26 novembro 2008

Nacala e Ilha de Moçambique segundo BPPM

Leiam o Boletim sobre o processo político em Moçambique, número 17 - 1400 - 26 de Novembro de 2008, do qual extractei as seguintes passagens:
Nacala
"Após a requalificação dos votos nulos, com base nas duas diferentes contagens paralelas, estimamos que o candidato da Frelimo, Chalé Ossufo, tenha 49,86% ou 49,80% dos votos - mais do que 100 votos a menos do que precisa para evitar uma segunda volta."
Ilha de Moçambique
"Os boletins de voto nulos da Ilha de Moçambique também foram reconsiderados, esta manhã. O Boletim viu o que parecia ser um exemplo particularmente flagrante de votos válidos, que haviam sido intencionalmente anulados na assembleia de voto. Neste caso, um grande número de boletins de voto para a Renamo tinha uma segunda marca de tinta com uma cor diferente. A marca normal da tinta nas impressões digitais aparece castanha no boletim de voto, mas a segunda marca nesses boletins de voto, foi feita com tinta roxa."

28 comentários:

Anónimo disse...

Dr Serra a Renamo até certo ponto tem razão a Frelimo está a duturar psicologicamente o povo porque as pessoas ficam completamente frustradas em saber que o seu voto foi anulado propositamente essa atitude devia ser considerado como crime eleitoral.

Anónimo disse...

Nos estamos endotrinados ... primeiro foi o colonialismo agora eh o frelimialismo ... depois falamos em apostolos da desgraca

... acho que esses factos servem para fechar a boca a alguns inimigos da liberdade de expressao

Laude Guiry

Anónimo disse...

Pois é, alguém vai aparecer dizendo come on, isso é fofoca das perdizes, aquele gajos do boletim estao comprados...

Anónimo disse...

Meus caros, frustra-me entrar em blogs onde provavelmente estariam academicos a discutirem sistemas ou patologias que enfermam a renamo, mas em contrapartida encontro pessoas a falarem de possiveis fraudes...tou a ver que o Dhlakama deixou seguidores...Os proprios intelectuais da Renamo ja nao acreditam nesses discursos. Acordem.

Anónimo disse...

Pois é ilustre Amorim, tb sou Amorim e como vê nem todos somos somos igualmente Amorins.
Nuno Amorim 2

Jornadas Educacionais disse...

Pois é Amorin 1. Metodologicamente falando, pede-se para se ver e examinar um determinado fato, evento sob todos os ângulos possíveis. Falar das fraudes também é um aspeto a ser considerado, pois elas fazem parte das patologias que enfermam tanto a oposição quanto a situação.

Tapar o sol com a peneira, refugiando-se no discurso do discurso sem sentido, não faz parte do estilo acadêmico. Mas também não dá para se deixar pelo que dizem: cabe questionar o que se diz a ver o que sobra.

Abraços
Tony Cipriano

Anónimo disse...

Metodologicamente falando e indo para os factos reais, recordo-me que todos concorrentes estavam representados na assembleia de volto...ate onde me recordo, a Ilha de Mocambique estava sob gestao da Renamo, portanto a Renamo tinha quadros mais que suficientes para serem delegados de candidaturas...Amigos, analisemos os motivos que estiveram por tras da expulsao do Deviz Simango, Raul Domingos e outros...Marginalizacao de Jafar Gulamo Jafar, Almeida Tambara, Dionisio Quelhas, Pondeca, Machambisse (entretanto reintegrado), Samuge e outros...Caros, analisemos essa patologia na nossa democracia e paremos de procurar fraudes onde nao existem...Ainda ontem estava a analisar a corrida para o cargo de Secretario Geral do Partido Socialista Frances e vi que o argumentado da derrotada encaixa-se perfeitamente na mentalidade dos nossos pseudoacademicos

Anónimo disse...

