Ruando e avenidando a partir da Praça da Sé, aqui em São Paulo, tento mapear todo o fascinante mundo de pessoas que, ali, habita diariamente no sobrevive - ou no vivesobre: compradores de ouro, videntes, profetas, ledores de sinas, capoeiristas, pedintes, bugigandeiros, trapaceiros, cura-tudo, espreitadores de ocasiões de golpe rápido, alugadores de corpos, sem-abrigo, esfomeados, desgraçados, curiosos. Dois indivíduos, um tambor, o arremedo de alguma prometida profecia, um esboço de dança compassadeira e prontos, logo um mundo se aproxima e entra no circuito, a esperança tomou rosto. Muitos policiais de olhar vigilante um bocado por todo o lado.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
2 comentários:
A Praça da Sé é um lugar único. Lá acontecem coisas de todos os tipos. Também temos que ficar esprtos quando andamos por lá, já que há muitos trombadinha. Abraços.
isso, Guilherme, único. E tb lá ando prevenido...
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