13 agosto 2009

A sociedade da ignorância

"Uma reflexão sobre a influência que as novas formas de comunicação têm sobre o indivíduo e sobre o funcionamento e a distribuição do poder nas sociedades democráticas" - confira aqui em inglês e aqui em espanhol. Obrigado ao Fernando de los Rios Martin pelo envio da referência.

1 comentário:

Viriato Dias disse...

Cá na Europa, pude observar o seguinte: quando uma criança comete uma indisciplina têm por presente dos país um brinquedo caro, quando reprova ganha uma viatura ou uma viagem. A Internet é a espinha dorsal que molda a uma criança desde os seus dois anos de idade. Pouco conhece sobre o mundo, sobre o seu pai em particular, porque ao fim e ao cabo tudo o que lhe é exterior é alheio e evasivo. E se tem uma oportunidade para sair das “trevas das tecnologias” é simplesmente para aprender o vicio de fumar um cigarro (nunca tinha visto uma coisa igual, fuma-se mais cigarro do que outra coisa, em certos casos até nas salas de aulas) enfim, são verdadeiros aspirantes do álcool e outros vícios. Um choque cultural?

Um a vez perguntei ao saudoso Dr. David Aloni, porquê é que os seus filhos tinham uma certa disciplina para com o pai, uma disciplina à moda antiga, digamos, aquelas que se davam nos anos 80 e que eu aprendi com os meus país (bom dia, boa tarde, boa noite, obrigado, com licença, etc) estando numa sociedade energicamente diferente, e tive como resposta mais ou menos esta: “Viriato, a disciplina é uma lei em minha casa, seja qual for a idade e o cargo que a pessoa tiver, enquanto estiver dentro da minha casa, e, sob minha jurisdição, esta pessoa, seja lá quem for, repito, deve se submeter ao rigor das minhas leis que não é mais do que a lei dos angonis” E era de facto rigoroso o Dr. Aloni. Que Deus o tenha!

Não pretendo de forma alguma generalizar este meu comentário, porquanto há pessoas diferentes que lutam pela boa educação dos seus filhos. O não conhecer Moçambique (no mapa) ou nunca ter ouvido falar de Malawi é, no mínimo, uma falta de interesse ou ignorância, que a União Europeia devia rever. Não só a UE, como o Ministério da Educação (se bem que o pelouro da educação não funciona da SADC ou da UA para ser mais abrangente) cujo currículo em mais de 60% fala dos Ocidentais, pouco se dá valor ao Ngungunhane, ao Lázaro Kavandame, ao Urias Simango, ao Samora Machel, ao Mondlane, enfim, aos filhos desta pátria.

Um abraço

NB: COMO A LURDES MUTOLA JÁ NÃO CORRE POUCO OU NADA SE FALA DELA, NEM UMA ESTÁTUA! QUE DIRIGENTES TEMOS NÓS!!!