Tem havido algumas tentativas curiosas para entender o 5 de Fevereiro na cidade de Maputo. Por exemplo, o presidente do PIMO, Yá-Qub Sibindy, afirmou que foi a Frelimo que organizou as manifestações, devendo estas ter à retaguarda a mão dos serviços secretos no sentido de "travar a arrogância das instituições de Bretton Woods que têm vindo a fazer imposições insuportáveis ao Governo de Moçambique no prosseguimento da sua política económica". Agora, Mubêdjo Wilson tem para si que esse dia pode ter tido os chapeiros (seu termo) como responsáveis: "Nós aqui arriscamos em dizer por detrás de tudo podiam estar os próprios “chapeiros”, provavelmente os causadores das violentas manifestações registadas com muita tristeza. Quanto a nós, há dois motivos que nos levam a pensar que sejam os “chapeiros”; de um lado é o facto de, agindo como cidadãos, estariam a querer evitar mais uma causa e carestia de vida, o que, do ponto de vista geral teria a sua lógica. Preferimos deter-nos em relação ao secundo motivo, ou seja, que os “chapeiros” terão vindo publicamente demonstrar aquilo que eles são no exercício da sua actividade, bastando para isso olhar o grande de violência havido naquele dia." (foto do "Notícias, edição de hoje)
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
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