02 novembro 2007

Deviz recusa oferta de camião velho

Segundo o semanário "Savana"de hoje, o presidente do Conselho Municipal da Beira, Eng. Deviz Simango, recusou um camião de recolha de lixo de 1982 oferecido pela Câmara do Porto, Portugal, argumentando que o carro é antigo e que, se fosse recebido, iria pôr em risco o sistema beirense de manutenção. A Câmara do Porto reconheceu que o estado do veículo não permitia ser usado na cidade portuguesa (p. 5).

15 comentários:

stayleir marroquim disse...

Acho que Deviz tomou a decisão mais acertada.

SM

Carlos Serra disse...

Deviz parece ser homem vertical!

Anónimo disse...

queriam mandar o lixo p Moçambique... para recolher lixo? Aplaudo a decisâo do Deviz.

Unknown disse...

Penso que a verticalidade no homem do Deviz nao se deve confundir com o anti-portucalismo que algures na net vai de vento em popa. Pelo contrario, esta deve marcar um relacionamento mais esclarecido que ambas as nacoes ousam porfiar. Portugal, neste caso a Camara do Porto, que aproveite este caso que o foi lisonjeiro, que e' normal, para procurar um engajamento mais construtivo, mais desafiador aos imaginario e realidade presente de pobreza e esperanc;a que reina nos mocambicanos/na Beira. Viva o Porto e Viva a Beira!

Anónimo disse...

Obah! Precisamos de mais Deviz Simango´s espalhados pelo país...quem sabe assim aprendemos alguma coisa de jeito para o nosso bem. Essa "mania" de fazer transferência de tecnologias obsoletas para os países africanos em jeito de ajuda e cooperação tem raizes muito profundas e muitas vezes irrigadas pelos próprios africanos. Parabéns pela decisão tomada em prol da sua cidade e dos muníncipes que o elegeram....

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Estranho: o Porto está cheio de meios de transporte em bom estado, que são abandonados, devido talvez a razões económicas e financeiras. Renova-se constantemente esses meios de transporte e os que deixam de estar ao serviço são vendidos a outros paises, por exemplo Argentina. Portanto, não creio que esse veículo esteja em mau estado. Aliás, os transportes que são abandonados poderiam ser oferecidos, pelo menos os que não são vendidos. É como os carros das empresas: são vendidos após um ano. Aqui a política é esta: usar e trocar por outro.

Carlos Serra disse...

O veículo anda, mas Deviz disse que não o aceitava.

Anónimo disse...

> Um veículo de carga com 25 anos - se bem conservado - tem lugar num museu. Contabilisticamente está cinco vezes amortizado. Não há peças e sobressalentes.
> Deviz Simango fez o que devia. E fê-lo com muita diplomacia, alegando que a Camara do Porto provavelmente desconhece a realidade da Beira.
FM

Reflectindo disse...

Mesmo que esse veículo ande, na Beira não se usaria por muito tempo e em princípio seria mais caro para o Município em reparacões, etc. Daviz agiu muito bem e sempre como ele. Coisas que ele sabe serem inúteis e dispendiosas ao seu município ele diz de cara. Ele não negou os 150 casacos de fatos de trabalho, três computadores, livros e equipamento escolar, mas aquilo que seria mais um problema para ele e o município.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Então, fez bem. Que exija outros meios menos velhos. Afinal, eles estão abandonados. Até custa ver tanto desperdício...

Reflectindo disse...

Exigir para ser oferecido um veículo menos velho, penso que é o que Daviz não vai fazer. Talvez os munícipes do Porto possam fazer isso, pois segundo os comentários no Mocambique para todos, parece que o gesto do Rui Rio irritou a alguns portuenses.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Rui Rio irrita mesmo todos, a começar pela comunicação social e magistrados. Mas agora que quer novo mandato está a ceder mais.
Até está a construir a maior Àrvore de Natal da Europa. Depois de levar a cabo as obras da Avenida contra todos, está a destruir os pavimentos, por causa da Árvore descomunal e da energia que vai consumir. É assim... são mandões! Pelo andar da onda, vamos ter uma Avenida alterada depois do Natal, talvez sem Siza.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Donde vem o dinheiro? Dos impostos que aumentam sempre nas contas da luz, electricidade, etc.

Carlos Serra disse...

Megalomania natalícia, a desse Rui.

Paula Araujo disse...

Parece-me correcta a decisão de Simango. Um Mercedes com 25 anos deve ser uma tremenda dor de cabeça. Em Moçambique, praticamente, não se comercializam veículos europeus pelo que a manutenção de um Mercedes deve custar uma pequena grande fortuna.

Esperemos que os casacos de trabalho não sejam anoraks de penas (o Porto é muito frio!).

Os portugueses são generosos com os países africanos mas um bocadinho mais de bom senso não ficava mal.

Paula Araujo - uma portuguesa na Beira