04 junho 2009

Dhlakama e a multidão de Nacala


Trabalho da STV reproduzido daqui.

9 comentários:

Anónimo disse...

Parece-me que lá o lider tem apoiantes se calhar ele não devia nunca ter saido de Nampula.

Mas enfim Sommerschid é o que todos nós sabemos, por isso depois das eleições ele regressa para vista ao mar.

É dificil entender politica.

Viriato Dias disse...

Dhlakama é "macaco-velho". Durante a guerrilha soube lidar com pessoas de diversos tipos de manifestação de comportamento e estatura, boçais, intelectuais, académicos, estudiosos, religiosos, professores, bons, maus, altos, baixos, claros, escuros, amarelos, vermelhos, brancos, pretos, enfim, reitero o que tenho dito, não estamos a falar de uma simples pessoa, e sim de um líder cuja reputação é venerada no mundo inteiro. Alguém que, em menos de 24h, fez parar a guerra no país. Os seus pronunciamentos é de quem sabe o que faz, o que quer e para onde vai. Por isso tenho as minhas precauções sobre aquilo que ele tem feito e dito. Há coisas que nós, os de cá, não sabemos e só mesmo com o tempo e depois de podre e bom como o vinho é que saberemos interpretar os cenários. Mussa e Moreno quanto a mim foram infelizes ao abandonarem a Renamo e a história me dará razão, não se abandona um partido de qualquer maneira, ainda que o líder tivesse ideias contrárias a deles.

umBhalane disse...

Com Sommerschid é bastante fácil!

Anónimo disse...

Prof.
Lá ele sempre teve apoio.
PS. O porquê dele não investir sua imagem a Sul de Moçambique?
Será que não valem os votos cá do Sul?
PArece me que a Renamo não está interessada em governar este país.
Contemta-se em estar na oposição.

Reflectindo disse...

Meus caros o que está em dúvidas não se a Renamo tem apoio ou se ela não quer governar, mas que quem a lidera não a permite estar no poder. Este tipo de multidão lá no Centro e Norte do país têm havido, mas Afonso Dhlakama estraga a esperanca nas últimas semanas ou horas para eleicoes. Em todas as eleicões aconteceu assim. Por isso não acho que ele manter-se-á coerente até o dia 28 de Outubro.

Viriato Dias disse...

Mais do que a vontade do líder da Renamo em estar no poder há uma muralha de ferro e argamassa de concre que tem que ser "destruido". Não é fácil para quem conhece o amago da Frelimo por dentro. Não estou eu aqui a insinuar em nada, estou é a dizer aquilo que os meus olhos consegue ver e a minha mente consegue pensar, nada mais do que isso. Portanto, estamos perante um partido de massas e com uma estrutura estadual, Dhlakama, infelizmente, tem os acólitos que tem, na sua maioria interessados em fazer o ajustes de conta com o passado, ou seja, recuperar aquilo que perderam durante cerca de 16 anos de luta, para aqueles que não foram às matas, estes, alguns deles, querem simplesmente aparecer usando a sorte de terem o prefixos drs. profs, etc...dai termos o partido que se vê. Dhlakama coitado, só sabe nesses momentos fazer o papel de uma barata quando apanhado num armário a roubar comida!!! Fica ele todo baralhado.

Um abraço

Anónimo disse...

Haverá alguma razão para Afonso Dhlakama se intitular Pai da Democracia ?

Assumindo: Democracia = Estado de Direito = 1 homem, 1 voto.

Vejamos:

1. Dhlakama foi quadro da Frelimo e participou na luta pela Independência Nacional.

2. Conquistada a Independência Nacional, a Frelimo optou por uma Constituição Socialista (RPM- República POPULAR de Moçambique), ditadura de PARTIDO ÚNICO, com a economia dominada pelo sector Estatal (nacionalizações e intervenções).

3. Para que não restassem dúvidas que a RPM não era um Estado de Direito, o Governo decretou o encerramento da Faculdade de Direito: -> religião, leis, justiça, poder económico, tudo sob controlo do Estado.

4. Dhlakama não pactuou com este cenário. Lutou com a Frelimo pela conquista da independência nacional, MAS sonhava com um regime DEMOCRÁTICO.

5. Perante a intolerância da Frelimo a pontos de vista diferentes, Dhlakama DESPEGOU-SE das mordomias do partido único e enveredou pelo caminho, que sabia difícil, de lutar pela implantação dum regime democrático, Estado d Direito: transformação da RPM (Republica Popular de Moçambique em RM (República de Moçambique).

6. Com apoios de países ocidentais, que não viam com bons olhos que os recursos estratégicos da Africa Austral (minerais e outros) pudessem vir a ser controlados pela ex-União Soviética, Dhlakama liderou uma guerra de 16 anos.

7. Durante este período o conflito armado chegou a todos os cantos do país.

Perante um país, praticamente paralizado, inviável, o Governo da Frelimo foi FORÇADO a (i) aderir ao FMI e WB, (ii) adoptar uma nova Constituição, multipartidária, com liberdade de associação e direito à propriedade privada, etc.

8. Só DEPOIS do Governo ter materializado esta condição (nova constituição, 1991) Dhlakama aceitou, através de vários intermediários, iniciar negociações com o Governo da Frelimo, concluídas com a assinatura do Acordo de Roma a 04 de Outubro de 1994.

9. Provando deter um rigoroso controlo que sobre seus homens no terreno, após a assinatura do Acordo de Roma cessaram imediatamente as hostilidades armadas.

10. Do exposto, parece justo reconhecer que foi a Renamo, de Afonso Dhlakama, quem, efectivamente, FORÇOU o Governo da Frelimo à adopção de uma Constituição Democrática.

11. Sem a actuação de Afonso Dhlakama e da Renamo, provavelmente, seríamos hoje uma espécie de Cuba da Àfrica Austral.

12. Concluindo: Tio Afonso pode ou não intitular-se “Pai da Democracia” Moçambicana ?
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> Afonso Dhlakama revela inteligência política ao priorizar o maior circulo eleitoral para realização do próximo congresso e acções de campo.

> Em Nampula e Zambézia, que representam cerca de 50% da população nacional, Dhlakama pode, por exemplo, tirar partido de serem as únicas Províncias em que a água potável é acessível a menos de 40% da população (informação do Governo à AR, ontem e hoje)

Fátima disse...

O sofrimento não reduziu. Ainda precisam de alguém que os tire do poço. Um messias. Essa multidão é a confirmação do grito, o clamar de socorro. É uma das populações que não é ouvida por ninguém.

umBhalane disse...

Sr. Anónimo 5/6/09 12:00 AM

Tiro-lhe o meu chapéu.

Claríssimo.