29 fevereiro 2008

O feiticeiro precisa de ajuda interna


Numa entrevista para o programa "Economia e desenvolvimento" da Rádio Moçambique e hoje reproduzida pelo semanário "O País", o economista Castel-Branco analisou os 20 anos do Programa de reabilitação Económica no país. Em relação às imposições financeiras internacionais e ao nosso modelo de crescimento económico, Castel-Branco citou Samora Machel e afirmou que "o feiticeiro não entra numa casa sem alguém abrir a porta ou janela". Impuseram-nos coisas, sim, é verdade - argumentou -, mas também é verdade que "algumas dessas imposições estavam de acordo com os interesses de grupos específicos dentro de Moçambique" (p. 8).
A propósito, leia ou recorde este meu trabalho aqui.

1 comentário:

Anónimo disse...

> Castel-Branco é um investigador, um intelectual honesto. Oxalá que o seu IESE não venha a ser condicionado pelas influências das fontes de financiamento.Estou convicto que não, mas poderão condicionar a dimensão do trabalho independente que tanto importa fazer, divulgar, debater.

> " A história ensina que muito raramente as visões do futuro ficam próximas da realidade: sociedade e tecnologia são quase sempre imprevisiveis."

> O que Samora sonhava em 1974, não foi capaz de concretizar durante os onze anos como PR e Chefe de Governo... chefe de tudo. Não importa os "ses"... os imponderaveis fazem parte do caminho, não podem ignorar-se, muito menos menosprezar-se.

> Para além dos resultados económicos duma desasatrosa e utópica opcção socialista, Samora violentou as religiões, fez do Partido religião obrigatória...com influência nos valores morais que hoje dizemos terem-se perdido ... mas bem perpetuados nos "bispos" na velha guarda do partido: "façam o que eu digo e não o que eu faço".

> É tempo de deixarmos de eudeusar Samora, e de avaliarmos o seu percurso, desempenho, no Moçambique independente - de 1974/1986 - pelos resultados e não apenas pelas intensões, pelos chavões... cultura que se perpetuou no Partido.

> Como disse um dia Churchil "Não basta dizer que estamos a fazer o possível. É preciso fazer o que é necessário".

Um abraço
FM