Como cidadão, sofro com a desolação causada pelas chuvas na cidade de Maputo. Como cidadão, tendo a considerar isso como um fadário natural, tendo a naturalizar chuva e consequências.
Como pesquisador, procuro desnaturalizar o quadro e interrogar-me sobre por que são frágeis as estruturas urbanas e péri-urbanas de defesa, por que aluem coisas, por que caem coisas, por que abrem fendas as coisas, por que ficam as casas alagadas, por que ficam as ruas intransitáveis, por que tido isso tão rapida e facilmente.
Porque, afinal, não foi um rio que transbordou e galgou as margens.
O fundamental não é a chuva. O fundamental é a gestão da cidade.
2 comentários:
Sejamos razoáveis: efectivamente, há problemas de gestão a todos os níveis no nosso país,
> MAS, quando o INAM (Instituto Nacional de Meteorologia diz (ver notícias de hoje(www.jornalnoticias.co.mz) que
> " o volume de chuva registado é quatro vezes superior a uma precipitação normal de um mês" ...
> "O INAM registou na estação de Mavalane uma precipitação de 350 milímetros, o correspondente a cerca de três vezes mais ..."
> Com menos de 350 mm em poucas horas, como tivemos, vemos estragos idênticos ou maiores por essa mundo desenvolvido fora, onde não faltam recurssos humanos, materiais e financeiros.
> O problema da baixa tem a ver com as marés: 350 mm com maré alta, para onde escoar a chuva.
> Bem, depois há as sargetas cheias de plásticos e areias ... manutenção/gestão/dinheiros? ... obras mal fiscalizadas ...
> Ciclicamente, são assim os nossos Fevereiros.
AM
Nem mais, Professor!
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