No "Savana" desta semana, com o título em epígrafe, em trabalho de André Catueira: "A população dos distritos de Guro e Manica, na província deste mesmo último nome, denunciou vários actos de corrupção sexual e escravatura no sector público, abusos de poder e arrogância por parte dos governantes locais, além de cobranças ilícitas em troca de emprego. Segundo os populares um emprego pode custar “uma relação sexual para o caso de mulheres e ou cinco mil meticais para o caso de homens” nos distritos da província de Manica."
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
1 comentário:
É apenas uma ponte de iceberg dos factos. Nos últimos tempos tenho ouvido muita informação sobre vários assuntos da nossa casa e até notícias internacionais, caso de Mugabe, por exemplo, mas que não chega a ser fruto de uma investigação aturada. E faz-me lembrar a história de Muidumbe em Cabo-Delgado, cujo administrador era acusado de casos de feitiçaria. O professor Serra, numa palestra na Escola de Jornalismo, em Maputo, comentou muito sobre o rigor da informação na comunicação social e coloco-nos a pensar sobre o assunto. De lá para cá, confesso, comungo com o Iain Christine "a pressa é um mau substituto do rigor." Não deixa de ser uma mais valia a denúncia, que saiba não há outra parte da história, ou seja, a reacção do visado, logo à partida, levanta suspeitas...
Abraços
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