, e daqueles que opinavam sobre o tema. O ENRIQUECIMENTO ILICITO onde é que ficou?

Concluindo: Se pretendemos fazer análises sérias, claras e livres de paixões NÃO DISCUTAMOS PESSOASs (nenhum de nós tem competências para tal) mas sim Ideias e argumentos.

Tenho Dito e Muito Obrigado

Anónimo disse...

Personalizou-se o debate? Creio que e tambem desonesto fazer acusacoes generalistas. Acusacoes que funcionam como instrumento de estigmatizacao dos outros. Acusacoes generalistas que contribuem para difundir a ideia de que ser dirigente e ser ladrao. Acusacoes que contribuem para difundir a ideia de que a elite negra que foi propiciada pela independencia e constituida por corruptos e desonestos. E o Professor Serra tem sido inacansavel na sedimentacao desta ideia.

O que Matsinhe, Martin e eu proprio tentamos foi tentar demonstrar que se e normal um docente enviar seu filho estudar fora, porque seria anormal que um dirigente o fizesse?

Note-se que o debate sobre corrupcao e desonestidade gira sempre a volta de sinais exteriores de riqueza dificeis de explicar. Ora, sera facil explicar como um docente pode mandar um filho estudar na Europa?

Eu pessoalmente admito que cada um de nos pode ter oportunidades perfeitamente honestas para melhorar a vida dos seus. Deve ter sido o que aconteceu com o nosso Professor. Todavia, se podemos dar o beneficio de duvida ao Professor Serra, porque deveriamos recusar esse favor aos dirigentes e a emergente burguesia e elite negras?

Obed L. Khan