16 janeiro 2008

Elenco de Simango avança: CM da Beira aloca ambulância ao Nhangau

Depois de ter doado uma ambulância ao Posto de Saúde da Munhava e cinco balneários públicos a vários bairros da periferia da cidade da Beira, o Conselho Municipal da Beira alocou uma ambulância (na imagem) ao Posto Administrativo de Nhangau, cuja sede dista 23 quilómetros do centro da cidade e do Hospital Central da Beira. Construiu também duas residências para as enfermeiras pernoitarem em Nhangau e assim garantirem assistência nocturna e qualquer situação de emergência. No passado, a população daquela zona ficava sem assistência básica das 17 às 8 do dia seguinte (fonte na Beira via email).
O edil da Beira e o seu elenco apostaram num ponto popular extremamente sensível: o da saúde.
Adenda às 16 horas: um jornalista da Beira informou-me por celular que a ambulância oferecida ao Posto de Saúde da Munhava está em uso e que os moradores estão satisfeitos com a oferta. Num comentário postado ontem aqui, um leitor quis saber se essa ambulância estava em uso.

6 comentários:

Nelson disse...

De quem é o mérito, parece ser a principal questão por parte dos "politizadoes" das acções que tem sido levadas a cabo pelo CMCB. Quem porém, olha para o impacto dessas acções no dia dia do povo sofredor, entende claramente(como eu) que por mais que esses gestos estejam revestidos de intenções secundárias(ganhar simpatia do eleitorado), o objectivo primário(minimizar o sofrimento do povo) é alcançado. Porque não aceitar que a simpatia é resultado do que se fez e não que se fez para se angariar simpatia.

Salvador Langa disse...

Sim senhor este mano Simango está a fazer bom trabalho.

Anónimo disse...

Caro Nelson,
 Concordo que o mais importante deste confronto, que agita o marasmo da acomodação governativa, é que a população saia a ganhar. Neste caso, obviamente, a ambulância é importantíssima para a população da Munhava. Quando se digladiam os políticos e ganha a população, estamos perante um final feliz
 Porém, entendo que devemos analisar as atitudes dos políticos, sejam eles da nossa simpatia ou não, com isenção e coerência:
(i) Vivemos num Estado de Direito;
(ii) Os direitos e obrigações dos diferentes poderes – Governo, Parlamento, Tribunais, Autarquias – estão legitimados pela Constituição.
 Assim, se criticamos as inconstitucionalidades – e bem - do Presidente da Republica e de outros órgãos do Estado - exigindo a reposição da legalidade (todos nos lembramos de vários casos recentes), é incoerente não ter a mesma exigência quando um titular do poder autárquico vai além das suas competências e se imiscui noutros poderes, por mais nobres que sejam as suas intenções e resultados.
 Se não for esta a nossa postura, estaremos a atropelar o Estado de Direito e a promover uma “republica das bananas”.

 Em comentário a outra postagem sobre este tema, coloquei algumas dúvidas - que o Nelson teve a gentileza de esclarecer parcialmente: a ambulância está a ser utilizada e a população satisfeita.
 Complementarmente, seria interessante saber quem está, efectivamente, a fazer a gestão da âmbulãncia: o CSMunhava ou o Serviço de Ambulâncias da Beira? É interessante para avaliarmos quem (para além da população) ganhou este braço de ferro:(i) o governo, que reivindicava a gestão centralizada deste meio;(ii) a autarquia, que queria contemplar, especificamente, a população /eleitorado da Munhava e agora, com nova ambulância, Nhangau.
 Por este andar, com a impetuosidade com que Simango invade o terreno do adversário, não tarda a que surja o slogan do género: Beira, onde a saúde é zona libertada.
 Um abraço,
Florêncio

Anónimo disse...

Florêncio, eu não entendi em que o município imiscue noutros poderes. É por alguma lei o que diz ou basea-se no Dr. Baptista? Pode nos dar algum exemplo?

Abraco
Reflectindo

Anónimo disse...

Caro Refletindo,
 Referi em comentário a postagem anterior que o CMCB, como o de Maputo, é responsável pela SALUBRIDADE (limpeza da cidade, recolha de lixos, valas de drenagem, cemitérios, etc., etc.) e que a SAÚDE (hospitais e centros de saúde), na Beira, Maputo e restantes Municípios é tutelada pelo Governo. Bem ou mal, é assim.
 Pessoalmente, sou contra a nomeação da figura de Governador(a) da cidade de Maputo e Administrador(a) das capiatis provinciais. São, no meu entender, formas de retirar poder ao poder Autárquico. Porém, esta disposição foi aprovada e implementada pelos órgãos do Estado democraticamente eleitos e com competência para tal, logo … concretizemos o nosso descontentamento, na altura própria: na urnas.
 É óbvio que o Município da Beira tem ainda muitas insuficiências ao nível daquilo que é da sua responsabilidade: a salubridade e outras áreas. Assim, quando Simango desvia recursos das áreas carenciadas, da sua responsabilidade, para áreas tituladas por outro órgão do poder, está, obviamente, a imiscuir-se noutros poderes – a comportar-se como um hábil político, mas como mau gestor.
 Entendo que devemos avaliar os comportamentos dos políticos com frieza, sem ingenuidade ou emoção. Mais do que resolver os problemas da população, Simango busca visibilidade e dividendos políticos.
 Abraço,
Florêncio

Anónimo disse...

Pelo menos nao anda a distribuir caixoes, como forma de colher dividendos politicos mas a promover saude das pessoas! Se e desvio de aplicacao para beneficiar o povo, ora se a lei e injusta mude-se a lei e sejam penalizados os que nao fazem o que deveriam!