Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
18 comentários:
Na análise de Gabriel Simbine os casos de Moçambique, Africa do Sul, Botswana, Namíbia, Tanzania, Malawi pós Banda, Zambia, Argélia, Quenia, Gana, Cabo Verde, S. Tomé e Príncepe, Guiné Bissau (apesar de tudo), Libéria pós Taylor, Benin, não contam.
Os processos de pacificação e de regularização nacional em curso em países como Congo Kinshasa, Congo Brazaville, Angola (Simbine queria, de certeza, que em plena guerra, Angola realizasse eleições presidenciais!!!), Uganda, Ruanda, Burundi, Eritreia, Somália e outros não conta.
Pega numa meia dúzia de exemplos, que hoje são periféricos, diz-nos que eles caracterizam a África inteira. Não me parece justa a análise.
No fundo, África até está a cortar etapas se a compararmos com a Europa. Na Europa, a democracia ocorreu após a consolidação das nações e do capitalismo. A Europa só é democrática há meros 100 anos. Muitos de nós quando pensamos na Europa julgamos que ela se desenvolveu por causa da democracia. Pensamos que da "democracia" grega até à democracia neo-liberal não houve hiatos. É falso! primeiro desenvolveu o conceito de nação, desenvolveu as suas instituições económicas, a burguesia consolidou o poder, educou a nação, desenvolveu o sentido de cidadania e, depois se democratizou. Europa teve os seus Mobutus, os seu José Eduardo dos Santos, os seus Mugabes. E, historicamente, eles foram necessários. Refiro-me apenas aos exemplos de Luis IV, de Oliver Cromwel, dos Ksars da Rússia, dos Francos, de Salazar, de Stalin, de ...
Africa está a democratizar-se sem ter ainda cidadãos, no verdadeiro sentido do termo. E isso é OBRA! É quase MILAGRE.
Está na moda falar mal de África, mas já começa a cansar, sobretudo quando pessoas como Gabriel Simbine não fazem a necessária contextualização histórica.
Who is Gabriel Simbine.
Não tenho por norma responder a anónimos, mas abro uma excepção para o segundo de vós: Gabriel Simbine é irmão de Graça Machel, antigo director nacional de Cultura do Ministério da Educação, reformado. E já agora, para ambos: podem explicar o vosso anonimato?
Professor, tenho comentado no anonimato para proteger minhas ideias do efeito NOME SONANTE. Quero que se discutam minhas ideias e nao o meu bigode, que por acaso eh feio. E so o mantenho por motivos religiosos.
O humor sem duvida que cura as ulceras gástricas. Mas brevemente deverei tomar uma decisão sonante sobre o anonimato, sem quaisquer consideracoes religiosas.
Plenamente de acordo com o professor. Há que analisar esta questão de anonimato. Não posso deixar de sublinhar este aspecto muito sério de estarmos aqui a tratar de assuntos que podem linear vidas e fazer escolas a muitos. Mesmo para dizer um simples obrigado, usam o anonimato!!! É preocupante. É preciso ser frontar, vingar e fazer combates a quem quer que seja e com justa causa, sem medo de ninguém e de nada, desde que "o soco pare na cara do adversário." Palavras de José Sócrates.
Indo propriamente ao comentário da questão. Concordo e até concordo, vejam só, com o comentário do primeiro anónimo. Para além da Europa ter os seus ditadores (camuflados em democracias) e não só, os seus reinados, os seus castelos, etc não deixam de preocupantes aos olhos de um crítico. Há quanto tempo a Rainha da Inglaterra Isabel II está no trono? Até o seu filho que se desepera, não vê o pior aconetecer para ele de seguida tomar o poder! Como é que se explica isto? Os Reis da Bélgica, Espanha há quanto tempo estão no trono? Quantos euros gastam para o seus países? E quantos belgas e espanhóis dormem a fome e sem emprego? E não dizer que tem um papel simbólico nos seus países, pois há gente a sofrer quando também gostariam de estar no trono, ou NÃO?
Um abraço
Alo Dr Serra .Nos ultimos dias tem se falado bastante de um grupo de Mocambicanos que emigrou para RSA regrutados para participar num ataque a residencia do primeiro Ministro do lesotho .gostaria de trazer o site com algumas precisoes em volta do mesmo caso
http://www.iol.co.za/index.php?from=rss_South%20Africa&set_id=1&click_id=13&art_id=nw20090803120734778C560745
Caro anônimo "Sonante".
Penso que a tua desculpa é frágil. Acredito que não estejamos ainda vivendo os momentos da polícia secreta aqui,pois não? Como discutir as ideias de quem não conhecemos? Ao final de contas, toda fala de um debatedor, sob ponto de vista científico, é válida desde que o interveniente explicite o lugar a partir do qual se expressa. O nome sontante, pelo sim e pelo não, reflete as posições polític-ideológicas do grupo social, econômico e político a que pertence. As tuas ideias não são neutras, como se elas tenham sido geradas por conta própria e caminham soltas, tal foi a crítica de Marx ao idealismo de Hegel.
Abraços
Ciprix
Lamentavelmente o "iol" apenas fala explicitamene num Moçambicano. Estou a estudar o tema. Obrigado.
Caro Professor Serra.
