Depois de ter doado uma ambulância ao Posto de Saúde da Munhava e cinco balneários públicos a vários bairros da periferia da cidade da Beira, o Conselho Municipal da Beira alocou uma ambulância (na imagem) ao Posto Administrativo de Nhangau, cuja sede dista 23 quilómetros do centro da cidade e do Hospital Central da Beira. Construiu também duas residências para as enfermeiras pernoitarem em Nhangau e assim garantirem assistência nocturna e qualquer situação de emergência. No passado, a população daquela zona ficava sem assistência básica das 17 às 8 do dia seguinte (fonte na Beira via email).
O edil da Beira e o seu elenco apostaram num ponto popular extremamente sensível: o da saúde.
Adenda às 16 horas: um jornalista da Beira informou-me por celular que a ambulância oferecida ao Posto de Saúde da Munhava está em uso e que os moradores estão satisfeitos com a oferta. Num comentário postado ontem aqui, um leitor quis saber se essa ambulância estava em uso.
6 comentários:
De quem é o mérito, parece ser a principal questão por parte dos "politizadoes" das acções que tem sido levadas a cabo pelo CMCB. Quem porém, olha para o impacto dessas acções no dia dia do povo sofredor, entende claramente(como eu) que por mais que esses gestos estejam revestidos de intenções secundárias(ganhar simpatia do eleitorado), o objectivo primário(minimizar o sofrimento do povo) é alcançado. Porque não aceitar que a simpatia é resultado do que se fez e não que se fez para se angariar simpatia.
Sim senhor este mano Simango está a fazer bom trabalho.
Caro Nelson,
Concordo que o mais importante deste confronto, que agita o marasmo da acomodação governativa, é que a população saia a ganhar. Neste caso, obviamente, a ambulância é importantíssima para a população da Munhava. Quando se digladiam os políticos e ganha a população, estamos perante um final feliz
Porém, entendo que devemos analisar as atitudes dos políticos, sejam eles da nossa simpatia ou não, com isenção e coerência:
(i) Vivemos num Estado de Direito;
(ii) Os direitos e obrigações dos diferentes poderes – Governo, Parlamento, Tribunais, Autarquias – estão legitimados pela Constituição.
Assim, se criticamos as inconstitucionalidades – e bem - do Presidente da Republica e de outros órgãos do Estado - exigindo a reposição da legalidade (todos nos lembramos de vários casos recentes), é incoerente não ter a mesma exigência quando um titular do poder autárquico vai além das suas competências e se imiscui noutros poderes, por mais nobres que sejam as suas intenções e resultados.
Se não for esta a nossa postura, estaremos a atropelar o Estado de Direito e a promover uma “republica das bananas”.
Em comentário a outra postagem sobre este tema, coloquei algumas dúvidas - que o Nelson teve a gentileza de esclarecer parcialmente: a ambulância está a ser utilizada e a população satisfeita.
Complementarmente, seria interessante saber quem está, efectivamente, a fazer a gestão da âmbulãncia: o CSMunhava ou o Serviço de Ambulâncias da Beira? É interessante para avaliarmos quem (para além da população) ganhou este braço de ferro:(i) o governo, que reivindicava a gestão centralizada deste meio;(ii) a autarquia, que queria contemplar, especificamente, a população /eleitorado da Munhava e agora, com nova ambulância, Nhangau.
Por este andar, com a impetuosidade com que Simango invade o terreno do adversário, não tarda a que surja o slogan do género: Beira, onde a saúde é zona libertada.
Um abraço,
Florêncio
Florêncio, eu não entendi em que o município imiscue noutros poderes. É por alguma lei o que diz ou basea-se no Dr. Baptista? Pode nos dar algum exemplo?
Abraco
Reflectindo
Caro Refletindo,
Referi em comentário a postagem anterior que o CMCB, como o de Maputo, é responsável pela SALUBRIDADE (limpeza da cidade, recolha de lixos, valas de drenagem, cemitérios, etc., etc.) e que a SAÚDE (hospitais e centros de saúde), na Beira, Maputo e restantes Municípios é tutelada pelo Governo. Bem ou mal, é assim.
Pessoalmente, sou contra a nomeação da figura de Governador(a) da cidade de Maputo e Administrador(a) das capiatis provinciais. São, no meu entender, formas de retirar poder ao poder Autárquico. Porém, esta disposição foi aprovada e implementada pelos órgãos do Estado democraticamente eleitos e com competência para tal, logo … concretizemos o nosso descontentamento, na altura própria: na urnas.
É óbvio que o Município da Beira tem ainda muitas insuficiências ao nível daquilo que é da sua responsabilidade: a salubridade e outras áreas. Assim, quando Simango desvia recursos das áreas carenciadas, da sua responsabilidade, para áreas tituladas por outro órgão do poder, está, obviamente, a imiscuir-se noutros poderes – a comportar-se como um hábil político, mas como mau gestor.
Entendo que devemos avaliar os comportamentos dos políticos com frieza, sem ingenuidade ou emoção. Mais do que resolver os problemas da população, Simango busca visibilidade e dividendos políticos.
Abraço,
Florêncio
Pelo menos nao anda a distribuir caixoes, como forma de colher dividendos politicos mas a promover saude das pessoas! Se e desvio de aplicacao para beneficiar o povo, ora se a lei e injusta mude-se a lei e sejam penalizados os que nao fazem o que deveriam!
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