Numa importante intervenção feita em Coimbra há seis anos, Augusto Paulino, hoje procurador-geral da República, recordou as seguintes palavras do Teodato Hunguana, pronunciadas em 2002 na Assembleia da República: "A única forma de evitar que o Estado caia definitivamente nas malhas do crime é desencadear uma guerra sem quartel contra os mentores da alta criminalidade e, também, dos seus executantes ou instrumentos. Um combate apenas dirigido contra estes, deixando aqueles incólumes e intocáveis, significa manter instactas as fontes da sua reprodução, fontes que se tornam cada vez mais poderosas e capazes de se apropriarem do próprio Estado".
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
6 comentários:
"Não se pode resolver um problema usando o mesmo raciocínio que foi usado para causar o problema."
Einstein
Para quando o início dessa guerra sem quartel?
mas o estado so se torna refem quando deixa se exitir alguma relacao de simbiose .tenho minhas duvidas se o estado ( pelas pessoas que o representam )esta numa situacao de refem ou entao esta numa situacao de alivio pelos papeis desempenhados pelos criminosos
Ou por outra, que o exemplo venha ao de cima. Ou seja, basta uma vontade do "Sistema" todos estes males vão passar para a história. Mas o grande problema é que, se assim, todo o "Sistema" acaba.
Um abraço
convenhamos n ha vontade politica de resolver esse assunto, podemos devagar até nos fartamos m nem agua vem nem agua vai em suma o Estado esta refem destes malfeitores..... PK sera es a chave do problema.
Que Saudades do Samora...
Um abraco
xicoxa
Caros, lembro-me muito bem desse ano em que Teodato Hunguana se pronunciou sobre a questão. Recordo-me da irritacão de Teodato Hunguana e Sérgio Vieira quando Anibalzinho saiu pela primeira vez... Na verdade é que a vontade parou. Na altura da declaracão de Hunguana haviam até condicões para o início dessa guerra, pois havia muita pressão aqui fora. A pressão até libertava mesmo alguns próximos do poder como é o caso do Teodato Hunguana. Hoje, o mesmo Hunguana é capaz de não repetir os seus pronunciamentos, mesmo que ele mantenha os seus princípios de 2002. Essa pressão esmoreceu. Enquanto essa pressão não ressuscitar o Estado mocambicano irá se capturando até à sua totalidade.
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