05 junho 2009

Tristezas tropicais (2)


"10. Conclusões e Recomendações
Rigorosamente falando, a maior parte das declarações do DPA e do governador foram, de facto, verdadeiras – o licenciamento anual manteve-se abaixo dos 50.000 m3, o número de madeireiros com licenças simples diminuiu, o número de concessões aumentou, há mais postos de inspecção, algumas comunidades ajudam na aplicação da legislação, o porto é controlado de forma melhor, as exportações de toros diminuíram drasticamente, há um maior número de serrações e mais processamento de madeira no país e, provavelmente, mais postos de trabalho na silvicultura. No entanto, não podemos oferecer o relatório positivo que o Governador procurava.
(...) Entretanto a situação se deteriorou de modo significativo desde 2004 e com as eleições nacionais daqui a algum tempo, concerteza que vai piorar. “O Take-Away Chines” continua, e as estorias da floresta da Zambézia continuarão a ser muito tristes. A fotografia da capa deste relatório apresenta a comunidade do distrito de Mocuba, sentados em um dos muitos toros abandonados por um dos operadores de licença simples que cortou a madeira nas suas florestas em 2007. Alguns destes homens trabalham para o operador toda a estação, mas ele fugiu sem pagar a ninguém. Outro operador fez a mesma coisa em 2008. Esta comunidade da floresta tem sido virtualmente despojada da sua valiosa madeira e têm sido deixados ainda mais pobres do que antes."
Nota: camião carregado com madeira chanfuta, partindo do Licuari.
(continua)

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