-O seu pé cheira a chulé!
-Que provas tem de que o meu pé cheira a chulé?
-Porque cheira a chulé e prontos.
Podemos ampliar esse doce raciocínio assim:
-O pé cheira a chulé.
-Que provas tem disso?
-Porque o meu nariz cheira.
-E por que cheira?
-Oras, porque o pé cheira a chulé.
Agora uma variação nesta bela circularidade neuronal:
-Ele pensa de forma diferente.
-E depois?
-Depois ele é da oposição.
-Que provas tem disso?
-Não vê que ele pensa de forma diferente?
Tudo isso a propósito da discussão travada neste blogue no tocante ao azagaia (mas tambem de outros temas e de múltiplos emails). Há por aí e por aqui gente cheia de úlceras gástricas e o problema é que o perímetro das úlceras, bem como do seu vocabulário, é invariavelmente vedado ao oxigénio.
Mas deixemos isso e leiamos o Jorge Matine, a propósito do azagaia e do debate:
"Hoje antes de fazer qualquer produção artística tenho que pensar primeiro a quem ela vai agradar, se vou ter a simpatia ou antipatia do governo e alguns funcionários públicos. E porque temos esta herança heróica de criar pânico ( para mostrar servico aos que pagam para controlar os outros) e exagerar problemas ate em coisas que sao uma reacção normal numa sociedade, com o barulho e a intenção desmedida de desqualificar o trabalho produzido por azagaia, acabaram por popularizar a obra artística deste jovem que muitos compram ou escutam a musica para poder saber afinal porque esta musica produz tanto medo."
4 comentários:
O ser diferente, pensar diferente, estar diferente, fazer diferente, falar diferente...enfim, concorre para atribuições de Prémios Mo. Mo de quê Belmiro? Ao cheirador de chulé que prémio atribues?
Aquele abraço que ainda não vos dei, hoje.
Ivone
Parabéns pelo resultado na votação de melhor blog.
Este é sem dúvida um excelente blog.
Abraço
Tiago
http://democraciaemportugal.blogspot.com
Muito obrigado, Tiago.
Estou reflectindo nisto e escrevendo no meu local.
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