Típico discurso do partidão que tenta como pomba barata dizer do seu sofrimento por não reinar só. Vai aos discursos da praça e simula sofrer pela democacia e penar pela perdizes, bate à porta francesa para se dizer inteligente. Pobre diabo.

Jornadas Educacionais disse...

Nuno Amorim1
Academicamente falando, devemos lutar por discursos emotivamente neutros.

A humildade intelectual aconselha a perguntar pelo sentido não compreendido, e também afirma ser falacioso o discurso que supostamente tem aparência de um raciocínio lógico.

O que está sendo discutida é possível fraude e não o discurso sobre a fraude. O fato de uma certa oposição ter a maioria num determinado municipio, nas condições de Moçambique, não é garantia da transparência de um processo eleitoral.

Um acadêmico não deve ficar dormindo nesse pressuposto (se bem que a intenção do termo acadêmico seja extensível ao Amorin1). Ali entra a questão metodológica: ver o que de fato aconteceu, somente após isso, tomar uma posição coerente.
Todas as hipóteses são válidas e devem ser submetidas aos princípios popperianos.Agora, fazer uma manipulação dialética, próprio do transformismo, somente pode funcionar com os espíritos incautos.

Sobre a expulsão daqueles membros da oposição, penso que foi discutido aqui e em outros lugares. Agora está-se em discussão um possível fato real. Se é um fato e real, somente um exame minuncioso dos dados disponíveis, pode confirmá-lo. Apenas isso.

Nada de acusar os outros de pseudo-acadêmicos: manifeste a tua posição, seja de qual partido for, sempre no respeito ao outro. Aliais, as fraudes também são objeto de debates e pesquisas acadêmicas: um socíologo verá alguma coisa, nós da turma da filosofia entramos em problema éticos. Outros, podem querer ver os problemas psicológicos que levam à fraude. Ainda nós os céticos da Filosofia, também preferimos duvidar para termos certeza. Talvez esse fosse o caminho que deveria seguir.

Tony Cipriano

Anónimo disse...

Caro Tony Cipriano,
Concordo com a sua análise. No entanto, gostaria de chamar atenção para o facto de todos concorrentes terem sido representados nas assembleias de voto. A imprensa ainda não publicou que algum delegado de candidatura tenha reclamado algum voto intencionalmente anulado. Igualmente não ouvi que delegados de candidatura tenham recusado assinar editais. Para mim, os delegados de candidatura é que teriam legitimidade para reclamar qualquer anomalia verificada na mesa de voto.
Não vamos nos basear em discursos elaborados a 2.000 km de distância ou na mesa de computador de alguém que não esteve no local.
Daniel Cornu, no seu livro jornalismo e verdade, já dizia que não devemos acreditar em opiniões publicadas e muito menos confundi-las com opiniões publicas.
Ao meu sósia, Nuno Amorim2, recomendo que leia as intervenções de Dionísio Quelhas e Manuel de Araújo, e parar de fazer futurologia.
Abraço amigo
Nuno Amorim

Voz da Revolucao disse...

Insistimos em afirmar que as vezes não percebemos onde é que o Dr Carlos Serra pretende chegar com os seus posts políticos e gostariamos de desafia-lo a explicar-nos melhor.
Do Boletim sobre o processo político em Moçambique, número 17 - 1400 - 26 de Novembro de 2008, só lhe interessaram aquelas mensagens referentes à eventuais fraudes eleitorais ?
Não nos façam confundir pesquisa académica com jornalismo, ou Sociologia com especulação.

Voz da Revolução

Anónimo disse...

Finalmente uma voz sensata. Numa altura em que os académicos procuram identificar as patologias da renamo, eu encontro pessoas a falarem de pseudo fraudes e tentarem manchar um processo elogiado por muitos. Caros, pessoas sensatas como Eduardo Namburete, José Samo Gudo e Lourenço Bulha reconheceram publicamente as derrotas. Ao contrário de muitos políticos e académicos viciados, estes ilustres senhores deram lição de civismo. Utilizemos as nossas mentes para construir Moçambique e deixem de nos entreter com artimanhas fúteis.
Bem haja a voz da revolução
Nuno Amorim

Anónimo disse...

