Vamos lá a um pouco mais desta série, sempre com um cartoon perverso.
A nossa história, a história do nosso país - a história, afinal, de todos os países -, está cheia de fases intolerantes.
Nessas fases, sucessivas gerações têm sido educadas em formas autoritárias de pensar a sociedade e a ordem, em formas voltadas para a arbitrariedade e para o segredo, em formas de respeito absoluto pelo poder, pela tradição e pelo sagrado, em formas de medo, ordem e comando permanentes, em formas de punição a cargo de vivos e mortos em caso de desobediência, em formas, enfim, de violências múltiplas, físicas e simbólicas. Essas formas têem-se instalado em nós como aguilhões, que agem sem necessidade dos seus agentes (o impulso é a ordem dada; o aguilhão é o efeito da ordem guardado no inconsciente do dominado)
Mas não poucas vezes fazemos um grande esforço para mostrar que, afinal, temos democracia, uma vez que temos eleições multipartidárias. Por outras palavras: democracia é suposta equivaler (e, para muitos, a resumir-se) a eleições.
(continua)
2 comentários:
É uma FALÁCIA acreditarmos na formula: eleições livres = democracia!
Somos livres de eleger, mas ficamos reféns da TIRANIA dos eleitos (por nós!).
Prefiro algo no género:
> Democracia é, em última análise, não atropleramos a liberdade dos outros, nem permitirmos que os outros atroplem a nossa.
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acho que ninguem sabe ainda o que e, ou evitam saber
Jokas
Paula
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