Morreu esta noite, aos 84 anos, o decano do fotojornalismo moçambicano, Ricardo Rangel (Rádio Moçambique, noticiário das 21 horas). Paz à sua alma.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
14 comentários:
Os meus sentimentos 'a familia.
Abdul Karim
Com o jà desaparecimento fisico desse monumento tecnico e teorico da fotografia, especialmente a moçambicana, passo a näo me perdoar por ter participado numa conferência por ele dada, da qual näo fiz nenhum registo, nem foto nem video.
Que todo o Moçambique saiba proteger a sua memoria. Paz à sua alma.
Félix Mula
Professor,
Recebo esta notícia com muita dor e consternação. Perdemos no espaço de uma semana duas importantes figuaras nos anais da nossa hstória, Atanásio Dimas, do Jornal Notícias, e Ricardo Rangel, o decano do fotojornalismo. Tinha-o, no Rangel, uma referência internacional. É uma perda irreparável sem dúvidas. As famílias enlutadas os meus pêsames.
Um abraço
Doi muito, mesmo.
Muito, muito, mesmo.
Vou ouvir Coltrane e recordar, sem as ver, as suas fotos que mais me marcaram. A começar pelo rapaz a espreitar, entre as madeiras, de "Xipamanine Blues".
Sinto que o vôvô iria gostar.
Uma imensa saudade, que as fotos, o grande saber de experiência feito que nos legou e a recordação de sua força e jovialidade constante alimentarão para sempre.
Fátima Ribeiro
Paz à sua Alma
vem ai Mauro Pinto
vem ai Mauro Pinto
Very very SAD
A vida é uma passagem.
Importa percorrê-la com dignidade, como fizeste.
Descança em paz.
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Morreu uma das figuras mais marcantes dos últimos 50/60 anos da história de Moçambique. Amigo, confidente e contemporâneo de Craveirinha e da Noémia, Ricardo Rangel pode ser considerado um dos precursores da moçambicanidade.
Tive o privilégio de com ele privar. Primeiro no espaço cultural que ele abrira na terminal ferroviária de Maputo. Depois, nas visitas que lhe fiz no Centro de Formação Fotográfica, local onde trabalhou até aos últimos momentos da sua vida. Fiz-lhe a última visita há menos de 45 dias onde, mais uma vez, admirei o paciente trabalho de catalogação do grande espólio fotográfico de que aquele Centro é depositário. Tinha ele imenso orgulho nessa faceta do seu trabalho, feito por uma equipa pequena e muito dedicada. Disse-me, mais de uma vez, que aquele poderia ser um dos melhores arquivos fotográficos de África.
Rezo fervorosamente para que o trabalho paciente e desconhecido do grande público que Ricardo Rangel pionerou tenha continuidade. É de esforços como aqueles que os nossos bisnetos irão, no futuro, avaliar os sacrifícios que esta geração consentiu para construir este país.
Até sempre Rangel, figura a que nunca me atrevi a chamar amigo.
Gabriel Muthisse
Pesames a familia e RIP (Rest in Peace) Ricardo Rangel!
Espero que os que tem a faca e o queijo para atribuir titulos de "Heroi Nacional", nao se esquecam deste filho desta terra!!!
Oara aqui está um homem que amou e gozou bem a VIDA.
Naita Ussene, um seu discipulo, quando perguntado do que gostava mesmo Rangel disse: um bom copo, uma bela mulher ... JAZZ.
Saravá Ricardo !
SAVANA FM 100.2, em homenagem a R Rangel está desde ontem a transmitir SÓ JAZZ. A programação manter-se-a' até segunda-feira, dia do seu funeral.
O corpo de RR estara'em câmara ardente a partir das 13.00h. de segunda-feira no edifício do Conselho Executivo, na Praça da Independência, em Maputo
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