For God´s sake, aí estão eles, um bufo e um sensato à espera da carne morta para o festim. Dolce sensatez. Pois claro, a revolução.

Jornadas Educacionais disse...

NunoAmorin1

Pelo que li no Canal de Moçambique de hoje, parece-me que o mandatário da RENAMO na Beira havia pedido a impugnação dos resultados eleitorais nessa cidade. Então, se não o fez pela imprensa oficial, no mínimo, na extra-oficial aparece a notícia. A verdade não está apenas do lado do discurso oficial, ou seja, não somente é válido aquilo que é publicado e anunciado pela imprensa oficial. Assim sendo, cai por terra o argumento de que nenhum dos delegados se pronunciou, através da imprensa, reclamando sobre a possível fraude.

Com respeito a tua pessoa, nós os da filosofia chamamos isso de generalização apressada. Basta haver apenas um fato para jogar por terra o argumento. E o Canal de Moçambique está ali para dizer que sim, alguma imprensa publicou a reclamação de um dos delegados.

Um dos aspetos fundamentais da revolução da tecnologia de informação foi a de ter modificado o conceito de espaço e de tempo. Da realidade, para a virtualidade real. A distância, hoje, não pode servir de mote para se afirmar o economiscismo e o positivismo do marxismo ortodoxo, qual seja, somente a prática é que funciona. Assim, quem não esteve no local (prática), não pode opinar.

Com a interconexão em escala planetária, através de um celular podem ser enviadas informações atravessando os mares. A TDM se não tivesse essa crença, de balde estaria aumentando a fibra ótica. Porém, cada informação enviada é recolhida a partir do ângulo de visão de quem a recolhe e, sendo assim, pode estar enviezada.

No campo social, cada um de nós pertence a um determinado grupo social, cuja concepção de mundo buscamos difundir. Somos, assim dizendo, os intelectuais desse grupo, e nos dividimos, ainda conforme Gramsci, em orgânicos e tradicionais. Não vou entrar nas diferenças de conceitos.
Lutemos para que essas diferentes pertenças não sejam um retrocesso. No debate de ideias devemos estar abertos às mais severas críticas, nem por isso, devemos nos tornar inimigos, apesar de adeversários teóricos, parafraseando Obama.

Não sou daqueles que afirmam que eu pertenço a este ou aquele partido e assim mesmo, estou criticando. Apenas me assumo como um razoavel aprendiz da história da Filosofia e, como Filósofo da praxis de inspiração gramsciana, não fico na torre de marfim seguindo o exemplo de Platão. Reconheço a dificil relação entre o Filósofo em busca da verdade racional e o político pautado pela verdade fatual. Quando um fato ameaça o político, ele pode transformá-lo em opinião. Sendo opinião, vira um senso comum e algo destituído de sentido. Mas também não me esqueço da máxima arenditiana, segundo a qual, se o filosofo quiser permanecer na sua verdade ou tem de se contentar em ver a sua verdade sendo tranformada em opinião, ou então, vai morrer por sua verdade, porque ela incomoda o político. No campo da política lidamos com os que pensam do mesmo jeito. O diferente, como diz Bauaman, é refugo.

Acho que também respondi o "Voz da Revolução"

Tony Cipriano

Reflectindo disse...

Caro Nuno Amorim 1, que relacão tem aquela accão fraudulenta na Ilha de Mocambique e delegados de candidatura?
Eu tenho assistido eleicões noutras partes do mundo e nunca vi lá dezenas de delegados de candidatura a vigiarem votos.

Voz da Revolucão, já não me visitas?

Xiluva/SARA disse...

