12 junho 2009

A "hora do fecho" no "Savana"

Na última página do semanário "Savana" existe sempre uma coluna de saudável ironia que se chama "A hora do fecho". Naturalmente que é necessário conhecer um pouco a alma da vida local para se saber que situações e pessoas são descritas. Deliciem-se com "A hora do fecho" desta semana, da qual ofereço, desde já, dois aperitivos:
* Os que na academia têm nos últimos meses dado a cara por uma universidade com mais qualidade receberam boas notícias esta semana. Uma delegação de reitores e bastonários das Ordens foram ao parlamento para discutir à porta fechada aspectos sensíveis do projecto de lei do ensino superior. Há consenso em que o facilitismo deve ser combatido com qualidade, o processo de Bolonha não significa que tenham de ser sacrificados cursos como Medicina, as Engenharias e a Arquitectura. As universidades e as faculdades não terão que dizer “yes” a “licenciaturas de três anos. Face a todo o barulho até a zona do cachimbo parece agora mais sensível a ouvir os argumentos dos críticos …
* Também contente anda uma empresa de aluguer de pássaros ao lado que apoia de alma e coração as “presidências abertas”. Quem disse que há antagonismo entre azeite e vinagre?

3 comentários:

Anónimo disse...

A pre campanha chegou a academia, ha que acalmar os animos, adormecer esses academicos que podem votar no MDM e levar gente com eles. Quando o voto estiver no saco Bolonha volta com tres anos para todos para dar diploma de ensino superior a todos os mocambicanos, como a hostia deve ser dada a todos os cristaos.

Anónimo disse...

Reduzir os anos de formação universitária - já actualmente tão deficiente e num período em que a qualidade de ensino nos níveis primário e secundário promete continuar a baixar assustadoramente - é, no mínimo, falta de bom senso e uma atitude irresponsável que comprometerá para sempre as novas gerações.
Independentemente do curso SUPERIOR de que se esteja a falar!
Oxalá se saiba ponderar devidamente a situação, para bem de todos nós.

Viriato Dias disse...

Com toda a sinceridade penso que com as condições em que parte das nossas universidades possuem não teríamos êxito nenhum com à introdução do processo de Bolonha no país, salvo de forma paulatina. O processo de Bolonha é complexo e muito contestado pelos estudantes, por ser caríssimo. Devido as tecnologias empregues associado ao custo dos equipamentos adquiridos pelas universidades, como forma de compensar o custo as propinas sobem, os serviços de fotocopia e outros também. E muita das vezes tem como consequências o abandono escolar ou cursos com poucas inscrições, porque os estudantes não conseguem suportar com os preços elevados dos serviços. No caso particular das nossas universidades, exigia-se delas todos estes componentes, nomeadamente, meios materiais e humanos a altura, internet, materiais de ensino, laboratórios, meios de transportes, professores qualificados são alguns dos instrumentos indispensáveis no processo de Bolonha, sem as quais seria muito difícil a sua satisfação. São três anos em que o estudante converte-se em autentico militar da academia, o estudo é feito com base na internet. Enfim, apoio o processo de Bolinha desde que o mesmo seja introduzido de forma gradual e de forma a que não passe de apenas mais uma imitação desastrosa. Sei o que digo.

Um abraço