Surge no noticiário em inglês colocado no lado direito deste diário (logo a seguir aos arquivos) a seguinte notícia: a Hidroeléctrica de Cabora Bassa suspendeu o fornecimento de energia para o Zimbábué por este não pagar o que deve.
Vamos lá ver se por terras do Munhumutapa não surge a ideia de que a decisão da HCB é obra da mão perversa do primeiro-ministro inglês Gordon Brown.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
5 comentários:
Na minha terra temos um ditado k diz: amizade a parte, negocio a parte!
se não pagam,devem ser penalizados...essa é a regra do mercado.
Mesmo com Deus, só é salvo quem se arrepende dos seus pecados e tenha boas obras. tudo é doação e contra doação, nada é "mahala"
Esta situação não é nada boa para o pós reversão da HCB. Recordem-se que o serviço da dívida depende essencialmente de receitas previsionais. Ora, estas receitas seriam asseguradas pela continuidade da venda de energia ao Zimbabwe e a RSA. È por isso, segundo Florêncio, houve necessidade de obter acordos escritos de garantia com estes. Se esta expectativa não se confirmar (incumprimento de um ou ambos clientes), ter-se-á, pelo menos no curto prazo, que ir buscar dinheiro em algum sitio para financiar o serviço da dívida e/ou os custos normais de funcionamento, que pode ser o erário público. É urgente que a HCB diversifique o seu portifólio de financiamento, obtendo mais clientes, com vista a minimizar o risco nos cash in flows (recebimentos). Espero que consigam ultrapassar este obstáculo brevemente.
Este é o principal problema da tomada de decisão em economia e finanças. É ter que decidir o presente com base em eventos futuros. E geralmente, estamos convictos de que tais eventos irão acontecer. E se não acontecerem? Espero que a HCB tenha um plano B para o efeito.
Josué Muchanga
Isso, o plano B...
Devia haver, plano B, C, etc! Para um operação deste tamanho, tinha que haver análise de cenários e simulações tendo em conta as variáveis chaves do negócio de energia.
Do jeito secreto como o "nossa Cahora Bassa" se tornou nossa(?) não tem como sabermos se existem tais planos B,C, D e Z... não há como saber...
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