Tem gente que gostaria que lêssemos somente o Notícias e por isso ficam endiabrados quando o comboio escolhe outros carris. Como alguem já escreveu aqui tem gente que nao quer ouvir mais falar de fraude. E porque? Para a fazer impunemente lol.ta se mesmo a ver.

Jornadas Educacionais disse...

Voz da revolução

O seu nome não encerra um paradoxo? Ainda continua a defender qual revolução, numa altura em que todas a metanarrativas, parafraseando Lyotardo, cairam por terra, depois de Shulgun, por exemplo?

Mas o que me preocupa é o tom ameaçador da tua postagem. Não estou defendendo o professor, mas temendo que esse tom seja o do discurso oficial. Eu quero é viver a profecia de Samora: queremos construir uma pátria livre, onde todos possam pensar livre, sem espírito de submissão ao estrangeiro. Samora falou isso no dia 25 de maio de 1975 (antes de eu nascer), na despedida do povo tanzaniano.

Deixe-me ser livre em Moçambique, por favor? Vamos debater e não nos intimidando. Não sei se é governante, mesmo que o seja, não é um Deus a quem eu deva adorar. Está a serviço do povo e não o contrário.

Tony Cipriano

Anónimo disse...

A mensagem é clara de certos caras aqui como o da voz da contra-revolução e o da voz dos sensatos, deixem de falar em fraude exigem eles. Entendem irmãos? Piolho é um problema.

Anónimo disse...

decerto gostariam que a voz do CIP do Mosse deixasse de falar.
(Observador atento)

Reflectindo disse...

"A imprensa ainda não publicou que algum delegado de candidatura tenha reclamado algum voto intencionalmente anulado. Igualmente não ouvi que delegados de candidatura tenham recusado assinar editais."

O Nuno Amorim 1 é quem demonstra que nao acompanha nada. O Sheik Abdul Carimo do Observatório falou precisamente ontem na RM de delegados que recusavam assinar as actas mas que foram convencidos para o fazer para depois reclamar.

Mas para além disto, sabemos que a Frelimo fez um jogo muito sujo, como aquele de David Simango entrar na EDM em pleno tempo de labuta, violando a lei eleitoral. Apenas um exemplo.

Sou muito crítico a Afonso Dhlakama, mas recuso-me a responsabilizar-lhe pela fraude e nem devo me silenciar perante um acto criminal como fraude eleitoral. Tenho assistido eleicões noutros países onde a confianca está nas mãos da Comissão Eleitoral. As eleicões não eram da Frelimo e Dhlakama.

Julgo ser menos sensato e muito menos sensato e falta de escrúpulo, não assumir que inutilizar votos com tinta indelével e diferente da oficial é um jogo sujo e baixo.

Anónimo disse...

Estou a ler bem ou há aqui pessoas que querem impedir que leiamos fontes alternativas de informação? Querem impdir que leiamos as contagens do Observatório Eleitoral? Querem impedir que leiamos o boletim do CIP? Querem impedir que deixemos de pensar em fraude? E depois dizem que o Afonsinho é que é o mauzão? Vamos lá falar senhores.

Anónimo disse...

