O antropólogo moçambicano Fernando Florêncio coordena na Universidade de Coimbra uma pesquisa feita em quatro países africanos: "O Estado nos países africanos tende a perder protagonismo, porque não consegue corresponder aos anseios dos cidadãos, e é substituído por outros actores nas comunidades rurais, pela igreja, ONG, autoridades locais ou mesmo organizações sócio-profissionais." Confira aqui. Obrigado ao Agry pelo envio da referência.
Adenda: veja no blogue do antropólogo Paulo Granjo a referência à importante obra de Florêncio com o título "Ao Encontro dos Mambos - Autoridades tradicionais vaNdau e Estado em Moçambique".
6 comentários:
O que é perfeitamente natural.
O Estado ausente, que não se faz sentir, é uma quimera para o Povo ignorado, inexistente.
Em Estados recentes, frágeis, as fidelidades são facilmente disputadas por quem está presente no quotidiano das populações.
Amor, com amor se paga.
Falido com a bençäo Suiça, de Lenchstein e outros cofres de dinheiro roubado. Sugerir uma guerra ao terrorrismo financeiro e seus protectores, incluindo aqueles que aumentam o custo do petróleo como imposto mundial para sustentar guerras no mundo, aiaiaia
O dado não é novo, mesmo nada, mas vale sempre a pena redescobri-lo.
Só uma correcção:
Embora o Fernando Florêncio merecesse o título de Moçambicano Honorário, pelas óptimas pesquisas que aqui desenvolveu e pelo seu carinho pelo país, é português. E, embora seja professor da Universidade de Coimbra, o estudo a que se refere o post é feito no Centro de Estudos Africanos do ISCTE, Lisboa.
Aproveito para lembrar o seu livro "Ao Encontro dos Mambos - Autoridades tradicionais vaNdau e Estado em Moçambique", que considero excelente e por isso aconselho.
Enquanto as livrarias não se decidem a importá-lo, porei no meu blog um link para o seu índice e introdução, pois não sei como fazer isso nas caixas de comentários.
Obrigado pela correcção, Paulo. Quando puder, mostrar-lhe como abrir os links directamente nas postagens.
Professor
P.F., poderia corrigir no texto a nacionalidade do Fernando Florêncio.
Obrigado, e obrigado também ao Paulo Granjo.
2 Abraços.
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