Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
9 comentários:
Mais vale um bom cartoom do que mil palavras, discursos...
"Herói" t`ou pidir!
Penso que se a África tivesse lideres como o presidente Mugabe o galo estaria a cantar de outra forma. Tenho uma admiração profunda por Mugabe, apesar de lhe reconhecer alguma violência contra os direitos humanos no seu próprio país e não só. Tal é próprio da conjuntura do tempo e das acções contra ele e o seu regime. A coerência, a determinação, a convicção, a auto-estima, etc fazem dele um líder corajoso e desejoso para os zimbabueanos. Só para quem não conheceu a realidade em que estavam sujeito as pessoas de cor no zimbabue poderão discordar de mim, era preciso a reforma agrária no Zimbábuè. Dirão alguns críticos, que Mugabe arruinou o país! De que maneira? Pergunto eu? Por ter tido a coragem de dizer um não ao ocidente? coisa que poucos lideres africanos fazeram! Yasser Arafat disse uma vez a um jornal português, suponho, cito de memória "ontem o ocidente era meu amigo, hoje já não o é, porque discordei deles. E como consequência amarrara-me as pernas e os braços e jogaram-me para o mar, pergunto eu, é para nadar de que maneira? " Esta é a resposta que dou face a eventuais questões sobre a crise no Zimbábuè. E é normal que hoje o Estado ande em banca-rota, que o primeiro-ministro estenda as mãos, mas com a cabeça erguida.
Um abraço
According to Reuters, Mugabe owes MOZ's HCB(electricity) about 53 million USD. That is a very important sum indeed. Will MOZ be able to collect those unpaid bills ?
Muito interessante o seu raciocinio Sr Viriato: "E é NORMAL que hoje o Estado ande em banca-rota, que o primeiro-ministro estenda as mãos, mas com a cabeça erguida."
Todos os estado normais deveriam andar na "banca'rota". E o mais interessante é esta metafora:
"Estender a mão, mas com a cabeça erguida." É mesmo possivel? Puxa, nada mais filosofico! Se a filosofia enchesse a barriga!!!
Um abraço,
ZB
O Caro Viriato é um jovem romântico, um naif, sem comportar qualquer ofensa, claro.
Reformas agrárias, e outras, sempre se fizeram, fazem e farão em todo o mundo, todos os regimes.
Aliás, as reformas são feitas para evitar danos piores - explosões sociais, ou atrasos de desenvolvimento, outros.
São paliativos.
Na RSA está a fazer-se paulatinamente uma reforma agrária.
Em 1975, em Portugal fez-se uma outra, que foi um autêntico desastre.
O Xã da Pérsia (Irão), Reza Pahlavi, tentou fazê-la, e o maior proprietário das terras, o clero, derrubou-o...
Na Rússia dos Czares...
Como vê, meu Caro, tem aqui um naipe para vários gostos.
A maneira como se fazem as coisas, e não como se dizem, é que conta.
Os resultados estão à vista, e falam por si.
Um simples teorema político-social.
Anónimo,
Esperava que comentasse a essência da questão e não ironizar o meu comentário. Mugabe é para os zimbabweanos um herói, quer pela sua trajectória política, quer pelos seus feitos. Não por menos que os Estados africanos e não só estão com ele. É preciso que o amigo anónimo conheça de perto as intenções do ocidente, boa parte do que se produzia no Zimbábue era canalizado à Inglaterra, os de cor, portanto, "pretos, apenas contentavam-se em ver a cidade limpa, a economia aparentemente produtiva, aos olhos de quem desconhecia o valor das terras, enfim, tínhamos um país nas mãos da Inglaterra. Os dirigentes zimbabweanos, lembro-me, contentava-se apenas com os cargos políticos e não com o sofrimento do seu povo. A reforma era por isso inevitável, uma vez que tinham que haver igualdade de direito e do género. Foi por isso que Mugabe, tardiamente, decidiu avançar com o plano da reforma agrária, mas não expulsou nenhum branco, pelo contrário, pediu-lhes que repartissem as terras com os de cor! Em relação ao facto de se estar a pedir ajuda, e qual é o país que não o faz? Ao menos que Zimbábue têm feito de cabeça erguida, isto é, vai mostrando que não vacilou, não atendeu as ameaças do Ocidente, as sanções impostas ao país e ao presidente Mugabe, enfim, mostraram o quanto a terra e o povo do Zimbábue deve estar em primeiro lugar, SEMPRE.
