Dia após dias reparo na quantidade de gente que anda tatuada em São Paulo. Tatuada e, muitas vezes também, perceingada. Ícone identitário forte, unisexo, chamada de atenção, auto-estima dos jovens (regra geral são jovens) para usar um termo guebuziano. Nas academias de ginástica e musculação - há pelo menos três na zona onde moro - a tatuagem segue na crista dos músculos treinados com esmero, mesmo por elas. Nesta enorme e indiferenciadora São Paulo, a tatuagem é um cheque-mate dado ao transitório e ao igual. Consulte aqui algo sobre a sociologia da tatuagem. Leia ou recorde esta curta série minha com o título Sociologia do corpo em Moçambique: piercingazação e outras coisas identitárias, aqui.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
2 comentários:
É Professor Serra, aqui no Brasil as tatuagens viraram moda. Hoje quase todo mundo tem uma. Eu não faço porque não gosto. Abraços.
Justamente, montes de pessoas tatuadas. Tenho-me admirado com isso.
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