Caro Tony Cipriano,
Há uma grande diferença entre Delegado Político Província e um delegado de candidatura. O Delegado Politico coordena as eleições do seu partido a partir do seu gabinete de trabalho, enquanto que o delegado de candidatura fiscaliza o processo de votação numa determinada assembleia de voto.
Entre as atribuições dos delegados de candidatura destacam-se:
1. verificar se o eleitor está inscrito no caderno eleitoral,
2. garantir que não haja campanha a boca da urna,
3. certificar se os votos são válidos, nulos ou branco,
4. garantir que o nr total de votos atribuídos ao seu candidato, seja realmente o retirado da urna.
5. Caso sinta que todos requisitos foram cumpridos, ele assina o edital.
Até hoje, nenhuma imprensa, pública ou privada, apresentou algum delegado de candidatura que se tenha recusado a assinar um edital.
Pelo que vi através da imprensa, a pessoa que apareceu na Beira a pedir a impugnação do resultado foi o senhor Fernando Mbararano, delegado político provincial da renamo e não mandatário de candidatura. O mesmo que solicitou a retirada do Deviz Simango, alegando que já não gozava do apoio das bases. Pelos resultados que o Deviz teve, podemos concluir que o senhor Mbararano não é fiável para termos como testemunha.
Relativamente ao seu discurso cor-de-rosa sobre a revolução tecnológica, queria refrescar um pouco a sua memória.
Os órgãos de informação que utilizas como base, são os mesmos que afirmaram categoricamente que o ex-ministro dos transportes e comunicações estava preso e depois foram obrigados a desmentir. São os mesmos que publicaram que o ícone do fotojornalismo moçambicano, Ricardo Rangel, ainda estava de baixa enquanto já estava na respectiva casa. São os mesmos que disseram que a renamo ganharia nos 5 municipios da província de Nampula, porque os respectivos candidatos gozavam de enorme popularidade e foi o que se viu.
Meu caro filósofo, os dados falam por si, as tuas fontes não são tão infalíveis quanto parecem.
O seu discurso faz presumir que deves aliar melhor a teoria a prática. Recomendo a ler os teóricos do intereaccionismo simbólico. A escola de Chicago ser-te-á útil.
Abraço amigo

Anónimo disse...

Sim senhor, cá temos o discurso de um coodenador do STAE. E ainda por cima a propor com foguetes a escola de Chicago. Melhor seria caro sósia estudar a escola da Munhava, tb é simbólica. Isto está mesmo numa boa.

Jornadas Educacionais disse...

Nuno Amorim1

Eu ainda não me habituei à preguiça intelectual e, por outra, tive todo o ensino básico e secundário público de qualidade, cursei uma das melhores faculdades de filosofia pertencentes os jesuítas, fiz o mestrado numa das melhores universidades públicas e também onde faço o doutorado atualmente. Não se trata de snobe ou show-off, mas sim, para lhe dizer que não ganhei ainda a preguiça intelectual, não tenho problemas de leitura e compreensão de um texto. Como assumo a posição de acadêmico, fui checar as informações do Canal de Moçambique e retirei o trecho a seguir:

Beira (Canal de Moçambique) – O mandatário da Renamo junto da Comissão de Eleições da Cidade da Beira, Albano Muinga Fone, interpôs ontem naquela instância um pedido de impugnação dos resultados parciais divulgados através de editais de apuramento intermédio referentes às eleições para presidente e para a Assembleia Municipal da capital de Sofala. Segundo ele a RENAMO “não se conforma com os resultados” pois entende que “colidem com aquilo que foi a manifestação de intenções de voto, apresentada pela população desta urbe, na boca das urnas, para além de que claramente se demonstra que nenhum dos candidatos obteve maioria absoluta” na corrida à Assembleia Municipal".Canal de Moçambique, 26.11.2008. in: http://www.canalmoz.com/default.jsp?file=ver_artigo&nivel=1&id=7&idRec=4804

O citado aqui não é Franscisco Mabarano, como você quer convencer os incautos. Aprenda, com toda a humildade, a ser um bom acadêmico: falar com base em fundamentos e não em suposições. Assim, o teu primeiro contra-argumento, cai por terra.

Sobre a revolucão tecnológica: fiz uma pós-graduação em comunicação na Universidade de São Paulo, discutindo as novas tecnologias. Sei muito bem do que falo.

Como um razoável aprendiz da história da Filosofia, fui claro quando disse que quem retira a informação o faz a partir de um ponto de vista que, por sua vez, condiciona a própria informação. Como pesquisador e filósofo, uma das primeiras preocações foram-nos ensinadas por Descartes: duvidar para ter certeza.

Não se trata de ser um incauto a ponto de confiar cegamente no que se diz. Isto também afirmei. Ao final de contas, insiste em ficar na Burrice e não seguir o conselho que Macuacua dá a RENAMO para aprender com os que podem-lhe ensinsar alguma coisa?

