A Cotonet Records reporta que amanhã surje uma nova canção do rapper Azagaia (imagem) e do DJ Junior com o título Liberdade de Expressão, "nome do novo som que estes dois arquitectos de beats e flows construíram para perturbar os ouvidos mais exigentes. Extreia já amanhã, sexta-feira, no programa televisivo ATRAÇÕES, apresentado pelo polémico Fred Jossias, ao vivo com Azagaia. E sábado estará disponível aqui no blog e na loja GARAGEM para distribuição gratuita." Foto reproduzida daqui.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
4 comentários:
Para quem viu este rebento nescer, como músico, claro, talvez lhe desse pouco tempo de vida. Quis o destino que fosse a voz do povo. E tem sido um excelente advogado das massas, mesmo para aqueles que, como eu, que por motivos diversos estão foram da pátria, não deixa - Azagaia - de ser um grande trombone contra a injustiça social, a corrupção, o burocratismo, etc no país. É preciso não temer, mesmo Craverinha, meu pai e outros, quando a PIDE estava no sei pico, não deixaram de reivindicar os seus directos em prol do povo. Fosse o que fosse, cadeia, tortura, etc era imperiosos combater as injustiças.
Um dia, um amigo meu de proa no "Sistema" confidenciou-me que via no Azagaia um novo Machel, é preciso não esquecer aquele jovem, repetiu. Um dia espero publicar esta "entrevista"!
Um abraço
Industria de herois (1/3)
A guerra de libertação gerou seus herois, a guerra civil também, agora parece-me ser a vez da "democracia" gerar os seus herois, quer me parecer que os primeiros dois grupos de herois não estavam preparados para essa fase, o que leva-me a prever o seguinte cenario:
Os herois da libertação e da Guerra civil continuarão eternamente herois dentro dos grupos que eles mesmos fundaram, nestes grupos não há espaço para produção de herois da democracia, razão pela qual não há nenhum jovem dentro desses grupos que se identifica com uma causa nacional devidamente identificada o que pode me levar a pre-conclusão de que temos uma crise de produção de herois após as duas guerras.
Continua
Mulhui,
Pode me dizer quais são as balizas para a heroicidade? Fala de duas guerras, concluo, por isso, que para si um herói é aquele que tenha pegado em arma em punho (...). Quantas vezes o sr. Mulhui vibrou as glórias da Lurdes Mutola? Ou já se esqueceu que a Lurdes Mutola é moçambicana? Percebo que para si, quam canta, joga a bola, etc não é herói, mas sim aqueles que se tornam heróis através das guerras!
Um abraço
Caros Viriato
Acredito que o Àlvaro Mulhui não tenha falado de herocidade literalmente. Entendo que ele diz que a Frelimo trouxe a independência, a Renamo trouxe o multipartidarismo, agora e com esta geracão juvenil, os verdadeiramente jovens de hoje, far-se-ão os heróis da democracia.
Por acaso há muito que quero escrever um texto sobre isto para provocar os jovens.
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