Existem várias maneiras de se colocar o problema do combate à pobreza absoluta (o slogan da actualidade política moçambicana e de muitos propagadores do novo verbo cuja prática social é frequentemente o contrário do que dizem e defendem). Se esse problema for seriamente encarado, dessloganizado, encaminhado por uma real vontade de tornar o social mais justo, podem evitar-se várias coisas, entre as quais - como escreveu um leitor do "Notícias" - a recuperação do "exotismo africano para o deleite dos milionários turistas ocidentais que se deliciarão com as barrigas inchadas de uns, o esqueletismo de outros, a nudez de todos... e captarão muitas imagens de sorrisos cadavéricos para a posteridade... e capturarão os recursos que para eles protegemos... e a economia crescerá, eventualmente, a 2 dígitos....E manter-se-ão, para eles, as RESERVAS até que a África Exótica seja RECUPERADA."
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
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