01 novembro 2008

Macuácua e Mazanga: combustível verbal sem fim

Vou ser franco: fiquei hoje deliciado ao ouvir, pela primeia vez, frente a frente, os dois produtores de saga partidária, Edson Macuácua da Frelimo (à esquerda) e Fernando Mazanga da Renamo (à direita).
Ambos com o mesmo estilo discursador, com uma dupla característica: produzem, com finura, os heroísmos dos seus partidos e amam ouvir-se a eles-próprios. Se lhes for permitido, poderão estar horas a discursar, com combustível verbal inesgotável.
Em seus momentos de debate e combate nos fóruns, os partidos políticos precisam de três tipos de quadros: os contadores-racionalizadores de sagas heróicas, os guerrilheiros da técnica (juristas e outros) e os bate-palmas das claques. É ao primeiro grupo que pertencem Macuácua e Mazanga.

2 comentários:

Anónimo disse...

Bom, hoje, tambem fiquei espantado quando a nossa estacao publica a TVM, transmite no seu telejornal cerca de 10 minutos de propaganda eleitoral do partido frelimo, com uma aparicao fugaz de afonso dlakhama, lider do maior partido da oposicao numa declaracao de menos de um minuto. A questao agora, sera que nao ha mais partidos politicos a disputar as autarquias,ou nao estao no terreno, sera que nao tem o mesmo direito de antena...

Reflectindo disse...

Concordo que os três tipos e se possível mais tipos se precisam nos debates políticos. Assim se delicia porque é convidativo. Lembro-me dos debates na Assembleia da República entre David Aloni e Teodato Hunguana.