Não confunda o furro de Notícia com fontes de informação. Em jornalismo essa distinção é clara. Será que o CIP, a AWEPA são todos una "fantoches", especuladores das informações?

Quem lhe disse que os dados falam por si? Ali está você afirmando o positivismo economicista do marxismo ortodoxo. Aconselha-me a melhor aliar a teoria com a prática: este discurso da ex-marxistas moçambicanos eu o desmontei na minha dissertação de mestrado, que trabalhou exatamente o conceito de ligação entre a teoria e a prática na educação moçambicana, sob o nome de politecnia. Leia: "A concepção da educação politecnica em Moçambique. Contradições de um discurso socialista". Belo Horizonte-FaE-UFMG, 2005, 256páginas.

Não preciso entrar em divagações sobre o interacionismo simbólico.Penso que este não é o espaço e também aquela escola filosfófica não é relevante para a discussão. A não ser que você esteja vendo na fraude como sendo uma ação simbólica com base qual funda o sentido e o significado para as eleições.Porém, como disse wittgestein, o sentido e o significado das palavras variam de acordo com o contexto que faz parte de uma forma de vida, então, a fraude somente pode ser um símbolo com sentido e significado socialmente construido nas interações de uma determinada forma de vida: que você pertence.

Os meus alunos de Filosofia da Linguagem em Moçambique podem lhe dar uma boa aula sobre isso.

Abraços caro Amorin, não menospreze as pessoas, certo? Seja humilde a aprenda a discutir os problemas. Os fatos são resultado das ações dos homens. Falam somente quando questionados.

Tony Cipriano
Belo Horizonte
Brasil

Jonathan McCharty disse...

A voz da revolucao e o Nuno Amorim 1 sao a mesma pessoa!

Joaqum Macanguisse disse...

Caro amorim nao se pode fazer uma analise social deixando de parte o que socialmente mais preucupa um determinado grupo de pessoas ( sociedade).nao se esquece que infelizmente o povo mocambicano tem quase todos os seus momentos de vida ligado a politica.sendo assim as questoes politicas sao o pivot do nosso dia a dia .E MAU IMPEDIR QUE AS PESSOAS OPINAM ,NO MEU PONTO DE VISTA MELHOR SERIA QUE O SENHOR AMORIM CONSUMISSE A OPINIAO QUE LHE AGRADA E DEIXASSE DE CONSUMIR O QUE NAO LHE AGRADA.

Joaqum Macanguisse disse...

Fiz a questao de visitar a Blog da voz da revolucao ,a unica questao longa ( sera cientifica ??? ) la encontrada e o manifesto eleitorar do LOurenço Bulha ,O homem derrotado e humilhado ,que no invez de trazer ideias de construcao de Hospital que dao vida ,ficou mais preucupado em promover a construcao de casas mortuarias para Beirenses que ainda querem tanto viver .Sr Amorim nao consigo aceder ao seu Blog .pretendo ver os seus trabalhos cientificos.

Anónimo disse...

Caro Tony Cipriano,
"Eu ainda não me habituei à preguiça intelectual e, por outra, tive todo o ensino básico e secundário público de qualidade, cursei uma das melhores faculdades de filosofia pertencentes os jesuítas, fiz o mestrado numa das melhores universidades públicas e também onde faço o doutorado atualmente". Kakakakakakakakakakakakakakakakakak…rir faz bem a saude.
Não caia no redículo de afirmar-se com base nos cursos e faculdades em que estiveste. Acho que o nivel de conhecimento mede-se em função do que a pessoa diz e não dos cursos ou faculdades em que frequentou. Não me interessa dizer que graças a política do governo da Frelimo, um jovem vindo de familia humilde como eu, teve a oportunidade de fazer Sociologia numa das universidade mais reputadas do mundo. Não dir-te-ei o meu grau actual, porque acho que não é chamado ao debate. Já que utilizas o Canal de Moçambique como fonte, vou provar-te que este diário electrónico não é tão infalivel quanto pensas. Provavelmente, o facto de estares longe da nossa realidade faz-te andar no mundo da lua.

