16 junho 2009

Das catedrais

4 comentários:

Viriato Dias disse...

Sou também um dos que está preocupado com a qualidade de ensino no país, principalmente a forma como as universidades são criadas, como cogumelos em tempo de chuva. Muita das vezes sem instalações (e para isso recomendo que leiam um artigo de opinião muito importante do jornalista do Jornal Notícias Abranches intitulado "Os rodapés da desgraça") nele, o autor, explica muito bem a questão das nossas universidades. É uma vergonha! Basta ver o número de licenciados que as universidades absorvem ao mercado, quantos deles tem emprego, quantos deles são autores de obras literárias, quantos dele é autor de uma inovação! Lembro-me da Coca-Cola ter ido buscar numa universidade dito de proa cerca de 200 estudantes para testes e reprovaram 99% deles! E o Governo vai mesmo assim expandindo, esquecendo-se de que está a semear mais problemas, corre-se o risco de nos próximos anos o país não terá onde colocar esta gente, não terá salários para pagar os nossos doutores, porque como sabem o Estado é o maior empregador no país. Jogos políticos estão a ditar as regras e as consequências serão maiores. Contudo, devo reconhecer que certos departamentos de algumas universidades estão de facto a fazer um trabalho notório. A UniLúrio, em Nampula, é exemplo disso, tem estado a formar estudantes do amanhã. Este país precisa é de fazer a diferença, coisas diferentes, que beneficiem verdadeiramente os moçambicanos e ao país em geral, e não contentar-se com simbolismos e politiquice!

Um abraço

Anónimo disse...

A questão da qualidade do ensino no nosso país é bastante preocupante. Cada dia o número de diplomados lançados para o mercado de trabalho é assustador. 98% destes novos “drs” são diplomados sem conteúdo. Pouco sabem daquilo que aprenderam durante o tempo que estiverem sentados na carteira, “o saber fazer”. Hoje, o mercado de trabalho está bastante agressivo, os empregadores já não interessados em investir na formação, querem-no preparado, pronto para executar as tarefas.

Por isso que o presidente do CTA, Salim Abdula, defende que a importação de quadros, pois os novos recém formados são uma “folha em branco”, onde nada foi escrito; uma “tábula rasa”, onde nada foi gravado, e o empregador não quer perder tempo em investigar na formação.

Assistimos ao florescimento de Universidade e ao decréscimo da qualidade do ensino. É assustador como um “dr” tem graves problemas de escrita., diria gravíssimos, e diz em volta alta que é “dr”. Recebi um e-mail de amigo ilustrando alguns trechos de trabalhos elaborados por alguns “dr” que em voz alta fazem questão de dar a conhecer o seu estatuto. Sem comentários. E o nosso Governo ainda insiste na expansão do ensino superior.

For Shizzle

Viriato Dias disse...

Grande intervenção esta sua amigo anónimo. Subscrevo na íntegra. Isso não tira o mérito de algumas faculdades cujos trabalhos são notórios.

Um abraço

hermogenes disse...

boa tarde, perdoem a acentuacao...e realmente pavoroso o que esta a acontecer com o ensino superior, e uma autentica "dumbanenguizacao". os politicos preocupam-se com quantidade e nao qualidade, pois os seus filhos estudam no exterior...gracas aos impostos que pagamos. Pelo menos a nivel das universidades publicas e urgentissimo a completa autonomia destas instituicoes, de outro modo a agenda sera sempre extremamente populista e demagogica.