04 novembro 2007

Aspectos dramáticos da vida na Grande Maputo (4) (continua)

Prossigo esta série iniciada no dia 29 de Outubro. Recordo que estamos perante dados de 1999.
Quer em Maputo quer na Matola o tipo de uso do solo e as infra-estruturas inadequadas ou degradadas têm afectado sobremaneira a qualidade das águas.
A contaminação dos aquíferos por sistemas inadequados de saneamento é intensa em toda a área metropolitana, abrangendo Catembe, Inhaca e Matola, criando condições para a proliferação da cólera e de outras doenças contagiosas.
Os rios, principalmente o Infulene, estão altamente contaminados devido às descargas de detritos industriais, de esgotos e de pesticidas agrícolas.
A baía de Maputo possui elevados níveis de coliformes fecais, bem como de metais pesados como o chumbo e o mercúrio, os quais por sua vez contaminam os peixes e os crustáceos, não sendo por isso aconselhável o uso das praias.
As água subterrâneas continuam em geral potáveis, mas junto à lixeira de Hulene estão contaminadas pela infiltração de resíduos tóxicos. Os poços profundos próximos da costa estão a ser contaminados pela água salgada, face à sobre-utilização de aquíferos.

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