Um quadro do pintor Gemuce, encontrável no blogue do Ouri Pacamutondo.
Tenho para mim que existem duas linhas de força fundamentais na pintura moçambicana: a linha de Malangatana e a linha de Gemuce, dois excepcionais pintores (esqueço aqui matizes, escolas intermediárias, bifurcações; e sei que não concordarão comigo, o que é salutar).
Tenho para mim que existem duas linhas de força fundamentais na pintura moçambicana: a linha de Malangatana e a linha de Gemuce, dois excepcionais pintores (esqueço aqui matizes, escolas intermediárias, bifurcações; e sei que não concordarão comigo, o que é salutar).
No primeiro caso, penetro nas tradições densas: a figura sem anatomia precisa, o traço cheio, a máscara, a magia, o esgar, o medo, o terror do passado, a cor quente, grudante, como se o sonho fosse um pesadelo.
No segundo caso, penetro nas tradições estilizadas, modernizadas, no traço aprendido na academia, leve como uma folha, nas cores frescas, nas figuras esguias, na expectativa de um sonho calmo que necessariamente acontecerá.
Com Malangatana tradicionalizo a modernidade, com Gemuce modernizo a tradição.
2 comentários:
Ola. Conheço relativamente bem a pintura do Malangatana, e do Gemusse. Bom Malangatana é o todos dizem, mas, quanto a outro ponto de bifurcação ser o Gemusse tenho algumas dúvidas, pois existe aida a Fátima Fernandes, que desde a fase dos famosos worksops Ujamaa, tinha uma linha distinta, e o que dizer da Bela Rocha e do egénio Lemos? Os meus critérios de afirmação situam-se não sõ na temática, mas também técnica e material.
Obrigado, sem dúvida que a minha proposta é demasiado esquemática.
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