O presidente Guebuza continua a visitar as províncias, sem parar, está agora em Inhambane via Massinga, chegado de helicóptero acompanhado pela sua comitiva. Nos relatos que a Rádio Moçambique tem dado a conhecer, Guebuza não se refere aos outros partidos, ignora-os completamente. Se, por exemplo, diz que há invejosos (parece que o termo inveja surge agora com frequência no vocabulário do presidente), o termo é genérico, sem fronteiras definidas, invejosos são todos aqueles que, na sua óptica, criticam as coisas positivas e/ou que condenam o trabalho e a riqueza.
20 comentários:
Cuba debate ,um site em que quase semanalmente o Fidel Castro transmite as suas ideias .um site que se pode perceber ate quanto cuba vai ceder mudancas direcionadas as ideias americanas , vejam : http://www.cubadebate.cu/
e assim vai Mocambique de vento em popa!
Dr. Serra,
não sei se o meu comentário vai passar na poderosissima censura.
Mas parece-me que nos últimos tempos so passam os comentários que criticam o partido da situação e elogiam o MDM.
Será uma percepção acertada?
Geralmente excluem-me quando procuro dar uma opinião diferente da opinião publicada, que fazem crer que é pública.
Dizem em metodologias de ciencias sociais que uma não resposta as vezes é uma grande resposta. Igualmente dizem que se chegarmos a conclusão que as nossas hipoteses de partidas estão erradas não significa que o trabalho tenha sido mal elaborado.
Orgulhosamente Moçambicano
Nuno Amorim
Solicito ao Sr. "Amorim" que me poupe quer das suas avaliações quer das suas digressões metodológicas. Se volta a escrever com a arrogância mandona habitual, pode ter a certeza de que aqui não entra mais.
Professor.
Que explicação para o pedido de cidadãos ao PR em Inhambane,ou seja, a revogação da lei das nacionalizações por considerarem que o seu património tem que ser devolvido. Noticiario RM desta tarde.
Curioso não é? Como vai ser? Dava-me uma ajudazinha se devolvessem os bens do meu avó paterno, Oxalá que o nosso querido PR oiça o choro....
Ainda tem estômago para os suportar Professor? Já esqueceu os dissabores anteriores, os insultos constantes dos anos anteriores? Ainda não percebeu qual o jogo deles?vim aqui so para lhe recordar isso.
Caro anónimo: lamentavelmente nada sei do tema. Cara Sara: esteja tranquila.
Caro Professor Serra
Estive noutro tema interessante do seu blog, o qual saúdo e reconheço o impacto que tem na blogosfera.
Ao analisar o seu Blog ficou-me uma pergunta que, se não ofender ou perturbar, gostaria de ter uma resposta sincera de vossa parte: O Dr Serra pertence a algum partido político ou nutre alguma simpatia pelo actual Presidente Armando Guebuza? A informação que eu tinha é que o Professor é um dos académicos da Frelimo.
Parabéns pelo blog
Jorge Luis
Caro Jorge
Sigo as regras da minha alma, sou visceralmente colonizada por ela. Cumprimentos e grato pelo elogio.
Os discursos políticos de Armando Guebuza precisam de ser urgentemente analisados e divulgados. Sempre tentei acompanhá-los embora não sistematicamente, mas com Guebuza o multipartidarismo acabou. Vejamos que ele só fala de Conselhos Consultivo - quem faz parte do Conselhos Consultivos? e é o que são eles? Armando Guebuza está a fazer a política de Muammar Kadaffi em Mocambique. Há pouca dúvida que se a sua Frelimo um dia conseguir 2/3 ou mais ele mude unilateralmente a Constituicão da República. Carlos Cardoso tinha razão.
Reflectindo, aceite o meu conselho: nao vale a pena tentar analisar os discursos do nosso PR. Eu ja fiz isso...desisti! Tamanha decepcao...
Não, Zenaida, vale bem a pena. Por exemplo, para análise de conteúdo, tem aqui este excelente texto:
http://www.jornalnoticias.co.mz/pls/notimz2/getxml/pt/contentx/857912
Prof, não consegui abrir o link em referência. Gostaria imenso de ler o conteúdo.
Zenaida? Porquê decepcão?
"Todo o homem que caminha pode perder-se". Pois é, a governação do presidente da nação está sem leme, há muito que anda à deriva. A bússula, há muito deixou de funcionar. Sou um daqueles que depositou plena confiança no presidente Armando Guebuza, porque as suas palavras e discursos não deixavam dúvidas: "vou combater os corruptos e a corrupção e acabar com o deixa-andar, etc" Eu ouvi estas palavras. Acontece, porém, que há 100 dias do fim do seu mandato estas palavras foram plantadas no deserto, como diria o saudoso Dr. David Aloni, foram semeadas entre as pedras, não germinou. Os corruptos continuam impunes e muitos deles estão nas vestes do presidente, quão bajuladores.
É difícil tomar medidas num país onde o sistema de governação é de camaradas, com a esporádica excepção de Cabo-Verde, país que colocou de lado os interesses pessoais dos governantes, para fazer exaltar a nação. Vale a pena seguir o exemplo, mas alerto: temos que estar preparados para o processo, é duro, longo, penoso e salda-se, às vezes, em vítimas!
O curioso é que ainda tenho fé no presidente, porque vejo nele um homem determinado, muito determinado chego a compará-lo com um leão já sem dentes, mas com a sua robustez de força.
Um abraço
NB: Dr. Serra, a sua resposta à Jorge Luís é o máximo.
Testei o elo e funcionou bem.