Um abraço
umBhalane,
Não sabia este meu lado romântico. Como não me é possível ver a minha própria nuca, a não ser que recorra a objectos com utilidade para o efeito, aceito! Indo a questão que me coloca, umBhalane se bem que já reparei nisso há algum tempo atrás, têm sempre a tendência de recorrer à importação de exemplos externos, de sítios que de nada tem que ver com a realidade do concreto para explicar um determinado contexto.. Foi bom ler os casos que citou, mas a conjuntura zimbabueana é totalmente diferente. Repito, os problemas de cada país devem ser visto de forma pormenorizada e no contexto em que eles se encontram ou encontravam, mas nunca à luz do dia. Podem é servir de exemplo, mas nunca necessariamente uma comparação. Convido-lhe verificar, nem que tal saia a cabula, os acordos de Lencastre House e tantos outros que se seguiram ao longo dos tempos. A verdade lá jazem. Era imprescindível adiar por mais algum tempo a reforma no Zimbabué, porquanto o povo que é uma muralha de pedra e aço estava disposto a fazer de qualquer jeito. Não nego que as terras foram mal distribuídas, inclusive entregues aos camaradas da ZANU-PF, situação comum em África e no mundo todo. Uma pergunta só, os tais farmeiros brancos que não quiseram dividir as suas terras com os seus compatriotas zimbabueanos, que mais tarde foram viver para Chimoio, porque é que os mesmos, tendo lá terras fértil não se aguentaram? Porque de tanto barulho da Inglaterra? Qual é a pretensão. Do que o país produziu por acaso nunca questionou umBhalane onde é que está o dinheiro? Será que está todo com o Mugabe e os seus comparsas. Felizmente eu visitei o Zimbabué na década de 90 e sei para onde foi: Inglaterra, TUDO.
Um abraço
O que estava em disputa ou em questão nos últimos anos no Zimbabwe era terra ou poder?
O que se resolver é a questão de poder ou terra?
Depois se ser resolver isso (?) há mais algum baralho para resolver-se o outro assunto?
Sr. Viriato critica o Ocidente e os antigos dirigentes, cmo se Mugabe estivesse a fzr melhor?
Posto duma forma simples: a 'reforma kamikaze' de Mugabe, causou e continua a causar sofrimento a kem nunca precisaria de sofrer tanto, e mais sofrimento a kem já sofria antx. Ixu tbm na sua optica, era inevitavel?
Numa altura em ke a cólera já tinha morto 1.123 pessoas (segundo a ONU), o discurso de Mugabe era: "Zimbabwe é meu!" --> (sexta feira, 19 de Dezembro de 2008). Realment... grande espirito altruísta, solidário e patriótico.
E agora, kem responsabilizar pela perda de vidas humanas, pelos danos materiais, morais e afins? Aos antigos dirigentes... ou se calhar foi o Ocidente ke concebeu e levou avante exa catastrófica reforma?
O tal "não" ke Mugabe deu ao Ocidente, ta a ter custos demasiado elevados para o povo e para o país.
Qualquer pexoa com dois dedos de testa, sabe ke o prob. dos Zimbabweanos agora é o facto de terem no poder,
um homem cuja a sanidade mental é altamente questionavel, e só akeles ke não kerem ver ou ke estão a beneficiar-se
com esta catástrofe é ke numa altura destas poderão (a margem de tdu ke está a acontexer) exaltar os feitos de Mugabe (de outrora). Já o sr. Viriato, não sei a ke proposito, consegue tntar desviar as culpas para o Ocidente e para os antigos dirigentes.
E ainda por cima, o confunde: demência, teimosia e irresponsabilidade,
com: coerência, determinação e coragem.
Enfim.... não sei o ke o move, mas penxu ke está a ir na direcção errada!
Enviar um comentário