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(continua)
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
4 comentários:
Eu chego a pensar que o nosso país não tem nenhuma polícia que velasse por essa áera. Polícia ou serviços de fronteira como aliás acontece aqui em Portugal e em Bruxelas. O país foi "assaltado" por estrangeiros ilegais, que muita das vezes trazem prejuízos a economia nacional, prostituição, assaltos, roubos, etc sem que alguém decidisse colmatar esta situação. Porquê assim? Somos estranhos em nosso próprio território!!!
Boas festas.
De estranhar é também, por outro lado, a razão por que Maputo está cheio de bares e restaurantes, lojas e mais lojas formais de vestuário e calçado e outros negócios a retalho, mas praticamente nada pertence a moçambicanos. Por que será que só podemos falar de moçambicanos (há excepções, é claro)em cabeleireiros, mercados e dumbanengues?
“… Eles estão mais preocupados com o negócio …”
O estrangeiro, EMIGRANTE, é, em regra, um misto de aventureiro e empreendedor, alguém que tem a coragem de deixar familiares e amigos e partir em busca de melhor vida, em ambientes desconhecidos.
São gente de fibra … para quem “tempo é dinheiro”. Como bem observa o povo, “eles estão mais preocupados com o negócio…”.
Sim, eles têm objectivos concretos e lutam por eles, algumas vezes, à margem da lei: um risco calculado, que aceitam assumir.
Em regra, há uma boa percentagem de homens com sucesso, pois resultam de uma espécie de selecção natural: são os inconformados com a estagnação do nível de vida, audazes, enfrentam o desconhecido.
Por vezes integram-se nas sociedades de acolhimento /invasão e ficam. ... muitas vezes, os encantos das nossas mulheres prendem-nos de vez. Não perdemos nada com essa mistura de genes.
Também nós temos muitos emigrantes nos países vizinhos, Àfrica do Sul em particular, e alguns pelos quatro cantos do mundo.
Não esquecem os familiares e, com suas “remessas de emigrante” constituem uma importante fonte de divisas para o país: são, de facto, uma das nossas maiores e melhores exportações (de força de trabalho e/ou massa cinzenta).
É pois natural que, singrando no meio de tanta da nossa miséria, os estrangeiros Africanos acabem por ser olhados com desconfiança e alguma hostilidade por nós.
É verdade que muitas vezes há falta de transparência nos negócios … eles apenas aproveitam as fragilidades que encontram.
Respeito essa gente!
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Concordo com a sua análise. Muito obrigado.
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