Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
11 comentários:
Quem le "Diario de um sociologo", nunca mais vai ler a midia mocambicana do mesmo jeito.
Prof.
O senhor é responsável pela iluminação das nossas mentes.
Fico com pena quando é final de semana pois só o leio de 2 a 6 mas na 2 sempre me delecio com seus escritos bem haja teacher!!!
ps. Quando o leio recordo me de algumas pessoas(SAMORA MACHEL,LEITE de VASCONCELES E CARLOS CARDOSO).
by LUPINO
Professor não se esqueça de todos os Moçambicanos na diáspora. Também o queremos ler!
Um abraço
Professor Serra: faço minhas as palavras do Micas - não se esquecer de nós que estamos de outro lado do atlântico. Precisamos do conteúdo do livro para enriquecermos as nossas reflexões e contribuir com a produção do conhecimento sobre e para o país.
Parabéns pelo livro.
Abraços
E.
Professor Serra
Eu gostaria de discutir com o senhor (no bom sentido do termo) a possível relação entre os linchamentos e a crise de referências "ético-normativas" que, no meu entender, se faz presente em Moçambique. Não defendo a moralização da sociedade,mas sim, busco compreender os fatores por detrás da desordem no ethos em Moçambique (uso o ethos no sentido vaziano, lugar de inscrição dos valores, normas, crenças, costumes, razões e fins do viver). Assim, entre muitos indicadores, porquê não considerar os linchamentos como uma das feições da desordem no ethos em Moçambique. Seria possível estabelecer esse diálogo?
António
Obrigado a todos. Entretanto, António, permita-me sugerir, por agora, que aguarde a saída breve do livro. Há lá muito por onde escolher e reflectir sobre o ethos. Cumprimentos.
Obrigado a todos. Tentarei ver se é possível que a editora encontre uma maneira de vos satisfazer. Entretanto, António, permita-me sugerir, por agora, que aguarde a saída breve do livro. Há lá muito por onde escolher e reflectir sobre o ethos. Cumprimentos.
Professor Serra
Agradeço a resposta. A minha preocupação pretende-se aos meus estudos. Estou agora escrevendo uma tese de Doutorado em políticas educacionais, versando sobre politicas de ensino de filosofia em Moçambique, centrando-em especificamente sobre a Ética no programa de Filosofia em Moçambique: razões, concepção e fundamentos. Dá para compreender a minha preocupação? Uma discussão com os demais pode me ajudar a clarear e a corrigir alguns equívocos que possa cometer. Como estou de outro lado do Atlântico, farei todos os possiveis para adquirir o livro.
António
Continuando
Minha hipótese: não se trata apenas de déficit moral (discurso oficial), mas sim, de uma crise ética, cujos fatores podem estar nas duas modernidades moçambicanas: a socialista e a pseudo-capitalista. A primeira fragilizou as instâncias tradicionais que orientam o agir dos indivíduos, tendo proposto um ethos que não se enraizou. A segunda desacreditou o ethos proposto pela primeira. Assim, parafrasendo Arendt, entre a roptura com um passado para se caminhar para um futuro que não foi alcançado, parece que se caiu num abismo e, com ele, a crise ética. Porque nao ver os linchamentos como uma das feições da crise ética?
António
Há um trabalho do Prof Miguel Moto, que tb é padre e pertence à nossa equipa da Unidade de Diagnóstico Social. Certamente teria interesse em dialogar com ele. Mas por favor deixe-me terminar mais algumas coisas do segundo livro, pode ser? Fixei bem o seu tema, a sua preocupação. Há muita coisa ainda por estudar. E por ler. Creia que dialogarei consigo.
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