13 fevereiro 2009

Chuva intencionalmente presa no céu: crença persiste na Zambézia

Segundo o "Notícias" de hoje, a situação continua preocupante na província da Zambézia no tocante à crença de que certas pessoas impedem que a chuva caia. Agora, para lá vai o conandante-geral da polícia, Jorge Kalau, com o objectivo de se juntar "às autoridades locais que com as comunidades irão dialogar no sentido de encontrarem uma saída para se evitarem mais mortes de indivíduos supostamente culpados pela falta de chuva."
Observação: tenho para mim que a polícia deveria enviar para a Zambézia não o comandante-geral, mas os excelentes pesquisadores que participaram de uma pesquisa em Março do ano passado sobre as causas dos linchamentos em Moçambique e cujo relatório pude ler. Enquanto isso, prosseguirei logo que puder a minha série com o título Ionge: populares acusam autoridades de prender a chuva no céu.

3 comentários:

Unknown disse...

Também acho professor, as crénças, tradições, habitos e custumes devem ser estudados cientificamente para ver se há algo a aproveitar neles no melhomanto do nosso modo de vida. abraços.

Anónimo disse...

Bem, esta semana choveu fortemente na Zambézia, na zona dos conflitos.

Para a população, a chuva resulta, obviamente, da eliminação dos feiticeiros /travadores da chuva..., ou seja: a recente chuva ENFORTECEU as suas crenças.

Não me parece haver muito que investigar sobre a origem das diferentes crenças no nosso país.

Elas são SEMPRE consequência do subdesenvolvimento do Homem:

> Só há uma forma de resolver a questão das crendices, entre nós, ou em qualquer parte do mundo:

com acções concretas para o desenvolvimento do Homem.

AM

Anónimo disse...

A superstição representa a manutenção de um estado psíquico próprio da era pré-tecnológica,quando os seres humanos atribuíam aos elementos naturais,primeiro,e a divindades várias,depois,todo o poder e influência nos mais diversos aspectos da sua vida mundana:acasalamentos;colheitas;caça;mortes;estações do ano;nascimentos,para citar os mais significativos.

A superstição (que não deve ser confundida com crendice),surge precisamente da mundivisão característica do homem primitivo,na sua luta contra os aspectos negativos da sua vivência quotidiana,e da forma por si idealizada para os evitar ou para se sentir protegido em relação a azares vários.

Joana