20 agosto 2009

Pontos sexualmente transmissíveis


Como obter um diploma sem problemas em meio universitário congolês? De acordo com o caricaturista Philma, a resposta está numa nova prática: pontos sexualmente transmissíveis - os professores estão disponíveis, as candidatas não faltam. Se quiser saber o que exactamente dizem em francês as personagens do cartoon, use o tradutor situado no canto direito deste diário.

3 comentários:

Reflectindo disse...

Esta maneira de graduar estudantes desgasta África em geral e a mulher africana em particular.

Viriato Dias disse...

Caro Reflectindo,

Um pouco por todo o país há casos destes nas nossas escolas e universidades. Recentemente, lemos casos destes aqui, neste Diário, em que o ex. director da Educação do distrito de Gondola, em Manica, foi indiciado de casos de abusos sexual de mulheres, em pleno exercício das suas funções. Sabe-se que o visado foi suspenso, mas nada mais se falou dele. Vai ver que deixou de ser director distrital para exercer um outro cargo superior a este, talvez o de director provincial de qualquer área. É ssim no meu país, afasta-se alguém de um cargo para ocupar outro, pois é tudo um "Sistema" em que as regras há muito foram definidas nas matas da Tanzânia e um pouco por todo o país.

Um outro exemplo, é ver como as nossas universidades públicas estão e não só; em Nampula, há três anos atrás o departamento de História na UP possuia apenas um único livro de História de Moçambique, para mais 100 estudantes (para não exagerar nos números). Uma carência total de obras.

Na Mussa Bim Bique, uma universidade em homenagem ao fundador (?) da Ilha de Moçambique, não tem salas de aulas para lecionar. As que existem lá actualmente não chamaria aquilo de salas de aulas, se calhar quartos ou outra coisa dentro duma universidade. Pode lá ir ver com os seus próprios olhos. Estive lá há um ano atrás e vi. A maior parte dos professores são directores provincial local, cuja credibilidade dos seus diplomas deixa a desejar.

Por isso, Congo é apenas uma ponta de icebergue em África.

Um abraço

Reflectindo disse...

Caro Viriato,

Conheco as condicões da biblioteca da UP, até conversei sobre ela com o antigo director, Dr. Ivala.
Conheco onde funciona a universidade Mussa Al Bique, ao lado das bombas, exactamente numa antiga residência.
O que é importante meu amigo é a quantidade de universidades, precisamente como acompanhei hoje sobre Quelimane: temos CINCO UNIVERSIDADES. Portanto, falar de creche, escolas primárias, postos de socorro, não é importante. Tem que se falar de cinco universidades em Quelimane, coisa que nem em Berlim deve existir.