Do jornalista Jeremias Langa e a propósito do 5 de Fevereiro, amplamente documentado neste diário: "Exceptuando vários laivos aqui e acolá, sobretudo contra alvos inocentes, normais nestas situações, mas nem com isso aceitáveis de maneira nenhuma, o certo é que o que aconteceu na última terça-feira foi muito mais do que um desprezível movimento de vandalismo protagonizado por crianças e adolescentes, como lhe quiseram fazer passar algumas pessoas, sobretudo entre a classe política. A manifestação de terça-feira foi um exercício espontâneo de insatisfação e de protesto popular, cujo cordão de solidariedade foi crescendo como um íman, contra um Estado que se vai mantendo distante e alheio às preocupações populares; contra um Estado que se escuda em indicadores macroeconómicos com pouca repercussão social; e, sobretudo, contra um Estado protector da impunidade e da acumulação fácil de riqueza, em detrimento da maioria."
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
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