"A pobreza é o grande problema que o país enfrenta. Temos muitos pobres, de um lado e, por outro, poucos ricos que comandam o país", disse o jornalista queniano Jerry Okungu em Maputo. De acordo com o "Notícias", explicou que "de um modo geral o vandalismo intensificou nas zonas pobres, o que prova que não se trata de um conflito étnico, mas de uma luta de classes e o exemplo disso é que os manifestantes vandalizaram e roubaram nas lojas, situação que expressa o seu sentimento."
Este é um depoimento excepcionalmente importante, que desmistifica muitas visões "étnicas" e resgata uma análise que muitos políticos e cientistas desejariam estivesse enterrada para sempre: a luta de classes.
Recordo que existem múltiplas entradas neste diário sobre a crise política no Quénia. Confira, por exemplo, aqui, aqui e aqui.
Há dias, um dirigente religioso moçambicano advertiu os partidos políticos do país para o risco de uma situação como a vivida no Quénia.
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