Ainda nao consigo, mas pode ser porque nao capto todo o ele. Propunho que o lincasse com:
Bom dia, Professor Carlos Serra.
Vamos esqiece o Tio Guebs por um instantinho???
Professor, escrevo porque espero que me possa dar uma ajudinha na compreensão daquilo que parece ser prioridade do Governo mocambicano em matéria de óbras públicas de grande investimento.
No dia da inauguracão da nova ponte sobre o Zambeze, custou-me bastante ouvir aquilo que foi dito pelo Ministro Cuereneia: novos planos que se prendem com óbras de grandes investimentos para o país e... Falou da linha de transmissão de energia centro-sul, da barragem de Mpanda Nkuwa, da HCB norte, da ponte Maputo-Catembe, da Estrada Nac. 1, do troco Nampula-Cuamba e por aí fora.
Apesar de me encontrar actualmente a residir no estrangeiro, visito Mocambique com alguma frequência. Sou natural do Niassa e é do Niassa que me vou referir. É verdade que alguma coisa está a ser feita naquele canto do país, mas também é verdade que muito foi feito porque acreditam nas potencialidades das minas de ouro de Lupilichi e de outros recursos naturais existentes naquele canto do Niassa, por causa da celebracão dos 40 anos do 2 congresso em Matchedje,as homenagens ao John Issa e ao Paulo S. Kamkhomba e os recentes jogos desportivos escolares. As visitas do Guebuza à aquelas zonas ditaram a reabilitacão apressada dos trocos que ligam Lichinga à tais pontos. Para quando a reabilitacão do troco ferroviário Cuamba-Lichinga????? Este é, na minha opinião, o pedaco de troco que trará o “desenvolvimento” ao Niassa; Sr. Profesossor, o que é que falta para aquele troco entrar nos planos do Governo? Qual é o criterio usado para determinar a prioridade de de umas obras em vez de outras? Será o fluxo económico ou populacional? regional? frelimista?
Escrevo ao Senhor Professor porque Carlos Serra é a maior “instituicão” não-governamental com reconhecimento e prestígio internacional quando se trata de analizar e comentar Mocambique.
AAS
P. S. Pode, Senhor Professor, comecar por dizer que não é Governo de Mocambique e nem membro do Governo, mas dê uma opinião sobre o troco ferroviário Cuamba-Lichinga s.f.f.
Meu caro anónimo, o último
Fala e bem sobre reabilitacão do troço Cuamba-Lichinga. É reabilitacão duma linha e deves saber quando é que ela foi construida. Será que não podiamos combater as mentiras quanto à ponte sobre o rio Zambeze? Quando é que ela foi projectada e quem a projectou? No nosso país é fácil chamar de profeta da desgraça quando não se reconhece a quem construiu a casa onde a pessoa vive, a estrada ou linha férrea por onde ela passa. A min, chamar-me-ão de profeta da desgraça até que os profetas da graça construirem uma linha que ligue pelo menos Namialo-Pemba e Nampula-Quelimane. E porquê na ponte sobre o Zambeze não uma linha fêrrea paralela? Claramente dizendo, o que nunca aceitarei é bater palmas como e cantar o: “Tatana sifunya nkuma” – o pai come cinza.
Antes, queria dizer a si anónimo até 1976/7 tinhamos uma cantinha em Nacala-Porto, a Casa Agrícola, por onde tinhamos batatas, tomates, feijões frescos do Niassa. Nem quero aqui falar das visitas frescas do Niassa.
Enfim, eu quando critico é porque não gosto de brincadeiras com o desenvolvimento. Há gente aqui nos debates que quer sempre justificar os fracassos “dela” pela idade de África, com certeza uma ofensa à história da humanidade. No pior, essa gente vive nem que de Hollywood fosse.
Quero pelo menos algo que já exitia em 1976/7 como automotoras de Nampula-Nacala e vice-versa; comboios para Entre-Lagos e Lichinga, a Casa agrícola com produtos frescos de Lichinga, Comboio do Monapo-Lumbo, a rede comercial ora existente nas zonas rurais até 1973/4, entre coisas que nos mostram algo de desenvolvimento no norte de Mocambique. Creio que no Centro e Sul do país a história é a mesma. Não estou a dizer que quero colonização, pois contra ela alinhei-me um pouco antes de 25 de Abril de 1974. Estou a dizer que os combatentes da fortuna, têm que deixar de enganar o nosso povo. Fiquem ricos honestamente, mas não humilhem o povo e muito menos enganá-lo que a sua riqueza tem algum significado para o pobrezinho. Saibam que 4 helicóptros por cada viagem a uma província custam mais que montar um laboratório de física, quíca e biologia numa escola secundária da província onde vocês visitam.
Anónimo, não te critiquei, antes pelo contrário eu quis enriquecer o teu fio de pensamento, buscando a minha experiência.
Pedro Nacua bem disse no seu esoaço habitual do jornal Noticias ,exactamente o do sabado ultimo .faço o extrato:
-os nossos governantes falam como o presidente fala, gesticulam como o presidente gesticula e erram como o presidente erra.
em suma os nossos governantes nao tem libertadade de pensar , funcionam como um pistao ligada a uma cambota disfasada.
Estimado professor Serra
Agradeço a sua rápida resposta em relação à sua inclinação político-partidária, mas se me permite gostaria que fosse o menos filosofico possível de modo a que não restem dúvidas da minha parte em relação às suas simpatias. Para ser mais preciso, quais são as regras da sua alma que o coloniza ?
Atenciosamente
Jorge Luis
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