Segundo "O País", a empresa de segurança privada Group 4 Securicor - que ameaça entrar em greve - tem "12 mil homens devidamente treinados, dos quais desmobilizados do Serviço Militar", um verdadeiro exército.
Na lista telefónica 2008/2009 da zona sul de Moçambique, estão listadas 38 empresas que se dedicam à protecção de bens e pessoas e/ou à venda de material de protecção (pp. 545-547, exemplo na imagem em epígrafe, clique com o lado esquerdo do rato sobre ela para a ampliar). Eventualmente teremos algo como 40 a 50 mil guardas privados em Moçambique, mais do que o efectivo do exército e talvez ao nível do efectivo da polícia.
A 2 de Maio de 2006, pouco depois da criação deste diário, escrevi o seguinte:
"Na lista telefónica da zona sul 2005/2006 (onde se encontram os anúncios centrais), estão registadas 23 empresas de segurança, que ocupam, como já escrevemos numa anterior entrada, cerca de 23.000 homens, um autêntico exército. Semelhante profusão de empresas de segurança só pode acontecer se três coisas acontecerem:
1) Criminalidade crescente
2) Incapacidade do Estado em assegurar a segurança pública
3) Desconfiança da sociedade civil em relação à polícia."
Conclusão: para a indústria de segurança, é sempre necessário activar a insegurança. Por outro lado, sejam qual for a pequenez dos salários e das regalias dos guardas privados, essa pequenez é, sempre, bem elevadez em relação aos salários e às regalias dos polícias estatais. Portanto, não nos surpreendamos nunca com a corrupção ao nível da polícia, especialmente ao nível dos cinzentinhos.
A 2 de Maio de 2006, pouco depois da criação deste diário, escrevi o seguinte:
"Na lista telefónica da zona sul 2005/2006 (onde se encontram os anúncios centrais), estão registadas 23 empresas de segurança, que ocupam, como já escrevemos numa anterior entrada, cerca de 23.000 homens, um autêntico exército. Semelhante profusão de empresas de segurança só pode acontecer se três coisas acontecerem:
1) Criminalidade crescente
2) Incapacidade do Estado em assegurar a segurança pública
3) Desconfiança da sociedade civil em relação à polícia."
Conclusão: para a indústria de segurança, é sempre necessário activar a insegurança. Por outro lado, sejam qual for a pequenez dos salários e das regalias dos guardas privados, essa pequenez é, sempre, bem elevadez em relação aos salários e às regalias dos polícias estatais. Portanto, não nos surpreendamos nunca com a corrupção ao nível da polícia, especialmente ao nível dos cinzentinhos.
4 comentários:
o governo tem estado a passar todas as suas responsabilidades ao sector privado formal, este para alem de aguentar a concorrencia desleal, crise financeira, impostos e demais obrigacoes impostas apenas aos formais "nao amigos", tem que aguentar com greves,"complicacoes legais", multas e tudo o resto.
limitando o governo apenas a inauguracoes , discursos, e comissoes para dirigentes.
vai ficar dificil, nao compensa investir em mocambique, principalmente quando nao existem comissoes envolvidas, e quando existem comissoes, entao nao se contribui para acabar com a pobresa e corrupcao.
naste caso, uma greve na seguranca privada, pode originar bastante mais inseguranca publica.
hum
dicutivel "à bien d'égards"
espontaneamente erro primeiro dizendo que o resto da populaçao nao absorvida por estas empresas està em Maringué
2° termino âra economizar as minhas besteiras dizendo que é um perigo iminenente armazenar tanto material bélico em plenas zonas urbana de habitaçao e nao em zonas industriais por exemplo
Rui
Embora mal colocado( fora do contexto da pagina )es a lista parcial de passageiros que estavam no voo triste de brasil-paris -http://kiminda.wordpress.com/
Caro professor; a 'indústria' da segurança privada é um problema e não uma solução, como é fácil depreender. E como essa indústria cresce pelo Brasil afora !
A propósito dos problemas-questões sociais, para efeito de comparação, caso não conheça(m), sugiro visitar www.boletimmineirodehistoria.blogspot.com
Paulo - Brasil
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