1. Detido ex-ministro António Munguambe
Maputo (Canal de Moçambique) –
O ex-ministro dos Transportes e Comunicações António Munguambe foi detido ontem à tarde por ordem da Procuradoria Geral da República que através do Gabinete Central de Combate à Corrupção se encontra a investigar as denúncias que os trabalhadores…(NR.: Leia-se outra notícia sobre este mesmo tema, nesta edição. (Fernando Veloso) Maputo (Canal de Moçambique) – consulte ao Canal de Moçambique de 23 de Outubro 2008. Resultado, foi invenção do jornalista e nada lhe aconteceu. Pelo contrário, pessoas cultas como vossa excelência ainda o tem como fonte. O Dr. Carlos Serra não se recordou de questionar a seriedade dos nossos jornalistas.

2. Munícipes de Nampula prometem apenas a justiça Nas eleições de Novembro próximo

Nampula (Canal de Moçambique) -Munícipes residentes nas seis autarquias de Nampula, nomeadamente cidade de Nampula, Angoche, Monapo, Ilha de Moçambique, Nacala-a-Porto e a nova de Ribaué prometem fazer justiça nas eleições de 19 de Novembro próximo. Segundo apurou a nossa reportagem, para os munícipes não basta que as pessoas gastem o que tem para os iludir, mas sim
façam o melhor para a população que lhes garante e/ou lhes dá a confiança nos pleitos eleitorais(…)Numa ronda efectuada pela nossa reportagem nas referidas autarquias, ficamos a saber o favoritismo de cada candidato e respectivo partido. Por exemplo no município de
Angoche, o actual edil goza de um favoritismo enorme relativamente aos outros candidatos de outras formações políticas, assim como a Renamo segue em frente em termos de carisma popular. Esse
é o sentimento que parece prevalecer(…).Enquanto isso, na Ilha de Moçambique, as coisas não parecem muito diferentes. Gulamo Mamudo diz-se do povo e afirma que o povo vai conduzi-lo de novo no cargo que ocupa porque ele fez e merece(…). E lá para as chamada zona económica fica o município ferro-portuário de Nacalaa- Porto, onde como acontece nos outros municípios sob liderança da Renamo o povo também parece estar de pedra e cal com o respectivo edil(…).Entretanto, já na capital do norte, a cidade de Nampula, a disputa é enorme e a luta será com certeza renhida. Castro Namuaca, actual edil, já conhecido do povo não goza de muita popularidade (Se gozasse de popularidade, não sei qual seria o resultado)(...) Ricardo de Oliveira é o candidato da Renamo, homem bem conhecido pelo povo. Já trabalhou em diversos sectores e o seu empenho por onde andou é reconhecido como “sempre positivo”. É uma esperança para muitos eleitores. Mas há em Nampula um outro favorito. Tratase do candidato do PDD também conhecido como o partido dos pangolins. Chama-se Isidro Ali. É bastante conhecido. Quando trabalhava numa ONG internacional nunca se esqueceu do povo e os seus dotes estão a ser relembrados. (Aunicio da Silva) consulte ao Canal de Moçambique do 24 de Outubro 2008. Resultado, a Frelimo ganhou em todos municipios de Nampula.

Meu caro, não me importa o partido político que esteja no poder. A verdade é que já não acredito na boa parte dos jornalistas Moçambicanos. Infelizmente, V.Excia e o Dr. Serra ainda usam as suas menticias como fontes de debate…as vossas fontes utilizam os respectivos meios de comunição para desinformar o povo, a favor dos respectivos partidos politicos.

Orgulhosamente Moçambicano, Nuno Amorim