Espero que o CIUEM resolva o problema da net rapidamente
Parabens ao Sr. Gabriel Simbine pela coragem de abordar os assuntos
Penso que a caracterização do Gabriel Simbine é actual e realistica para países do Terceiro Mundo quanto aos seus “eternos” dirigentes políticos. Mas penso que ao fazer menção dos líderes que permaneceram no poder por muito tempo (sem eleições) se esqueceu de olhar para o nosso próprio país (Moçambique) e alguns países da região como Suazilândia, apenas se refere a Banda e Mobutu. Realmente a sucessão em Africa, como ilustrou em Omar Bongo, por via paternalista também é feita por via partidarista (passagem de testemunho) estafeta. O que me preocupou foi o tempo no poder que atribuiu a José Eduardo dos Santos (Zedu) e afirma que desde 1992! (Sic) que esta no poder! Tenho ainda duvidas. Conheço o Gabriel Simbine pelos escritos e suas intervenções nos jornais, televisão, etç. Sabia que Gabriel Simbine é irmão de Graça Machel, mas não sabia que o mesmo foi antigo director nacional de Cultura do Ministério da Educação (será no tempo que a Graça Machel foi Ministra da Educação?). Pessoalmente interessa-me os posicionamentos das pessoas para ajudar a fazer uma análise sócio-histórica e sociólogica dos indivíduos. Leio e aprecio grande parte dos artigos do senhor Gabriel Simbine, sobretudo no jornal notícias.
Um abraço
ainda sobre o anonimato, encontrei na bricolando retrato??????? do sr viriato dias N sera esta outra forma de anonimato?
Professor,
Por razões que já expressei noutra postagem (sobre a ponte) estou, PLENAMENTE, em consonancia com o 1º anónimo:
> um comentário de quem, com honestidade intelectual, pesquisou, analisou/reflectiu, argumentou/opinou, despido de demagogias e com, dignidade, "amor próprio":
RECUSANDO o certificado de imbecilidade que teimamos passar a nós próprios, africanos (está sempre tudo mal; nada se aproveita)!
> Sobre a reflexão que está a fazer sobre os prós e os contras dos anonimato, PERMITA-ME sugerir-lhe a leitura do site seguinte, da Electronic Frontier Foudation.
http://www.eff.org/issues/anonymity
_______
Permita-me ainda a transcrição doutra opinião encontrada na Net:
Citação: "Criticar os pseudónimos e gabar as virtudes de aparecer de cara destapada parece sempre bem, e virtuoso. Mas a virtude dessa posição acaba logo a seguir, quando essa atitude apenas é reflexo de um azedume mal disfarçado que convive mal com a crítica, ávido de protagonismo e ânsia compulsiva de "aparecer" .
A maioria dos que comentam na net, sobretudo pessoas com algum conhecimento de informática, sabem que é possível serem identificados pelo seu IP (Internet Protocol Number).
Não há pois anonimato; há pseudónimos, heterónimos, o que for... como na literatura, na crítica, na música, etc, etc., mas é sempre possível chegar ao nome real.
Pessoalmente, na net, vejo três eventuais virtudes no uso do anonimato:
a) Ao não saber o nome real da outra pessoa, quando lhe responder não estarei inibido psicologicamente pelo poder da sua posição profissional, mas tão só limitado pela minha consciência, na certeza que, agindo incorrectamente, poderei ser sempre sancionado.
b) Quando escrevo, posso concordar ou discordar de determinadas coisas, sem imaginar, aspirar ou ser acusado de apenas o fazer para benefício ou vaidade pessoais.
c) Ao responder a um post de alguém que assinou com pseudónimo, em princípio sei que não preciso de me preocupar que a sua opinião resulta de "vaidade ou para seu benefício pessoal", mas tão só da sua convicção.(Conan o Bárbaro)".
__
Ao anónimo 3/8/09 9:08 - justificada a incongruência de alguns pontos de vista e a bondade do voluntarismo.
qnao seria melhor que os anonimos passassem a se identificar por uma fruta,marca de carro , pais ,seja qual for outra designacao !assim nao teriamos tanto trabalho como teve o anonimo acima que identificou o outro anonimo por 'anónimo 3/8/09 9:08'.o problema é que é dificil seguir o fio de pensamento e as reacoes de cada anonimo.
Caro 4/8/09 7:32 AM, digo, kimmanel, uma das grandes virtudes da blogosfera é obrigar-nos a estimular os neurónios. esta forma de identificação tem paternidade. foi usada várias vezes pelo umbHalane (?). simpatizo com ela. assim como simpatizo bem mais que a um qualquer "dono" de um blog se trata por "administrador" porque é essa a sua função, de administrar o espaço, definir regras de jogo e monitorar, do que SR isto ou aquilo. mas o que enriquece a vida, como os países, é a diversidade. seria uma monotomia andarmos todos de amarelo. um abraço.
Caro Viriato,
Permite-me que te sugira a leitura de um artigo de Gabriel Simbine saído no notícias de hoje, página de opinião.
Aliás, recomendo a leitura a todos, principalmente por questões de cronolgia (invasões bantu, colonização portuguesa, etc; por a questão religiosa e, fundamentalmente, o pormenor do ensino da religião em linguas maternas e na lingua do colonizador)
http://www.jornalnoticias.co.mz/pls/notimz2/getxml/pt/contentx/851503
Um abraço
__
Obrigado ao último anónimo. Se tivesse se identificado ai estendíamos o diálogo, mas....
Um abraço
(Ironia = sal da vida): todos os meus comentários são devidamente autenticados com a abreviatura __ muito fácil de reproduzir para efeitos de resposta ou citação.
É bem mais trabalhoso responder à Madalena ou ao Zicale, com um Cara Madalena ou Caro Zicale do que responder ao __, com um simples Caro __
Um abraço
__
Enviar um comentário