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Aconteceu ontem na Escola Secundária de Laulane: a governadora de Maputo, Rosa da Silva, esteve lá para pedir aos alunos que não se deixassem instrumentalizar nas manifestações populares. Mas no fim da sua intervenção, uma aluna falou demoradamente para a STV (programa "Jornal da tarde", 12:50) e disse que não concordava com a governadora, que não havia instrumentalização, que era preciso protestar, que quem calava consentia. O jornalista da STV disse, depois, que esse era um sentimento generalizado entre os alunos.
Nota: foto de Samo Gudo, dia 5 de Fevereiro, algures na Gare de Mercadorias, periferia da cidade de Maputo.
Comentário: a governadora Rosa corre o sério risco de ver a sua cruzada anti-instrumentalizadora descambar em fiasco. As crianças são bem pouco instrumentalizadas na cadeia de passarem a palavra umas às outras nos bairros periféricos. E não são poucas as que têm celular. E os adultos estão atentos. Porque é sempre um problema tentar dizer aos outros - mesmo se crianças - que não existem salvo sob procuração da mão externa. Hei-de regressar neste diário à sistemática desqualificação que se pretende politicamente operar sobre quem se revolta.
1 comentário:
Ao que o tacho obriga.
Até se perde o senso do ridiculo.
É que eu não acredito que a Sra Governadora não se aperceba que está fazendo um papel a todos os ângulos ridículo e inoportuno e deselegante.
O que quer ela dizer? (ela entre aspas, porque não é difícil saber que quer ela , quer o Comiche e todos os outros que andam pelos bairros não o fazem por iniciativa própria. Não é difícil advinhar...).
Quer dizer aos Jovens (nem são tão crianças assim...) para não ligarem as ordens dos pais? Que os pais estão errados?
Que papelaço...
Pareçe que a Frelimo está cada vez mais barralhada...de tão ocupados andam em encher os bolsos que perderam o NORTE...
Mas não é assim que o vão encontrar...calma exige-se!!!!
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