Da habitual crónica do jornalista Fernando Lima (na imagem) no "Savana" desta semana: "Há quatro anos, na noite amena que marcou o lançamento do livro de Barnabé Nkomo sobre Uria Simango, um número notável de convivas comprou um não menos número notável de cópias. Invariavelmente, diziam, eram livros para amigos que não puderam estar no lançamento. Ou, noutro registo, não queriam ser referenciados com a obra debaixo do braço. Como na década de noventa quando os directores provinciais embrulhavam o Savana no matutino diário, para não terem dedos em riste contra si. O debate intenso que está a provocar a eleição de Daviz Simango na Beira, fizeram-me lembrar de novo o episódio dos livros. É claro que o afastamento de Uria Simango e a sua morte num campo de reeducação no Niassa continua a agitar as consciências do movimento de libertação. E por isso a candidatura vencedora de Daviz, o seu filho, na Beira, ultrapassa a dimensão de uma vitória autárquica. Por se tratar de quem é e por ser um candidato que ousou apresentar-se ao eleitorado à revelia dos partidos. O que também explica a violência político-verbal que concentrou sobre si ao longo da campanha." (foto reproduzida daqui).
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
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1 comentário:
iNTERESSANTE
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